terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Quando lançam um filme adaptado de um livro, eu tenho o hábito de ler o livro e comparar se o filme ficou bom/bem feito/fiel/mal adaptado, enfim...

O Hobbit, uma jornada Inesperada e O Hobbit, a desolação de Smaug, fizeram com que eu lesse novamente o livro de J.R.R. Tolkien, O Hobbit.
Exatamente como eu me lembrava, Thorin e cia, Bilbo e Gandalf não são os heróicos viajantes em busca do "lar perdido" dos anões. São criaturinhas grosseiras, resmungonas e acomodadas.

PJ leu nas entrelinhas o que os personagens PODERIAM vir a ser e, com isso, criou 3 filmes fabulosos, embora eu só tenha visto 2.
Valem a pena, e quero deixar pra escrever um texto mais longo quando lançarem o terceiro filme, daqui um ano...

Enquanto isso, aproveitem bem os filmes, suas adaptações e inclusive personagens inéditos e outros que, apesar de fazerem parte do Universo Tolkien, nunca apareceram n'O Hobbit (como Legolas e Tauriel). Mas acho compreensível.
Como mostrar a "casa" do elfo Legolas, seu pai, etc, e deixa-lo de fora?

Gostei muito MESMO dos 2 primeiros filmes...

Uma dica, assistam LEGENDADO.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Duas pessoas, sujas e cansadas, chegam a um vilarejo para pedir ajuda. 
Um vilarejo poeirento típico daqueles filmes americanos, ou, para abrasileirar o relato, do nosso sertão nordestino. 
Porém eles notam que o vilarejo é cercado por alambrados, inclusive acima da cabeça. Cada casa é cercada por uma gaiola de alambrado e as ligações entre os lugares se fazia por corredores apertados e baixos, também de alambrado - um alambrado velho, sujo, enferrujado. 

As duas pessoas sentem a tensão na cidade, como se vivessem na iminência de um ataque. Logo descobrem, ao ajudar um morador do local a recolher suas cabras que haviam escapado da proteção, que a explicação para isso são ataques de aves grandes, da altura de uma pessoa, com poderosos bicos compridos e olhar mortiço. Lembravam uma cegonha Marabu, porém mais perigosas e com capacidade de regeneração. 

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Um casal apaixonado é separado por uma rival, em uma reformulação do Universo (algo no estilo Crise nas Infinitas Terras) feito por um roteirista de quadrinhos que seria uma mistura de Frank Miller e Neil Gaiman; a rival retorna como uma mulher madura, bem sucedida editora de moda em Nova York e tutora/namorada do rapaz, que torna-se um garoto impúbere em idade colegial e não se recorda da outra vida.
A "namorada", que volta à essa nova vida como uma fanática estilo Sarah Connor (inclusive com aquele olhar alucinado), se aproxima do rapaz, mas ele está dominado e sob as asas da rival e não a reconhece. Sente apenas uma centelha de algo maior, que ele não sabe explicar. Após uma briga violenta com a rival, a ex namorada resolve ir embora, se afastar de tudo aquilo e esperar que, "em outra vida", ambos se reencontrem finalmente.
Durante a noite, invade um quintal, rouba um carro velho e vai embora, levando uma mochila e sua mãe junto, que não está entendendo NADA.

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Um grupo de pessoas encontra uma fazenda vazia, mas em perfeito funcionamento, como se tivesse acabado de ser abandonada por seus moradores. 
Após uma verificação rudimentar, o grupo percebe que a fazenda tem tudo para subsistência, desde implementos agrícolas à despensa cheia.
Não sabem o motivo pelo qual está abandonada, mas resolvem comemorar aquele "achado" fazendo um churrasco.
Enquanto uma das pessoas do grupo vai até a cozinha para pegar algo, ouve um barulho e vê um grupo de zumbis andando do lado de fora da casa, indo em direção à área onde estão seus companheiros.
Ela se abaixa, com medo de ser vista, e calcula a possibilidade de correr pelo lado de dentro da casa para avisar os amigos quando vê que os zumbis estão do lado de dentro também, porém não a viram ainda.
Ela sabe que é lenta, que seus pés doem e que não aguentaria correr, então se esconde melhor e reza, reza para que seus amigos vejam os zumbis chegando e escapem - na pior versão de uma pessoa egoísta. 

