segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Eu tive muitos primos (ainda tenho, porém a vida nos afastou).
Os mais chegados a nós eram a Poliane e o Fernando, filhos de um dos irmãos mais velhos da minha mãe.
Quase todos os finais de semana eu ia pra casa deles, ou a Poli vinha pra casa, e a gente sempre "fazia alguma coisa".

Ela é mais velha que eu uns 4 ou 5 anos, e tinha uma turma "zoada", que eu adorava. E embora eu também tivesse a minha turma "zoada", era diferente. Com eles eu me sentia mais adulta.

Mas o assunto não é sobre turmas.
É sobre o poder das lembranças.

Sempre que eu ia à casa deles, naqueles sábados cheios de marasmo,  estava tocando uma música. Alta, e boa, em algum vinil com uma super capa, como costumava ser nos anos 80.
Ali eu aprendi a ouvir Supertramp, Duran Duran, U2...

Mas a cada cinco vezes que eu chegava, em três estava tocando uma música chorada, triste... Que eu achava "brega", o cantor tinha uma voz chorosa... Eu realmente não gostava.

Bom, hoje é uma das minhas músicas favoritas... Pois o tempo se encarrega de afinar nossos ouvidos...

Essa música me lembra anos 80, tempo bom, época incrível que os anos não trarão de volta...

Com vocês, Peter Frampton - Baby, I love your away.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Em 1986 a Rede Globo passou uma das mais belas novelas brasileiras. Chamava Sinhá Moça.
Tinha Lucélia Santos no papel de Sinhá Moça, Marcos Paulo como Rodolfo, Rubens de Falco, Patrícia Pillar, Raymundo de Souza e grande elenco.

Eu tinha quase 13 anos na época e assisti quase inteira.
E me marcou muito o poema que Rodolfo declama para Sinhá Moça. A versão de 2006 eu não assisti e não sei se repetiram a cena.

Enfim, Laço de Fita foi uma poesia que sempre me encantou.
Hoje lembrei dela.

         O LAÇO DE FITA
                                  Castro Alves
        Não sabes, criança?  'Stou louco de amores...
        Prendi meus afetos, formosa Pepita.
        Mas onde?  No templo, no espaço, nas névoas?!
        Não rias, prendi-me
                        Num laço de fita.

        Na selva sombria de tuas madeixas,
        Nos negros cabelos da moça bonita,
        Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
        Formoso enroscava-se
                        O laço de fita.

        Meu ser, que voava nas luzes da festa,
        Qual pássaro bravo, que os ares agita,
        Eu vi de repente cativo, submisso
        Rolar prisioneiro
                        Num laço de fita.

        E agora enleada na tênue cadeia
        Debalde minh'alma se embate, se irrita...
        O braço, que rompe cadeias de ferro,
        Não quebra teus elos,
                        Ó laço de fita!

        Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
        Os astros se libram na plaga infinita.
        Os anjos repousam nas penas brilhantes...
        Mas tu...   tens por asas
                        Um laço de fita.

        Há pouco voavas na célere valsa,
        Na valsa que anseia, que estua e palpita.
        Por que é que tremeste?  Não eram meus lábios...
        Beijava-te apenas...
                        Teu laço de fita.

        Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
        N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
        Talvez da cadeia libertes as tranças
        Mas eu... fico preso
                        No laço de fita.

        Pois bem!  Quando um dia na sombra do vale
        Abrirem-me a cova... formosa Pepital
        Ao menos arranca meus louros da fronte,
        E dá-me por c'roa...
                        Teu laço de fita.
      
        S. Paulo, Julho de 1868.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Existe uma escritora chamada Stella Florence que me ajudou a superar meus problemas mais do que ela ou qualquer pessoa imagina.
Cada livro que eu lia, parecia uma mensagem para mim, o conselho de uma amiga que eu não conhecia, mas que me conhecia muito bem.

Já à dias tenho pensado nas minhas coisas, e hoje eu lembrei de um conto dela que retrata exatamente o que eu fiz durante um período significativo da minha vida - um período que deixou mágoas profundas em mim.
Resolvi procurar o texto na internet e reler. Na busca, acabei saindo no blog da escritora.

Lá, tinha um texto. Perfeito. Como se me esperasse. Como se fosse escrito pra mim, me ajudando, mais uma vez.
Obrigada, Stella.

Há algum tempo, condoída pelo fora que uma amiga levara, escrevi um texto de presente para ela: uma carta de desamor. 
Na época, fez bem a ela ter a experiência materializada em texto: texto que poderia ser entregue ao dito cujo (e foi), texto que poderia ser impresso e simbolicamente queimado (e foi), texto que poderia fazê-la erguer a cabeça e a autoestima (e fez).

Se ele ajudou uma mulher, pode ajudar duas, três… Acrescente o que você quiser ao miolo dessa carta e torne-a sua: o final (um dos meus mantras preferidos) é o que realmente importa.

***

Me desculpe por eu ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter almoçado com você tantas vezes. Me desculpe por ter ligado.

