quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

De volta a Birigui, enfim.
Boas e más notícias. A vida é feita disso.
O cartão de Natal para a ex-amiga deu frutos - recebi resposta. Espero um dia poder explicar tudo para que essa pessoa não fique com raiva de mim.

A panquecaria vai bem, obrigada.
Ontem tive a visita de 2 amigos que eu não via desde o ano novo!! Quase 1 ano!!!
E eles me trouxeram sorte!!!
MUIIITA SORTE!!!!
Quem sabe minha vida sexual, bruscamente interrompida por falta de horário, volte à ativa?

No entanto, um leve começo de depressão está ameaçando chegar - ele vai e vem, vai e vem, como uma ameaça constante, como ondas quebrando na beira da praia.
Eu não estou me referindo à uma tristeza passageira que alguns pobres coitados gostam de dizer que é depressão, estou falando de um estado de espírito.
Não estou conseguindo ler nada mais profundo que Harry Potter e, após a coleção inteira dele, resolvi me afundar em Ayla.
Infelizmente todos os livros de Ayla tem um lado triste que me fazem derramar a pior das cachoeiras, assim como em Harry Potter 5.
Não consigo mais ouvir uma música triste (ou que eu ache triste), um filme, um simples pôr do sol, sem chorar.
Estava assim a uns 6 anos atrás, foi o que me levou ao consultório do Dr. Fráguas. Ele diagnosticou depressão, prescreveu remédios que deixei de tomar depois de 3 anos, por conta própria, remédios nunca foram o meu forte.

Foi uma fase negra. Uma fase em que senti que cheguei ao fundo de um poço.
Não sinto que será a mesma coisa, mas preciso tomar mais cuidado...

Estou ouvindo Roy Orbison - Pretty Woman.

sábado, 25 de dezembro de 2004

Postando da casa da minha tia, aqui em São Paulo.

Um Natal em família - só eu, minha mãe, minha avó, tios, primos e tia-avó. Pela primeira vez, em 31 anos, sem a presença do meu avô. Foi estranho, principalmente porque ele, que era um dos principais causadores de discussões, deixou o legado do sangue quente.
Ou seja, não precisamos dele para discutir quando nos reunimos.
Essa é a minha família!!
Sentimentos cristãos passam longe, se qualquer um deles mordesse a língua na sexta, morria em menos de 5 segundos.

Meus tios, animados com o Orkut, só pensando nas fotos que tiraram para colocar lá. Até foto minha rolou, como se eu quisesse trocar minha foto da língua, uma das poucas em que eu achei que fiquei bem. Humpf...
Meus primos estão lindos.

Minha tia é daquelas que não aceita desconhecidos no Orkut dela. Não entende porque eu não só aceito, como coloco perfis curiosos. Ora! Sei lá, eu adoro esses perfis de "gente famosa" e tudo o mais, mesmo sabendo que são falsos, alguns são hilários!!
Se tem até mesmo gente que nem sabe que tem o perfil lá, porque não adicionar os esquisitos?

Recuperei meus livros, amanhã vou fazer visitas prometidas e, segunda, resolver problemas urgentes.

São Paulo está vazia, um verdadeiro paraíso!!

Não estou ouvindo nada porque minha tia não tem mp3 no PC dela...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

Navegando por aí, rodando pela cidade, pensando na vida...
Eu começo a pensar em coisas que poderiam ter sido e não foram, que terminaram de forma abrupta e ficou aquele resto de sentimento no ar, aquela dúvida, aquela mágoa...
Coisas que terminaram cedo demais, por falta de diálogo ou de respeito entre as partes.

Amizades desfeitas ou estremecidas por simples constatação de que as pessoas tem uma determinada roda de amigos - e você definitivamente não está inclusa.
Um deles eu vi hoje, no mIRC. Tantas conversas, tanta troca de informação, tantas baladas juntos... Eu considerava o cara um amigo e me vejo, de repente, sem assunto.

- Oi.
- E ai?
- Blz, e vc?
- Joinha!
...
- Tá calor aí?
- E o timão, heim?

Fechei o pvt sem nem me despedir, não vejo sentido em prolongar a tortura. Percebi que em comum não tínhamos mais nada. Ele era, na verdade, amigo de outra pessoa. Nunca foi meu amigo, por mais que eu o considerasse.
Isso aconteceu com algumas pessoas.

Uns eu percebi (embora com atraso) quem eram perfeitos - perfeitos de se jogar fora.
Incrível como eu fico cega quando fico amiga de alguém, mesmo que todos os fatos mostrem o contrário.
Bom, já foram, fiquem com quem merecem.

Outros se fazem amigos, batem no peito, mas dão valor a todos os outros amigos e eu sempre na berlinda. Cansei também. Quer impressionar alguém, precisa dessa necessidade de ser superior? Que seja - longe de mim.
Como disse uma amiga minha outro dia, "fulano (sem PH, com F mesmo) precisa de platéia pra ser mais macho".
Não percebe que passa por bobo, pois todo mundo está percebendo o engodo?
Quer fazer papel de palhaço? Problema dele. Não perto de mim, que isso me irrita muito e eu prefiro nem ver.
Depois, pelas costas, fica aquela roda de piadas.