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Um casal e sua filha estão em uma viagem num ônibus turístico, quando sofrem um acidente. O veículo fica preso entre pedras, prestes a cair de um abismo, e o casal, que não se machucou, precisa tirar sua filha de dentro do veículo antes que algo mais grave aconteça: ele caia, pegue fogo, etc.

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Parece enredo de filme trash pra você?
Imagine pra mim, que ando sonhando esse tipo de coisa quase todos os dias... Alguns eu nem lembro, só deixam a sensação estranha quando eu acordo...

saudade de quando meus sonhos eram normais...

sábado, 19 de outubro de 2013

Por ter presenciado MUITOS comentários errôneos, muitas fotos editadas e muita, muita desinformação, fiz um resumo de links que devem ser lidos a título de informação, como esclarecem muitas questões cruciais da experimentação animal e do "caso dos beagles".

Ativistas invadem laboratório e levam cães embora.
Polícia investiga abuso de ativistas.
Instituto Royal é um dos mais importantes do país.
Cães levados do laboratório podem morrer - realmente alguns cães devem estar em "tratamento"... mas não creio que "todos" eles correm o risco de morrer só por sair do ambiente do laboratório.
Ativistas responderão por furto.
Adotar cães do Instituto Royal é crime de receptação.

Esse é master, o cara é Dr em biologia molecular e celular e o artigo é muito, muito bom. "me expliquem, por favor, como eu poderia simular in vitro o sistema circulatório com todos seus componentes, celulares e biofísicos, para fazer testes de drogas contra a hipertensão arterial? Qual protocolo experimental eu poderia usar para simular ansiedade ou depressão e testar medicamentos contra esses males, utilizando apenas células em um tubo? Como eu faria para testar in vitro o efeito de uma droga na perda de memória? Poderiam me explicar também como se faz para descobrir se um produto é bom contra diarréia usando células em um tubo de ensaio?"

Pra quem fala que "paises evoluidos aboliram os testes".

ANVISA
Lei Arouca

Principalmente, aos que quiserem adentrar nesse assunto, que gera muita polemica, não deixem de ver esses 2 vídeos de um cara muito sensato - você pode até não concordar com o que ele diz, mas ele tem embasamento suficiente. Indico também os "vídeos do Iuri" que ele cita e linka nos dele:

http://www.youtube.com/watch?v=OPiNb4C3JBw 
http://www.youtube.com/watch?v=5Kk1MorddZU

Quando um assunto como a experimentação animal, que é tão polêmico, entra em debate, é sempre bom termos opiniões embasadas pelo lado científico, pois o lado passional não nos deixa opinar conscientemente. Fica no fim o meu questionamento sobre tudo isso: como posso ser contra a experimentação animal se eu me utilizo dela diariamente?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A muitos anos atrás, creio que logo quando eu me mudei pro interior, estava debatendo um tema com um amigo meu, que era os porquês dos homens não namorarem ou ficarem em público com meninas gordas.

E ele disse que não tinha como apresentar uma garota gorda pros amigos. A menina podia ser muito legal, até bonita, mas não dava, sabe? E me mostrava as garotas que ele xavecava, verdadeiras "deusas da beleza", corpo bonito, pele bem cuidada, cabelos sempre aparados e bem cuidados... E que NUNCA queriam NADA com ele, e aí ele entrava em depressão...

Você não pode pedir maturidade de alguém que não está preparada pra tê-la, e até aí o argumento dele, embora absurdo, era válido pra um cara na faixa dos seus 20 anos.

O problema é que ELE era baixinho, já meio calvo, pisava torto, usava óculos, tinha a língua presa, era flácido (sem musculatura definida) e já mostrava uma barriguinha de cerveja.

Então, sempre ficou a dúvida, se ele não recebia das "deusas" dele, exatamente o que ele dava pras "gordinhas"...

(ou isso ou o cara não tinha espelho em casa)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O primeiro contato que tive com Nelson Rodrigues foi através da rede Globo, naqueles casos que eram filmados e apareciam aos domingos no Fantástico, creio... "A Vida como ela é".