Me desculpe pela chuva que tomamos subindo a Augusta. Me desculpe por ter acreditado nas suas mensagens. Me desculpe por ter rido das suas piadas.

Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo depois dela. Me desculpe por tentar entender seu silêncio.

Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe por eu ter subestimado o que foi ruim e superestimado o que foi bom.

Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por querer mais. Me desculpe por supor que você também quisesse mais.

Me desculpe por ter dito “sim”. Me desculpe por eu confiado em você. Me desculpe pela cinta-liga que eu comprei para te agradar.

Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter acreditado que você era o homem da minha vida.

Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe por a sua nova namorada achar que margaridas são flores menos nobres.

Me desculpe pelos 130 quilômetros de congestionamento que eu atravessei para te ver. Me desculpe pela barata que eu tive de matar na sua cozinha. Me desculpe por eu ter permitido que você deixasse a TV ligada no jogo do Palmeiras enquanto nós transávamos.

Me desculpe por eu ter acreditado que você compreendia meu olhar. Me desculpe por eu ter dito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu disse.

Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você: são para mim.

Afinal, porcos não reconhecem pérolas.

Stella Florence - Uma carta de desamor
Existem momentos em que você para tudo para refletir sobre a sua vida.

Eu estou, nessa semana, fazendo isso: uma auto análise. Um auto conhecimento. Recordando o passado (hoje cheguei aos meus 11 anos).
Enfim, relembrando tudo que me aconteceu para que eu fosse quem eu sou hoje.

Haja coragem. Pois isso dói. Ninguém passa livre de farpas, pela vida.

Quando uma dessas farpas não é removida, ela continua ali, mesmo sem doer.

Quem faz esse tipo de exercício mental, precisa estar preparado pra relembrar dessas farpas, pois dói.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Depois que se adquire uma certa idade, ao olhar para trás, verificamos que tudo na vida foi aprendizado.
Se e como sobrevivemos às experiências, se foram boas ou más, fortuitas ou duradouras, se deixaram "rastro", tudo isso nos ajuda a sermos mais fortes e aprendermos a lidar com a nossa vida. Tudo nos dá maturidade para o futuro.
Por mais que algo na nossa vida doa, acaba sendo proveitoso.

Pela minha experiência, especificamente, três coisas me fizeram mais forte:

  • perdas no amor/amizade
  • perdas financeiras
  • exemplo dado por terceiros


Experiências passadas por terceiros são as mais difíceis de internalizar, pois não é conosco que aconteceu o problema. Você está ouvindo um relato e pensa que "comigo teria sido diferente", ou "eu teria feito tal coisa".
Na verdade, talvez sim, talvez não, e você só saberá quando confrontado por uma experiência semelhante. A verdade, é que enquanto não passarmos pela mesma situação, não saberemos como reagir. Mas sempre, sempre aproveite para saber como outros lidaram com determinada situação, para tentar não cometer os mesmos erros.

As perdas financeiras e as sociedades desfeitas deixam um rastro profundo, mas são muito úteis para que, no futuro, deixemos de acreditar em falsos planos, promessas mirabolantes, etc. Uma perda financeira demora anos para ser quitada, perdemos amigos no caminho, mas nos fortalece de forma incrível. Nada mais glorioso do que ressurgir depois de "quebrar".

Talvez o mesmo valha para as perdas de amizade. Diz um ditado que, se perdeu, não era seu amigo, e pode até ser verdade, mas nunca sabemos até onde a nossa culpa acaba e onde começa a do outro, pois nossa tendência é vermos apenas o nosso lado. Apenas depois de muita reflexão e autocritica, podemos estabelecer os porquês de uma amizade terem acabado.

A mais dolorosa é a perda amorosa, sem dúvida.
Eu perdi amores e perdi familiares (que também são amores).
Os primeiros para a vida, os segundos, para a morte.
E... é engraçado... Eu achava que a pior dor do mundo era perder minha família, e num certo sentido foi. Perder meu pais, meus avós e, recentemente, minha mãe, foi uma dor que me traz tristeza profunda, saudade, nostalgia.

Perder meu pai cedo - 16 anos - perder minha mãe como perdi, e mais algumas circunstâncias da minha vida me fizeram ter depressão. Hoje diria que ou era leve, ou tratei dela cedo. Tomei meus remédios, fiz minha terapia, e hoje a depressão é só uma sombra que ronda por perto, voltando quando acontecem determinados episódios.

Quando minha mãe ficou doente e eu cuidava dela, a depressão voltou. Ninguém conhece você como você mesmo, então eu percebi que "algo estava errado"; notei que estava tendo atitudes estranhas, como querer dormir cobrindo a cabeça e em posição fetal (coisas que eu definitivamente não faço), não querer sair de casa, não querer pegar estradas de carro, "ver" acidentes acontecendo na minha imaginação no momento em que o carro pega a estrada... Atitudes totalmente contrárias à minha pessoa; fui para minha terapeuta, ela me indicou um neuro que me passou alguns remédios, e tudo passou.