Outra coisa também é que existem escolhas na vida. E nem sempre eu consigo conviver com elas.
Mas é engraçado, as pessoas acham que, por eu as ter tirado do meu convívio e meu círculo, tenho raiva delas. Besteira. Não consigo guardar raiva de ninguém mais do que 1 semana, e isso em casos mais graves.
Agora mesmo estou indo comprar um cartão de Natal pra uma ex-amiga muito querida que fez sua escolha, eu não consegui conviver com ela e saí fora.
Estaria sendo radical? Eu diria seletiva.
O que tem me aberto os olhos para essas atitudes é que notei uma certa intolerância e inconsequência das pessoas ao lidar comigo, do tipo "pode falar e fazer o que quiser, ela aceita tudo mesmo, é uma otária".
Quem me conhece sabe que, um dia, a casa cai, e infelizmente eu notei que ninguém me conhece. Eu, ao contrário, gosto de prestar atenção na maneira de ser das pessoas que convivem comigo. Não posso dizer que "conheço como a palma da minha mão" uma pessoa, mas sei como elas são depois de um determinado tempo de convivência. Isso se chama interesse em quem se gosta.

O fato é que eu me dôo muito, espero a mesma atitude e não a recebo, mas isso eu entendo e sei aceitar.
O que não entendo e não aceito é alguém chegar perto da gente só pra provocar e ver a reação. Já acuou um animal? Já viu o que um animal aterrorizado faz quando está sem saída? Não queira ver.

Fora que tem aqueles que acham realmente que eu sou lerda. Ou acreditam no pensamento que eu sou otária.
Sou distraída, muito distraída, com muita coisa. Ou não me interesso mesmo, o que é diferente. Mas tem coisas que, enquanto alguém vai com a farinha, eu já voltei com a panqueca (ia falar bolo, mas preferi a referência à lojinha, heheheheh).
Posso também me fazer de besta, o que é diferente. Me faço de besta até a hora que me convém. É simplesmente delicioso, parecer uma anta ao lado de gente que te olha como se você fosse uma lesada, com uma risadinha de superioridade.

É mais uma reflexão de final de ano do que um desabafo.
Outro dia me perguntaram: "não tem medo de acabar sozinha?".
Oras! Eu SOU sozinha.
Tenho amigos, bom amigos, tanto aqui como à distância. E quem tem amigos dentro do coração e sabe que eles estão em algum lugar, nunca estará sozinho.
Mas amigos tem suas vidas e não podem dividí-la com você. Cabe a você fazer a sua própria, do lado de quem escolhe para amar, e é aí que reside todo o problema - o meu problema.
Porque eu acho que eu nunca vou encontrar alguém que combine comigo pra passar o resto da vida.
E poupem-me de pensamentos piegas do tipo: todo mundo tem seu par, ou sempre existe um chinelo usado para um pé cansado.
Senão eu coloco a teoria da frigideira aqui de novo, heim?

Estou ouvindo Simple Minds - Alive And Kicking.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Saldos do dia 18/12:

*Uma festa surpresa;
*25 scraps do Orkut, sendo um deles de uma pessoa que eu tava com saudades;
*2 cestas;
*Uma Matilda;
*Um vaso de flores maravilhoso que eu vou plantar;
*9 emails;
*8 cartões virtuais;
*5 cartões reais;
*38 memoservs (eu sei que normalmente só cabem 20, mas desativaram meu limite de memos), todos com a mensagem "Parabens Maete, tudo de grande pra você!" ( -MemoServ- Digite /msg MemoServ READ 43 para ler);
*1 tópico no #Birigui (Tópico: PARABÉÉÉÉNSSS Vampirah que está entre nós à muuuito tempo, e durante todo esse tempo, sempre mostrou ser uma pessoa maravilhosa, e uma grande amiga pra todos nós, queremos que você saiba que é muito querida por todos nós! Que todos os seus desejos e sonhos se realizem, muita paz, saúde q acarreta mts anos d vida e muitas FELICIDADES!!! Sat Dec 18 00:14:07 2004);
*Desejos de felicidades em pelo menos 3 fotologs;
*Shampoo e sabonetes;
*Desodorante e loção com essência de morango!! Nunca usei morango!!!!! Que cheiro bommm!!!; *Pedestal pra queimar essência;
*Um livro do Castaneda;
*Um pingente japonês;
*Um incenso lindo que eu não tenho coragem de queimar;
*8 pingentes de ouro puro com símbolos de boa sorte;
*Telefonemas de Sampa, da família e de amigos daqui;
*Uma mensagem de um puta amigo que sempre tá inspirado:
Shadai @ 2004-12-18 10:08 said:
Viver é um dom sublime que deve ser aproveitado em toda sua essência, portanto viva, seja muito feliz para que da felicidade jamais sinta saudade. Para mim, o dia hj se torna mais especial, pois da alegria do seu aniversario vem a minha de poder ser entre tantos alguém que teve a oportunidade de te conhecer. Parabéns Vamp! :*


Mas o principal mesmo foi ver os amigos, dia 17, 18 e 19, porque ouso dizer que a festa durou 3 dias, começamos a bebemorar na sexta e fomos terminar domingo...
E ver tantas pessoas que eu adoro junto comigo, pessoas que eu conheci agora e que já são queridas.