Doutrinada, até então, pelos romances açucarados e perfeitos de Bárbara Cartland, fiquei chocada com a frieza e a crueldade daqueles pequenos casos.
"Mas... o amor...? Onde está o amor...?"

É fato que, ali, existia amor. mas o amor real, que acontece no dia a dia, e eu, sonhadora, odiava Nelson de morte, por simplesmente "matar" o amor como eu o via.

Mas tudo tem sua hora... A gente cresce, amadurece, e começa a ver com outros olhos o que antes nos era desagradável. Foi assim com os clássicos da nossa literatura, e foi assim, também, com... Nelson...
A vida como ela é tornou-se, então, agradável de ser lida e relida.

E meu favorito é "O Grande Viúvo".

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Aqui, de novo na Santa Casa, curando um começo de pneumonia da Meyre, é quando eu vejo o que a miséria humana tem de pior. Mas também, o que o ser humano pode ter de melhor. 

Tem muita gente aqui, de todos os tipos. Gorda, magra, rica, pobre, preta, branca, católicos, evangélicos, espíritas, porém existe algo que une a todos: algum tipo de moléstia. 

As pessoas ficam mais solidárias no hospital. Se ajudam, torcem umas pelas outras. Em alguns casos, até criam vínculos de amizade e/ou preocupação. 

Tem muitos idosos acamados aqui. Alguns piores, outros um pouco melhor. Tem uma senhora no leito ao lado do nosso cujo(s) filho(s) passa(m) o dia com ela. Na verdade só prestei atenção hoje, então não sei se é apenas um rapaz, se tem mais pessoas. Sei que a noite ela fica sozinha. Hoje tinha que fazer curativo e eu ajudei a trocar a fralda dela. Como estou acostumada com a Meyre toda durinha, estranhei ajudar a trocar uma pessoa mais mole... Escaras dos 2 lados, no quadril, e na região sacral. Até aí, normal, se não tomar cuidado dá isso mesmo.
Essa senhora está num estado parecido com o da minha mãe. Mas por outros motivos, alzheimer e parkinson. Não se move, não fala. Não fixa o olhar... Então até dá pra deixar sozinha, a gente sabe que não vai se levantar ou dar trabalho. As enfermeiras fazem os procedimentos, ninguém vai passar fome aqui. 

Mas aí eu soube que ela está num dos asilos de Birigui (qual deles não vem ao caso) e só de hospedagem os filhos pagam R$1000,00, mais alimentação, medicamentos, etc. 
E pensei que eu, sozinha em casa, não sendo profissional, curei todas as escaras da minha mãe, só falta uma pequena na região sacral, justo a que era a maior; Eu tentei de tudo, inclusive pomada veterinária; Eu que fiquei psicótica com vincos no lençol; que dou a sopa de legumes grossa com uma seringa; que passei a dormir num quarto separado pra poder levantar de madrugada caso tenha que limpar a traqueostomia; que quando tenho que sair faço tudo pensando nela que ficou em casa; que nem penso em viajar porque não suporto a ideia de deixar minha mãe aos cuidados de outra pessoa... eu não julgo, não condeno, sei que não é fácil. Tem gente que não tem a mesma disponibilidade de tempo que eu tenho...
Mas não dá pra pensar em deixar minha mãe com gente estranha tomando conta dela. 
Não. Não dá. 

Nada disso é sacrifício pra mim. É obrigação, é prazer. Ninguém vai cuidar dela como eu cuido. 
Se eu não puder fazer isso por ela depois de tantos anos de amor e convivência, quem fará? 
Eu agradeço não ter irmãos pra dividir nada... Eu cuido dela, se tiver que fazer cagada, eu faço. Se tiver que assumir a responsabilidade de um tratamento ou de uma burrada, eu faço. Sem ninguém pra me acusar, apontar o dedo. 

Sou eu e ela; eu e ela.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Em 25/04/1999 eu escrevi uma série de "regras" que eu seguia, para viver bem. Salvei num .txt, passei pra HTML e salvei em uma página gratuita do Geocities. Quando o serviço Geocities acabou, consegui salvar os textos e deixei vagando no limbo, de um HD para outro, desde então. Eu os encontrei esses dias atrás...