Mas perder um amor pode ser mais doloroso que perder um parente. Ou, ao menos, para mim, foi. A pior dor que eu já senti na vida? Perder fulano.
Meus pais, talvez eu estivesse preparada, pois ambos ficaram doentes, e doeu, sim.

Numa sincera análise autocrítica, depois de muitos anos, posso fazer algumas ressalvas, e talvez a dor maior seja justamente pela maior parte da "culpa" ser minha. Pois, como eu disse, aprendemos com a experiência, e essa me levou a entender que:

  • Não se perde o que não se tem;
  • Ninguém ama com a mesma intensidade;
  • Nunca deixe uma história incompleta, feche seus círculos.


Depois de anos de terapia tentando entender a perda de fulano para outra e tudo que aconteceu na sequência, entendi que eu amei muito e ele... se deixou amar. Era fácil, era cômodo, era útil. Mas a rapidez e facilidade com que eu fui trocada - por alguém pior, ao meu ver - doeu tanto, tanto, que anos e anos de terapia foram jogados pela janela.

Doía no peito, fisicamente. Eu acordava de manhã e pensava que ainda estava viva, mas que seria melhor estar morta, de tanta dor.

Nesse período, chorosa, magoada, triste, a melhor frase que ouvi foi "dor de amor não mata; você não vai morrer, vai doer, mas vai passar". Incrível como ouvir o óbvio ajuda. Não, eu não morri e a dor foi diminuindo com os anos.

Me afoguei em bebida, em loucuras, em outras pessoas. Algumas eu nem lembro o nome, outras eu nem lembro o que fiz, se fiz. Queria apenas a benção do esquecimento momentâneo. O tempo passou, a dor atenuou, nunca sarou completamente, mas atenuou. E, durante as terapias e as horas de reflexão, percebi que eu precisava de respostas que só ele poderia me dar.

O tempo separou aquele casal e eu fui atrás das minhas respostas. Mas, na ânsia da saudade, obtive respostas incompletas. Ou talvez não tenha insistido... O fato é que eu me decepcionei novamente.

Só que, dessa vez, eu me dei uma chance de ser feliz, comecei um relacionamento com alguém que me valorizava, casei, montei minha família, tenho um marido e uma filha... Fulano, o passado, casou logo depois com uma boa pessoa - uma das armadilhas do amor é que quando amamos, queremos ver a pessoa bem. Eu achei que estava em paz.

Leia lá em cima de novo. "Nunca deixe uma história incompleta, feche seus círculos".
Pois o passado volta, sempre.

Depois de quase 12 anos, meu passado voltou com uma força impressionante para me assombrar.

Na verdade não foi "o passado" que voltou, foram as lembranças, e elas vieram à tona na forma de 2 fotos antigas que um amigo jogou em um grupo de whatts. Duas pequenas fotos, onde fulano aparecia. Dois momentos da vida dele. Eu olhei as fotos e tudo veio à tona, as lembranças, os sentimentos de dor, perda, tristeza. Porque eu lembro exatamente de cada momento em que as fotos foram tiradas. Lembro dele contando do local de uma das fotos, e a outra foto, quando ele já não estava mais convivendo comigo, mas eu lembro da foto, e lembro da dor de quando eu a vi pela primeira vez. Tudo isso veio de uma vez, como um soco.

E... novamente, é engraçado... Eu tenho a esposa dele adicionada no Face (nós nos conhecíamos antes dos nossos respectivos casamentos). Ela sempre posta fotos deles, atuais, com o filho, com ele, em momentos de família. Fotos recentes que não me abalam nem um pingo, até acho graça, "é, todos envelhecem"...

Mas ver aquelas duas fotos de momentos passados, dolorosos, foi algo para o qual eu não estava preparada. Doeu. Muito.

Quando isso me acontece, eu sempre faço minhas auto análises, e fico dias e dias pensando, e nesse caso, eu achei que o círculo havia fechado. E vi que não. Mas agora, não são mais de respostas que eu preciso, preciso desabafar. Talvez eu precise dizer, cara a cara, sobre essa dor, e qual a parcela de culpa dele nisso tudo.

Algo que, nessa vida, é impraticável. O cara vai achar que eu bebi. Ou que sou louca.

Portanto, lembre-se: feche seus círculos.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

A idade traz a sabedoria

Conversando com um amigo sobre "grupos de putaria do facebook", através de áudios de watts, o mesmo estava reclamando que teve seu perfil bloqueado algumas horas; eu respondi que provavelmente por alguma denuncia, alguma foto de nude que ele enviou e a mulher se sentiu ofendida e denunciou, enfim, esse tipo de coisa comum que costuma ocorrer em grupos dessa temática.

Meu marido, deitado no sofá, ouviu a conversa e perguntou por que ele não podia fazer parte desses grupos de putaria.

Eu respondi: mas eu nunca proibi, entra se você quiser.

Posso?