Resolvi postar aqui, para que não suma mais.

Engraçado ver que QUASE NADA mudou daquela época até hoje. Talvez eu acrescentasse algumas observações em alguns itens, mas dessa vez vai no original.

Regras para se viver bem com outros seres humanos, e fazer de sua vida uma opção mais fácil...  :)

  • Lembre-se de que cada ser humano tem uma personalidade que o difere de você.
  • Seja cordial sempre que possível.
  • Humildade ajuda nos momentos de aperto, nunca envergonhe-se de ser humilde.
  • Seja educado com as pessoas mais velhas, mesmo que seja difícil. Procure se lembrar que aquela pessoa viveu mais que você, e merece seu respeito, pois já teve seu quinhão de sofrimento, mesmo que você tenha mais experiência de vida que ela.
  • Respeite a opinião do próximo, mesmo que você não concorde com ela. Lembre-se que o lixo de alguns pode ser o tesouro de outros. O que para você é brega, ao vizinho pode ser incrivelmente belo.
  • Se você não gosta de se envolver em discussões polêmicas, evite alguns assuntos que são tabu em qualquer roda: futebol, religião e política (mesmo que todos sejam da mesma torcida, crença ou partido).
  • Não discuta assuntos do qual você não entende. Procure ouvir e compreender o assunto em discussão.
  • Respeite a propriedade alheia, pois um dia, podem não respeitar a sua. Isso inclui namorados de outras mulheres, noivos e maridos.
  • Não faça aos outros o que não quer que façam com você.
  • Ao ser detida por uma autoridade não discuta com ela, mesmo que ela esteja errada e procure convence-la com voz baixa e calma, mantendo o respeito, isso opera milagres...
  • Respeite a vida, seja ela como for: humana, animal, ou vegetal... cada quinhão de vida é importante, mesmo que seja de uma simples mosca. Isso não quer dizer que você deva suportar as baratas de sua casa, entretanto.
  • Procure ver o lado bom das pessoas, mesmo que seja difícil. Todos tem seu lado bom, basta descobri-lo. 
  • Ao se ver no meio de uma briga, lembre-se que toda história tem duas versões.
  • Família é uma parte sagrada de você. Ame sua família acima de qualquer coisa.
  • Aceite os defeitos de seus amigos, mesmo os piores, desde que ele aceite os seus. Amigos são pessoas que sabem tudo a seu respeito e, mesmo assim, gostam de você, mas saiba retribuir a amizade recebida. Saiba ver também, quando a pessoa é realmente sua amiga, quando realmente merece a sua amizade. Analise as atitudes da pessoa. Ao ver que esta pessoa não pode ser sua amiga, simplesmente afaste-se dela.
  • Não deixe que uma pequena divergência arruíne uma grande amizade.
  • Procure não ser invejoso, pois a inveja corrói a alma.
  • Não seja fofoqueiro, e não dê ouvidos à intrigas.
  • As vezes, a mentira torna-se necessária, mas procure dizer a verdade sempre que possível. Se for obrigado a mentir, minta de forma a lembrar-se do que contou depois, para não cair em contradição.
  • Se pedirem sua opinião, seja sincero, na medida do possível.
  • Pense e reflita antes de dizer algo. Algumas pessoas não gostam de ouvir que seu gosto é péssimo. Lembre-se: esta é a sua opinião, a delas pode ser diferente
  • A honestidade é a melhor política, mesmo que, às vezes, você se sinta prejudicado.
  • Se você não gosta de crianças, animais ou outra coisa qualquer, procure não dize-lo na frente de estranhos. Eles geralmente não aceitam muito bem que seu filhinho querido não está agradando. 
  • Seja você mesma, procure aceitar-se como você é. Isso  inclui fazer loucuras de carro, moto ou ser considerada completamente doida por algumas pessoas. Se elas acham isso de você, problema delas, mas saiba respeitar o espaço de cada uma.
  • Não leve seus problemas a opinião pública, procure resolvê-los envolvendo apenas as pessoas que podem realmente ajudá-lo. 
  • Algumas pessoas não gostam de emprestar seus objetos de uso pessoal, como roupas, CDs, carros, etc. Se você não é íntimo dessa pessoa, e perceber que ela é desse tipo, não insista.
  • Nunca prometa o que não tem certeza de poder cumprir.
  • Não deixe de perdoar aquela pessoa que errou e se arrependeu, pois amanhã você pode estar na mesma posição que ela. Quando perceber que cometeu um erro, faça o possível para corrigi-lo imediatamente, não deixe passar a oportunidade. 
  • Ame incondicionalmente. Dedique-se ao ato de amar sem nenhum limite, e lembre-se de que traições são dolorosas. Ame profunda e apaixonadamente. É possível que você saia ferido mas é a única maneira de se viver a vida por inteiro
  • Partilhe seus conhecimentos.
  • Nunca ria dos sonhos dos outros.


Eu criei essas regras para mim. Algumas eu não consigo seguir, mas a maioria tem dado bom resultado. No entanto, cada um deve Ter suas próprias regras, ou não Ter nenhuma, afinal, como foi dito no primeiro parágrafo, cada um é cada um... (Maetê).

terça-feira, 30 de julho de 2013

Quando o Maurício de Sousa fez 50 anos de carreira, lançaram um belo álbum chamado MSP + 50, onde 50 artistas retrataram os personagens do mundo desse cartunista fantástico. Fez tanto sucesso que, tempos depois, foram lançados mais 2 álbuns.


Maurício gostou tanto que lançou, então, a Graphic MSP, que visa criar Graphic Novels com seus personagens, com autores independentes (ou não). 
Surgiu então, a primeira do que será um grande projeto: Magnetar, com o Astronauta. 


Ao mesmo tempo, a MSP lança um álbum que, na minha opinião, deixou um sincero gostinho de "quero mais", o álbum Ouro da Casa, onde os artistas do estúdio MSP fazem suas versões do universo Maurício de Sousa. 


E agora, orgulhosamente, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi nos presentearam com, nada menos, que uma história de cair o queixo: Laços. 
O argumento simples (a fuga do Floquinho) se perde no meio de tantas aventuras e reviravoltas. Os personagens não perderam sua essência, as referências aos anos 80 estão presentes o tempo todo, e o que é melhor, não tem nada "politicamente correto", o que faz dos atuais gibis da Turma da Mônica um saco. Não pode isso, não pode aquilo.
Em Laços, temos mortes, surras, xixi no mato, perigo e, claro, uma plausível explicação do porque Mônica, Magali e Cascão não usam sapatos.
Laços me fez recordar a minha feliz infância, nos anos 80, quando eu, Beto, Sandro e Vinícius (tínhamos mais amigos, mas éramos sempre nós 4 enfiados em aventuras) percorríamos o bairro de bicicleta, ou os vários terrenos baldios da nossa rua recém asfaltada, subindo e descendo morros, cavando buracos, fazendo guerra de mamona... Nossa... quantas lembranças, quanta saudade.
Ler essa Graphic Novel me fez recordar tudo isso num turbilhão de lembranças e emoções. Vale MUITO A PENA.

domingo, 14 de julho de 2013

Tem uma cena no filme "Os Vingadores" em que o Bruce Banner diz "eu estou sempre com raiva" que, sinceramente, encaixa muito bem comigo.

Eu estou SEMPRE com raiva e qualquer coisa aciona o gatilho. Eu vejo filmes, eu conto piadas, eu escuto música animada... Mas eu estou sempre à beira do abismo que transforma essa alegria numa raiva profunda e gritante.
Basta um A fora de hora para que meu "Hulk" (menos verde, mais fraco) saia e detone o alvo...

Por causa disso andei deletando algumas pessoas do Face. Sem querer elas postavam coisas que me deixavam com raiva, então melhor deleta-las do que agredi-las.

domingo, 30 de junho de 2013

Quando a gente tem filhos, faz planos para eles... mesmo que seus planos incluam em "deixar eles mesmos tomarem suas decisões", você tem aí um planejamento...