Claro, amor. Só tenho umas regras a esse respeito: se por acaso rolar contato carnal, não quero encheção de saco, ligações de madrugada, etc. Nada de "caso sério", é trepada de uma saída e só; nada de deixar compromissos familiares de lado; nada de doenças venéreas, use camisinha e, por fim, aceite a reciprocidade.

Reciprocidade, como?

Ué, se você pode, eu também posso...

Marido resmungou aqui e desistiu de grupos de putaria... disse que estava só brincando.

sábado, 15 de setembro de 2018

Lembrando de uma época que eu precisava escutar todas as músicas do Tomaz Lima (Homem de bem) pra segurar as pontas de uma deprê profunda - fora a medicação, que essa voltou com tudo.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Sempre fui cinéfila.

Quando, um dia, conseguimos comprar um videocassete e aprendi a gravar filmes da TV, em qualidade baixa pra caberem 3 filmes em uma fita, sem os créditos, etc... Eu tinha Muitos filmes gravados da Tela Quente e Sessão da Tarde, sem comerciais.

Com o tempo aprendi o valor dos filmes em boa qualidade e gravava um por fita.

E depois de uns anos, pedia pra fazerem cópias dos filmes pra mim.

Depois que eu mudei pra Birigui, descobri que locadoras vendiam fitas excedentes, e que tinha também como encomendar filmes, e comecei a comprar as fitas originais.

Rei Leão, legendado, Jumanji, legendado, com a caixa decorada, Jurassic Park com a caixa imitando pedra.

Na era dos DVD's, eu pedia pra gravarem filmes pra mim - nunca consegui gravar um filme bem gravado. Daí, no mesmo esquema, mas locadoras vendiam excedentes, então dava pra comprar filmes legais por um preço razoável, e com as vendas pela internet, algumas lojas também vendiam os filmes... Uns mais caros, outros mais baratos... O fato é que era possível colecionar filmes.

Meu armário de filmes em DVD está lotado, não cabe mais nada.

E agora eu instalei o torrent. Madre mia... rssss
Carol ralou o joelho na escola hoje.

Rasgou a calça jeans, se estivesse de short ou tecido mais fino, o estrago teria sido maior.

Não notei nela o devido RESPEITO que um ralado no joelho deveria inspirar: ela não chorou ao lavar, não suou frio, não tremeu.
Provavelmente, por ser seu primeiro ralado SÉRIO e no cimento liso. Ralado de joelho no asfalto inspira medo, terror, tremores e choro, arrependimento e promessas de nunca mais correr.

Isso provavelmente também, foi pela falta do merthiolate e da pazinha do capiroto que vinha junto. Ele ardia só de olhar e a pazinha ardia pra passar o remédio. Hoje em dia não tem mais isso, pode-se "borrifar" um remedinho que não arde, com cheirinho de flor.

Absurdo. Essa geração ta crescendo sem respeito.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Quando eu era criança, NUCITA era a NUTELLA de hoje.

Um achocolatado caro, pequeno, e que toda criança AMAVA.

Eu, chocólatra, pedia sempre, e minha vó, pra economizar, um dia misturou leite moça com Nescau numa xícara e me deu, falando que era "quase igual".
Vão-se quase 40 anos desse pequeno truque gastronômico da doce italiana, e eu AINDA MISTURO leite condensado com achocolatado numa xícara. Notem que eu disse "leite condensado com achocolatado", e não "leite moça com nescau", pq o "moça" ficou caro demais e o nescau, doce demais, então temos Itambé ou Mococa com Toddy, ocasionalmente um "moça" faz aparição em casa, nas épocas de promoção.

Enfim, continuemos. Minha filha, como não podia deixar de ser, TAMBÉM É CHOCÓLATRA e se deixar, vive à base de batom de chocolate e Kinder ovo.

E eu tenho total consciência dos estragos nutricionais que esse tipo de vício traz ao longo da vida, então sou meio "linha dura" com a minha filha. Evito ao máximo que ela beba refrigerante, coma bala, não coloco açúcar no leite, essas coisas... O que dá, eu corto.
Pois outro dia ela me pegou "no pulo" comendo minha misturinha de colher...

- Mãe, o que é isso?
-... feijão... quer???
- Ela olhou, viu aquele creme marrom e disse: não, eca!

E desde então, sempre que ela me vê comendo algo marrom em uma xícara, torce o nariz e fala "não sei como você consegue gostar tanto de feijão assim".

Eu PROMETO que um dia eu conto a verdade.

sexta-feira, 1 de junho de 2018


Quanto a mim, já fui oferecido em libação, e chegou o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua aparição (2 Timóteo 4,6-8)

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Alguns fatos sobre mim, sobre a minha vida e personalidade:

Ganhei meu primeiro carro em 1991, pouco antes de fazer 18 anos - uma Brasília 1970, branca. Aliás Brasílias eram uma constante em nossa pequena família: meu pai teve, minha mãe teve, eu tive. Praticamente SÓ TIVEMOS BRASÍLIAS durante minha infância.