Agora que a minha menininha está com 2 anos e um teco, os planos ficam mais definidos: vendo seu temperamento forte, fazer com que ela, ao invés de balé, pratique uma luta marcial e aprenda o autocontrole.
Observar que ela gosta de música, e fazer com que ela aprenda a tocar um instrumento musical.
Aproveitar que ela gosta de ver livros, e incentiva-la a "ler", ao invés de rasgar.
Usar essa paixão dela pelos animais para ensina-la a respeita-los.

No mais, creio ser essa fase, 2 anos, a mais gostosa e sincera: do nada ela olha nos olhos da gente e diz: "eu te amo mamãe; eu te amo papai", seguido de "eu amo a vovó, o vovô, o tio, a tia, bla bla bla, amo o moxito, a meleca (cachorros), a vaca, o potó (cavalo), o bebé (cabra), o porco, a cocó, enfim, ela ama tudo que ela conhece...

Aquelas que são mães novas, esperem essa fase com ansiedade... sem dúvida, o começo da fala é algo mágico na vida dos pais.
E mesmo que a criança não seja das mais falantes, mas olha... vale a pena cada segundo... (mesmo quando ela ACHA que fez algo errado e fala: dicupa mamãe, dicupa")

sábado, 16 de março de 2013

Ainda pensando na minha mudança para Birigui, um dos motivos da mudança para o interior, especificamente, foi o céu.

Motivo bobo, né?

Mas eu sempre gostei de olhar o céu.
A noite, na pequena sacada da nossa casa de SP, eu ficava olhando por uma fresta entre os prédios, para uma estrela brilhante que era a primeira a nascer. Talvez fosse Vênus, não sei. Mas ao entardecer ela já estava ali, meio baixa... E eu passava horas pensando e olhando para ela.

Um dos maiores prazeres que eu tive ao me mudar para o interior foi continuar olhando o céu. Prazer, sim. Ir para um local bem escuro, meio longe da cidade, deitar no capô do carro e ficar olhando as estrelas. Na fazenda do tio, fazer caminhadas à noite e parar para olhar para cima... Só quem já viu todas aquelas estrelas emaranhadas e brilhantes sabe do que eu estou falando.
Com o tempo aprendi a encontrar as 3 Marias, o Cruzeiro do Sul, Escorpião...

Mas o céu não é belo só em noites estreladas. Ele é belo de dia, vazio, sem nuvens. É belo com nuvens também. Nublado, ou em dias de tempestade... Todas aquelas nuvens escuras rolando, aqueles raios violentos.
Noites de chuva são lindas, com raios caindo um atrás do outro, tem horas em que não dá para acompanhar... Quantas vezes, mais jovem, eu saía na chuva para caminhar com o Grigory que, sempre fiel, odiava mas ia junto sem reclamar...
Quantas vezes eu parei o carro para tomar banho de chuva?
Quando foi que eu parei de fazer isso? Porque eu fiquei com medo de me molhar?

Aqui no interior, a gente olha para longe e vê sol em cima de nós e a chuva caindo em outro lugar, vindo... Ou vê um arco iris ao mesmo tempo que vê raios de sol, chuva e raios.

Os amanheceres e entardeceres são deslumbrantes. Não existe quadro ou fotografia que lhes faça justiça. Mais belo que aqui, só nas praias e mesmo assim, tenho minhas dúvidas.

Todas as vezes que eu olho para o céu eu lembro do porque me mudei para cá... E isso já tem 21 anos.

E... é engraçado... quem nasceu aqui não dá valor, não repara na beleza que é o céu daqui.

Tem uma letra de música, acho... ou eu li em algum lugar... enfim... que dizia que todo gaúcho que sai do Rio Grande sente falta do céu cor de anil de lá...
Olha... eu entendo perfeitamente...

sexta-feira, 15 de março de 2013

Eu e minha mãe nos mudamos para Birigui por decisão minha, no Carnaval de 1992. Ela tinha sido transferida para a CDHU de Araraquara, e eu preferi ficar aqui por conhecer mais pessoas, ter amigos. Não era "uma estranha". Eu gostava daqui.
Lamentei a vida que deixei para trás, família amada, amigos de infância, mas fui em frente. SP já não dava mais pra mim. Mas eu nunca fui de ficar muito tempo me lamentando, porque não adianta.

Na minha ingenuidade, achei que eu poderia manter tudo, contato com os amigos de SP, e no começo realmente foi assim, mas a distância, a vida e o tempo mudam as coisas.

Talvez eu tivesse uma ideia errada do que fosse o interior de SP, e demorei para perceber que nem tudo eram rosas. Que rosas tem espinhos. Percebi que alguns amigos que eu amava, daqui, não eram tão amigos assim. Doeu perceber isso, como sempre dói perceber que uma pessoa querida é falsa com você. Mas eu fui em frente.

Fiz novas amizades, conheci gente que valeu a pena, e outras nem tanto. Saí, curti, dancei, tomei chuva, amei, desamei, bebi, chorei... e sempre fui em frente. 

Sempre tive forças, vontade e incentivo para ir em frente. Sempre tive amigos ao lado e principalmente, sempre tive o conforto de ter minha mãe do meu lado, mesmo que ela passasse a semana toda viajando. 

Quando tudo mais falhava, tinha ela. Mesmo que fosse para apoiar minhas cagadas - e ela sempre apoiou - ela estava ali. 
Quando eu resolvi morar em Birigui, e não em Araraquara, o que seria mais fácil e barato, ela concordou. Quando eu resolvi parar de estudar, ela concordou; decidi criar cachorro, ir pra mil exposições no Brasil todo, viajar pelo nordeste, voltar a estudar, fazer faculdade, parar, voltar... tudo ela concordava e apoiava. 

Quando a saudade da família batia, viajávamos pra ver todo mundo. 

Mas aí, a família foi diminuindo... 
Eu, que fui criada no meio de uma família italiana grande, barulhenta, unida, de repente comecei a me ver sozinha, cada dia mais sozinha... Só eu e ela.

Um dia eu e ela tivemos uma briga imensa. Ela queria voltar para SP e eu, não. Ela queria de volta o mesmo que eu, a família, os amigos. Que ela não entendia terem ido... Chico, Nunzio, Égide, Weick, Mutti, Romilda - a turma do baralho que passava as noites jogando - já não existia mais. Morreram, se mudaram para longe...
Mafalda já não tinha mais sua casa para nos receber, tia Ara e tio Mané estavam morando em Pirangi... Todos que ficaram em SP não eram mais uma "família" naquele sentido de união que tínhamos conhecido por tantos anos. 
Mas o que me segurava aqui? Nada. Então eu concordei, quando acabasse a faculdade, eu daria um jeito nos cães e voltaríamos para SP.
Foi quando eu conheci o Fabio e desistimos da ideia.

Eu achei que a família do Fabio, sendo grande, unida e barulhenta como a minha havia sido, traria de volta a estabilidade emocional que eu precisava. 
E o tempo mostrou que não. 

Hoje eu estou sozinha. Tenho minha mãe de cama e uma filha de 2 anos que precisam de atenção constante. 
Abri mão de cinema, cavalo, cachorro, festa, shopping... Mal consigo ir a uma lanchonete. E embora essa vida social faça falta, nada disso teria importância se eu tivesse com quem conversar. 

Não aquela conversa trivial do dia a dia, quem xingou quem, quem deu para quem, quem fez isso ou aquilo. Não fofoca. 
Conversa séria mesmo, livros, filmes, política, história, religião... 
Falar sobre isso na internet não é o mesmo que falar cara a cara. 

Não sei quanto tempo eu vou aguentar sem explodir.

quarta-feira, 13 de março de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Homens e suas certezas absolutas...

Diálogo entre eu e Fabio ontem (resumido):

- Baixei uns countrys da Shakira muito bons!
- De quem? Shakira?
- É.
- Mas... Shakira? Certeza?
- Lógico que eu tenho certeza!!
- Mas... Shakira é pop, não tem country...
- Ah, ela gravou uns 4 acho, muito bons...
- Shakira...
- Você já ouviu as músicas dela????
- Olha, uma ou outra, não sou nenhuma especialista nela, mas quem grava pop, de repente, gravar QUATRO countrys?? Mas se você tá falando...

... no dia seguinte...