Aos 11 anos, eu já voltava da escola de ônibus, pra casa. Aos 13 eu comecei também a ir pra escola de ônibus - meu vô ia comigo até o ponto nos primeiros dias.


Os únicos lugares pra onde eu viajei de avião estão situados no Nordeste Brasileiro (Ceará, Rio Grande do Norte, Maceió e Bahia); no mais, eu sempre andei de ônibus.


O único lugar que eu conheço fora do Brasil é a Argentina (ah é, fui pra lá de avião também), a não ser que aquelas viagens de bate e volta pro Paraguai contem. Nunca fui pros EUA, nunca fui pra Europa. E nessa altura do campeonato, duvido que irei algum dia.


Minha filha nasceu na santa Casa de Birigui, pelo SUS, sem convênio médico - e assim continua até hoje, sem convênio.


Minha mãe ficou 10 dias na UTI da Unimed, sem convênio (na pressa em socorrê-la, eu acabei parando lá antes de chegar ao PS). Isso talvez tenha salvado sua vida (a velocidade com que eles a atenderam). A conta ficou em uns 50 mil reais, que eu paguei vendendo meu carro, pedindo dinheiro emprestado e parcelando o restante. Cada tomografia (ela chegava a fazer até 2 por dia) ficava em 900 reais, pagos antecipadamente.


A primeira vez que minha filha teve uma "virose", ela foi socorrida no Pronto Socorro da cidade, que não tinha "ala pediátrica".


A UBS do meu bairro é a UBS 7, e tenho o telefone deles no meu celular até hoje, se precisar.


Minha mãe nunca conseguiu home care nem fraldas ou alimentação em latas pela prefeitura, eu entrava com o pedido e como não podiam negar, eles simplesmente "sumiam" com o papel. Eu fiz tudo - paguei desde o enfermeiro que vinha dar banho nela até a fisioterapeuta e as latas e fraldas que ela usava. Recebi doações de outras pessoas, de amigos, nunca do governo.


Estou esperando uma endoscopia desde setembro de 2016 pelo SUS.


Parei de dar aulas para cuidar da minha mãe, pois o salário de uma cuidadora era mais do que eu ganhava.


Tive que vender vários carros que eu financiei por não conseguir pagar a prestação. Nunca consegui comprar um carro "semi novo" à vista, só financiado. Os que eu comprei à vista tem mais de 20 anos.


Em alguns dias, numa das piores crises financeiras por nosso comércio ter quebrado, em 2014, eu ia comer um salgado na cantina do fórum na hora do almoço - era mais barato que pedir marmita, assim a grana durava mais.


Minha filha já deixou de ir para a escola por não ter combustível no carro, nem nada pra colocar de lanche na mochila.


Já tomei água no café da manhã por não ter dinheiro e deixar a única caixinha de leite pra Carol.


Tenho dívidas pessoais - parentes e amigos - que ainda não quitei. Devo pro banco mais do que posso pagar.


Ajudei a eleger Lula, e vi que a esquerda nunca passou de uma direita disfarçada e pior, muito pior... Hoje voto só na direita, QUANDO VOTO.


Quando morei em SP, morava perto de santo Amaro/Interlagos, e não em algum bairro chique. Meu bairro não tinha praças, árvores, bares finos ou cafés, nem lojas. Nosso shopping era (acho que ainda é) o Interlagos.


Fiz várias vezes o percurso Avenida paulista - Avenida Joaquim Nabuco esquina com Washington Luis (minha avó morava na rua Atica) a pé por ter sido furtada na escola (Objetivo Paulista) e não ter coragem de descer do ônibus por trás.





Na esteira das recordações, vou contar como era nos 4 anos que eu usei o sus com a minha mãe.

Ela NÃO TINHA CONDIÇÕES de ir de carro, precisava ir de ambulância, não precisava de oxigênio mas precisava ir deitada. Não precisando do oxigênio, uma simples ambulância fiorino poderia leva-la, não era necessária uma UTI móvel.
Mas cansei de contar as vezes em que ela perdeu a consulta e teve que ser remarcada por "falta de ambulância" e "falta de combustível". Um dia eu tive que IR BUSCAR A EQUIPE pra uma visita em casa, pq NÃO TINHA GASOLINA NOS CARROS DAS UBS.

As viagens de ambulância eram sempre marcadas com antecedência. Confirmados um dia antes e confirmados na data. Uma das (ir)responsáveis pelo agendamento das ambulâncias era uma senhora arrogante e escrota que hoje deve ter se aposentado, espero... Minha casa é construída sobre uma laje piso. A entrada fica no meio e o acesso se dá por um corredor de 1m de largura. Uma maca NÃO PASSA por ali, elas não viram, só passam reclinadas.
Minha mãe, quando teve o AVC, era pesada e precisava sair PELA JANELA do quarto dela, um procedimento arriscado, sim, mas necessário, que me obrigada a sempre pedir ambulâncias de MACA BAIXA. Os meninos do resgate falaram que sempre que eu precisasse, que ligasse e pedisse pra eles, que eles viriam ajudar, afinal não era obrigação do motorista, certo?
Enfim, um dia eu perguntei pra essa mulher quando a ambulância viria, pq eu precisava ligar pros meninos do resgate (eles vinham num carro baixo, não na van de resgate) e ela literalmente COMEU MEU RABO, que era um absurdo eu deslocar tantas pessoas para transportar apenas uma. Eu ainda fui educada, sério, humilde, apavorada de ter aquele serviço negado, "mas moça, na minha casa a maca não passa na porta, é o único jeito de tirar a minha mãe dali", e eu ouvi dela: MUDA DE CASA ENTÃO.

Aquilo me remoeu por muito, muito tempo. Então eu pagava meus impostos, meu IR, pra ouvir esse tipo de coisa? Me peguei pensando no quanto eu me rebaixava, pedia, implorava, esperava, corria atrás... Meu pensamento era "engole a humilhação pq sua mãe precisa dessa pessoa". E mesmo assim, uma das consultas mais importantes no neurocirurgião da outra cidade, ela perdeu por birra dessa mulher. Eu demorei UM ANO pra conseguir remarcar de novo, e mesmo assim pq eu ia nos postinhos implorar pros chefes, e numa das trocas de liderança e prefeitura, eles conseguiram "encaixar" minha mãe. Nesse meio tempo, minha mãe emagreceu, lógico. Passou a pesar 40Kg e era só carregar no colo até a maca, que parava na porta do lado de fora - eu não tive condições de mudar de casa, como sugeriu a mulher do agendamento das ambulâncias.
Só que, dessa vez, eu fui vacinada. Dessa vez eu liguei e perguntei que horas a ambulância vinha, e me falaram que "já já", não tinha "nenhuma no momento. Bom... A hora limite pra gente sair de casa pra não perder a consulta chegando e nada da ambulância... Eu liguei lá... e falei naquele tom gentil que me é peculiar:

- SE ESSA AMBULÂNCIA CHEGAR ATRASADA, SE EU PERDER A CONSULTA DESSE MÉDICO, EU VOU AÍ COM A POLICIA, COM A TELEVISÃO, EU VOU DESTRUIR VOCÊS, EU QUEBRO TUDO, MOÇA, EU VOU PRESA MAS PODE TER CERTEZA QUE O NOME DE VOCÊS VAI APARECER EM REDE NACIONAL!!!

Infelizmente não era a chefe, era a subordinada (pra quem depois eu liguei e pedi mil desculpas), mas veio uma ambulância legalzinha e nos levou à consulta... Acha que acabou aí? Naaaaahhhh...

Conversando à toa com o motorista, ele me disse que O PÁTIO ESTAVA CHEIO DE CARROS, e que a chefe tinha esperado ele chegar, mandado ele levar a gente e "largar lá, que eu que me virasse pra voltar, pq ambulância não é táxi, assim ela aprende".
Minha pressão foi no céu. Brigar com o motorista, não ia adiantar. O que eu fiz? Liguei pra minha advogada, contei o ocorrido e ela disse que, se precisasse, que eu chamasse a TV e a PM e lavrasse um BO, pq estavam negando atendimento á minha mãe, maior de 60 anos, acamada, ou seja, uma pessoa com NECESSIDADE ESPECIAL DUPLA. Enquanto eu passava pela consulta com o neuro, depois de 1 ano, ela fez umas ligações e, ao sair, me esperava uma semi UTI móvel (não era van, mas era quase), que O PRÓPRIO PREFEITO tinha mandado ir me buscar, e queria saber pq aquilo estava acontecendo...
Dizem que a chefe das ambulâncias tomou uma comida de rabo... Me senti vingada... Esse foi o resumo de apenas UMA das coisas que a gente passa quando depende de serviço público...
Quando minha mãe teve o AVC e depois de 10 dias, conseguiu vaga no SUS, o que eu mais ouvia era: "precisa fazer tal procedimento, mas tá em falta".
O neuro me explicou, depois, que as sequelas que ficaram nela não foram (só) por causa do AVC, mas principalmente pela demora em colocar uma válvula e drenar a água do cérebro, uma hidrocefalia que ela teve depois. Por causa disso ela passou os próximos 4 anos acamada em estado vegetativo.
"Precisa fazer um exame, mas não temos como fazer nesse hospital e não dá pra levar de ambulância pq ela não aguenta a viagem", "temos que fazer tal medicamento, mas não temos no momento, esperando chegar, já fizemos o pedido", "estamos esperando a visita do infectologista pq a infecção da sua mãe está muito resistente", "precisamos colocar uma sonda na sua mãe mas o responsável precisa assinar o pedido, tem que ver se vai ser aprovado pq é uma sonda Tal e custa caro".
A tal sonda custava menos de 50 reais, e eu me ofereci pra comprar, PELO AMOR DE DEUS, e eles disseram que o SUS não aceita esse tipo de conduta.
E eu esperava, vendo minha mãe piorar ou melhorar conforme as coisas iam chegando. E eu rezava. Nunca rezei tanto na minha vida.
Na época, não teve greve de caminhão... Teve, sim, e eu não estou falando especificamente da minha cidade, superfaturamento de remédios, de material, desvio de verbas que deveriam ser pro SUS, isso sim, sempre teve e vai continuar tendo.
Então, o próximo que vier me falar "e se fosse um parente seu no hospital esperando chegar um medicamento", eu vou perguntar se essa pessoa já ficou dependente do SUS muito tempo ou se ela tem convênio médico.