- Quem eu falei pra você que gravou aqueles countrys?
- Shakira
- Pois é, não foi ela...
- Deixa eu adivinhar, foi a SHANIA TWAIN?
- Você conhece?
- Tanto quanto conheço Shakira, mas essa eu sei que grava country...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

No Carnaval desse ano o Papa Bento XVI anunciou sua renúncia. 

Na minha opinião a pressão foi demais. Ele não aguentou e pediu pra sair. Alegou idade avançada, cansaço, saúde debilitada. Quando a gente lembra do JP II, morrendo mas ali, no comando, pensa que ele deveria fazer igual, mas pensando bem, porque?

Nunca gostei muito dele, mas andei lendo alguns artigos sobre ele que me fizeram ver outro lado. 

Pobre homem... Não deve ser fácil ser um líder espiritual desse porte.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Estando devidamente matriculada na escolinha, chega a lista de material da Carol e, dentre os inúmeros itens,  eu vejo escrito: "1 livro de literatura infantil"; e tremo. Muito.

Explico: na minha época não existia o "politicamente correto". As histórias nos eram apresentadas da forma como foram criadas, cruas.

Chapeuzinho vermelho teve sua avó devorada pelo lobo e é salva por um lenhador, que abre a barriga do animal e tira de lá a pobre velhota viva.

A pequena sereia não ficava com o príncipe e voltava a cantar melodias tristes com seu rabo de peixe.

Os 3 porquinhos NÃO FICAM AMIGOS DO LOBO no final da história.

Com esse lance de não traumatizar os pequenos e do politicamente correto nas histórias, outro dia eu fui comprar um livro pra dar de presente pra uma criança e NENHUM DELES passou no meu controle de qualidade.

O jeito foi procurar livros com histórias genéricas. Desconhecidas, onde tanto faz como tanto fez estar certo ou errado. Achei lindos livros que embalaram minha infância, hoje publicados pela Coleção Gato e Rato, da editora Ática: "Tuca, Vovó e Guto", "Chuva", "A Bota do Bode", "Na Roça" e muitos outros - mas só comprei esses. Eu APRENDI A LER nesses livros, porque minha filha também não pode?

Deixa ela, já já eu compro uma "Caminho Suave" pra ela.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Todas as vezes que eu assisto Toy Story 3 eu choro na cena que, sem esperança, os bonecos se dão as mãos para morrerem juntos (http://www.youtube.com/watch?v=h5VHRcUa0k8).

Aliás esse desenho me fez lembrar de todos os meus brinquedos, e no fim que eles tiveram. Onde será que estão meus bichinhos? Me acompanharam durante tanto tempo, pra serem descartados - não por mim - pro primeiro que apareceu.

Será que cuidaram bem deles? Será que existem?
Teria algum deles se tornado um Lotso?

Será que os que ficaram escondidos comigo e escaparam do expurgo são "felizes"?

Por onde andarão meus cavalos do forte apache de plástico? O preto grande, o branco limpinho, o negro liso de índio?
Os 2 potros, um castanho e um preto e seus pais?
Onde andará meu koala cavaleiro?
Onde estariam minha família de cangurus e seus cães?
Meus playmobils? Os leões, as focas, os cavalos, o cão?

Minha fazenda e minha selva de plástico?
O espelho que eu fazia de lago pros crocodilos, teria quebrado?

Queria que a minha filha pudesse brincar com eles, mas ela vai ter que conquistar os próprios brinquedos.
Quando a gente não está bem, parece que tudo ao nosso redor está da mesma forma: só lemos sobre tragédias, acidentes, desastres...
Ou, vai ver, só percebemos isso por causa do nosso estado de espírito, então só damos ênfase a esse tipo de notícia.

Uma moça, grávida de 9 meses, foi baleada na cabeça, teve seu parto antecipado - a criança passa bem e já teve alta - e sua morte cerebral foi anunciada hoje.

Na Índia, uma estudante foi estuprada, teve seu corpo perfurado por ferros... e faleceu no hospital.

Só que lá na Índia está tendo um MEGA PROTESTO para punições mais severas, e aqui, o pessoal tá MEGA PREOCUPADO com o BBB.


 Quanto tempo sem postar... Decepção atrás de decepção..  Com o governo, preciso falar? Lula voltou com sede de sangue, vingança...  Sul lit...