Fiz esse texto para comentar sobre a greve dos caminhoneiros que já dura 7 dias. 

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Paulo me convidou para participar do blog dele, o "precisamos falar sobre...".

Para quem curte textos reflexivos, é uma boa pedida, pois não estaremos sozinhos, mais gente vai participar.

Meu primeiro texto é uma adaptação do que eu escrevi a alguns anos atrás sobre "comprar ou adotar um cão", no blog do Canil. Adaptei "cão" para "animais em geral".

A hospedagem está no Wordpress mas em breve talvez mude para um domínio próprio.

Enjoy it!


sábado, 14 de abril de 2018

FILOSOFANDO...

Quando alguém é contra alguma coisa (qualquer coisa) eu sempre me pergunto até ONDE ela conhece à fundo a causa ao qual ela está se posicionando.

A maioria das pessoas que é CONTRA a criação de cães coloca TODOS os criadores no mesmo balaio, desde aqueles que tem 200 cães empilhados, magros e judiados, até aquela pessoa que tem 2 ou 3 fêmeas e tira 1 ou 2 ninhadas por ano. Não existe um oito ou oitenta.

O mesmo acontece com tudo, simplesmente TUDO nessa vida... A gente se posiciona CONTRA ou À FAVOR de algo simplesmente baseados em achismos e opiniões pessoais, sem uma pesquisa à fundo no problema.

Eu vejo pessoas sendo contra adestramento por N motivos: são contra o enforcador de garras, sem saber que ele existe e é usado em alguns propósitos e situações, não todas. E aí vê UM caso em que detonaram o pescoço do cachorro e usa aquilo O RESTO DA VIDA como bandeira negativa.
Pessoas que não podem nem ouvir falar em COLAR DE CHOQUE, achando que deve ser uma coleira ligada no 220, que o adestrador fica ligando e desligando no interruptor.
A maioria nem sabe quais os modelos, qual a intensidade e, mais importante, PARA QUÊ esse tipo de coleira é utilizada e sua importância em eliminar determinados comportamentos.

Eu vi pessoas se posicionando CONTRA técnicas de correção de cães mal educados com N argumentos, mas que não conseguem controlar seus cães e estes fazem tudo o que querem dentro de casa.

Nosso país é tão escroto que não se pode praticar esportes de tração canina. Em algumas cidades do país, campeonatos de adestramento e agility são proibidos.

Vi pessoas que criticam criadores de cães, por seus cães morarem em canis, mas não criticam instituições como a SUIPA e SOAMA, nem acumuladores travestidos de "protetores".

Vejo pessoas se posicionando CONTRA carroceiros, pegando 1 caso de maus tratos para dar como exemplo, esquecendo dos outros 10 que não maltratam seus animais. E aí já aproveita e quer que criem uma lei proibindo todo o tipo de veículos de tração animal, sem lembrar que existem muitas pessoas que moram em zona rural e PRECISAM de charretes e carroças. Essa pessoa NÃO ESTÁ preocupada com animais ou pessoas, e sim em tranquilizar sua própria consciência, independente do que sua resolução/opinião vai acarretar na vida de outras pessoas.
Esquecem também que existem esportes de atrelagem e corrida de trote.

Tenho visto pessoas contra rodeio e vaquejada, "sou contra e acabou", preferindo não ver que é um esporte que movimenta milhões, gera renda, sustenta famílias e dá emprego.
Colocam tudo "no mesmo saco", como se fosse tudo igual. Tem gente que inclusive diz que é "contra rodeio porque não gosta de musica sertaneja". É como se alguém que não gosta de música clássica quisesse proibir orquestras e óperas.

Os argumentos são sempre os mesmos:
"Na vaquejada pegam o boi pelo rabo" (mentira, é por uma cauda artificial), "o cavalo é maltratado" (mentira, além de ser obrigatório ter um juiz de bem estar animal em cada evento, fiscalizando abusos, os cavalos não podem mais sangrar na cortadeira e nem na espora. Existem punições sérias caso isso aconteça, e assim como no rodeio, os animais tem tratamento especial nas fazendas),

"No rodeio amarram/espetam o saco do boi pra ele pular daquele jeito" (mentira, os touros de rodeio são as estrelas do show, escolhidos à dedo por olheiros nos rodeios de cidade pequena. 60% dos bois que são colocados pra pular não servem pro ofício). Boi pula porque não gosta que montem no seu lombo. Tem boi que vai pra arena e não pula, esses são descartados, mas os que se destacam são comprados por companhias de rodeio e são tratados com ração medida e pesada, capim de boa qualidade. São animais acostumados ao trato no dia a dia, eles TRABALHAM pra viver, entram na arena, pulam e saem.
Aquela corda de crina amarrada na virilha é pra causar um DESCONFORTO, apenas isso, o touro pula sem aquilo se precisar.
As esporas NÃO TEM PONTAS. São apenas parte da indumentária.

"As provas de laço são cruéis", e aí eu te falo "quais?", porque prova de laço tem muitas modalidades.
Se formos ver o calf roping, eu concordo. Bezerros muito novos e tranco muito agressivo no pescoço.
Mas o laço em dupla não tortura. Um laça a cabeça e outro laça o pé, imobilizam o animal, pronto.

O laço comprido, ou tiro de laço, modalidade que tem ganhado espaço pelo resto do Brasil, vinda do Sul, consiste em um vaqueiro laçar uma rês a 100m de distância, com um "laço comprido".  Não tem tranco, não tem violência nenhuma.

Sobre as modalidades de rodeio do Sul eu vou me abster de comentar, são diferentes dos rodeios do sudeste, regras e provas próprias, vindas da lida campeira deles.

Pois é, amigo "sou contra", porque agora vem a parte divertida da coisa... Você, sentado na sua poltrona de couro, comendo seu bife, tomando sua gelatina, talvez não saiba que todas essas modalidades de rodeio tem uma MESMA ORIGEM: a lida campeira com o gado.

Se um boi sai correndo na frente da boiada, na estrada ou no pasto, o vaqueiro tem que trazer ele de volta, senão ele pode pular uma cerca, se machucar, ou entrar numa mata ou em outro pasto e aí dá o dobro de trabalho pra tirar o bicho de lá. Então ele corre com o cavalo, pega o boi pelo rabo e vira o boi na direção certa de novo.
Se um boi precisa ser imobilizado pra se curar uma ferida, um vaqueiro laça a cabeça, o outro o pé, derrubam o boi, fazem o curativo e solta o bicho de novo.
Um bezerro recém nascido precisa ter seu umbigo curado quase que imediatamente após o seu nascimento, senão dá bicheira e ele morre de tétano. O vaqueiro PRECISA laçar o bezerrinho enquanto o outro vaqueiro aparta a mãe.

Se um boi PRECISA ser parado, o vaqueiro pula em cima dele, na cabeça, enquanto o outro vem pra ajudar a segurar (modalidade em rodeio chamada bulldog).

Sinto muito se algumas coisas ferem a sua sensibilidade gentil, mas a realidade não é um conto de fadas.

Quer protestar contra algo: busque, pesquise, corra atrás. Não pague mico.
Não seja um babaca caviar criado à leite com pera e ovomaltine no apartamento acarpetado da vovó, com seus gatinhos de raça que comem sachê de salmão.
Saiba que existe um mundo lá fora onde pessoas precisam trabalhar ou morrem de fome e dependem muito dessas modalidades de esporte para dar dignidade ás suas famílias, já que o governo só pensa em roubar zilhões para seus pro´rios bolsos.

domingo, 8 de abril de 2018

Depois de alguns anos de investigações, processos, delações, etc etc etc, FINALMENTE LULA FOI PRESO.
Fez o costumeiro circo, deu seus discursos de sempre, bêbado, diga-se de passagem, a velha desculpa "sou pobre, sou nordestino, sou isso, sou aquilo", mesmo com uns 200 milhões apreendidos pela PF, mesmo com todas as provas, continua se bradando inocente... e incrivelmente muitos acreditam.

Aliás o DATAFOLHA diz que ele continua na frente na corrida eleitoral. Minha nossa... Quanta mentira.

Enfim, hoje é um dia FELIZ e eu só NÃO SOLTEI FOGOS em respeito aos cães.

Que apodreça na cadeia - algo que sabemos que não vai acontecer - e que muitos o sigam.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Carolina e eu discutindo hoje sobre cães e seus rabos e orelhas.
Carol é aquele tipo de ser humano que tem resposta pra tudo.

Inconformada com o fato de dobermanns terem rabo e orelhas operadas, ela perguntou o porque isso acontecia, e eu expliquei que era para que eles ficassem mais bonitos.

"Mas eles ficam mais feios, e não são felizes. Um cachorro precisa do rabo pra ser feliz."

A cada argumento que eu dava ela rebatia com mais 2.

Até que eu encerrei a discussão falando que ela ia ser deserdada. Ela perguntou o que significava "ser deserdado".

- Significa que eu vou colocar você pra fora de casa se você continuar com essa conversa.

Estávamos lavando a garagem. Ela encostou o rodinho e começou a subir as escadas.

- Onde você vai?
 - Se você vai me colocar pra fora de casa, eu não vou mais ajudar você a lavar nada.

Ela só tem 6 anos.
Eu tô rindo, mas tô preocupada.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...