Outra coisa boa é não ver pessoas desagradáveis na frente. :)
Ma-ra-vi-lho-so.

Menudo - If You Are Not Here By My Side.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Hoje pelo MSN minha doce amiga Ju resolveu relembrar um fato histórico de um dos meus aniversários, que ela acabou de descobrir e eu já não mais me recordava.

Não me lembro o ano, parece que foi 2001.
Mas apareceram em casa o Otah, a Tati, o Aneurisma e o Tigão, com um bolo de chocolate branco, cheio de glacê por cima e uma cereja. Um típico bolo comprado, redondo e branco, sem nenhuma lasca de chocolate preto, mas como eu disse no post anterior, eu adoro ganhar coisas que venham do coração. Estavam ainda minha mãe e mais uma pessoa que frequentava minha casa na época.

Bom, muita bagunça, eu toda feliz, quando ouço o pedido: "vai, pega a cereja com a boca".
Na minha santa ingenuidade, eu achei que o pessoal ia se contentar em ver meu nariz e meu queixo lambuzados de glacê, que era o que fatalmente aconteceria quando eu fosse pegar a cereja (e eu odeio cerejas). E eu, com toda a boa fé dos crédulos, me abaixei no meio de uma roda de homens sedentos de maldade, em direção ao bolo.

O que aconteceu vocês devem imaginar, um deles empurrou a minha cabeça no glacê e os outros ajudaram. Meu rosto saiu branco, meu cabelo idem. Testemunhas oculares do dia relembraram hoje que eu fiquei meio puta mas não xinguei ninguém, entendi a brincadeira.

Detalhe: o bolo ficou amassado, lógico, mas mesmo assim foi comido (eu fiz questão de servir).
Eu tinha esquecido desse episódio. Foi realmente engraçado.

E me fez pensar... Uma pessoa que frequentou sua casa durante tanto tempo e viveu com você momentos como esse... O que a faz negar que um dia conheceu você?

Estou ouvindo Phil Collins - Take Look At Me Now.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Meu aniversário quase chegando e já comecei a receber cartões de parabéns pela internet, afinal ICQ e Orkut avisam com antecedência.

Mas o dilema de sempre que acompanha os amigos é "o que você quer de presente?".
E aí a educação me obriga a responder "nada, nem se preocupa com isso".

Claro que não estou sendo sincera. Quem em sã consciência não gosta de ganhar alguma coisa, principalmente se for de alguém que a gente estima?
Principalmente eu, que dou um valor absurdo pros presentes que ganho quando são dados de coração.
Lembro do teclado que eu ganhei uma vez e depois de um tempo ele quebrou. Eu fiz e aconteci, levei em mil lugares mas ele nunca mais voltou a funcionar. O Podre chegou a jogá-lo no lixo, me fazendo ir até a lixeira resgatar o infeliz. Está aqui até hoje, guardado, no meu quarto. Um traste inútil, quebrado, mas foi um presente - e presente não se joga fora, no máximo, se repassa para alguém que vai saber utilizar melhor.

Enfim, o que eu queria mesmo de presente ninguém pode me dar. Talvez Deus, se ele resolver se apiedar da minha alma em 2 dias, o que duvido muito.
Paz e fim da fome mundiais está fora de cogitação.

Reformular minha vida, talvez? Tirar essas olheiras que estão cada dia mais profundas, conseguir fechar a boca (tanto no falar quanto no comer), sentir sono normalmente como todos os seres humanos e dormir antes da meia noite são pedidos simples, que só Ele e eu sabemos o quanto me custam.

Em todo caso, um porta CD's daqueles grandes de ferro, compridos, que cabem muitos e ficam em pé seriam uma ótima escolha.
Ou um DVD.

:D

Estou ouvindo Tears for Fears - Head Over Heels.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Quero contar minha experiência bizarra no quintal.

Levanto cedo, mais cedo do que deveria, afinal é horário de verão e o sol está uma hora atrasado.
Espero-o esquentar e, munida de legítimos apetrechos cearenses, resolvo deitar nua no quintal pra tomar sol e tirar as atuais marcas de biquíni.
Confesso que tomar sol é um esporte odioso, me sinto um bife na chapa, virando de um lado pro outro até ficar bem tostada. Prefiro ficar deitada de barriga, lendo (alguém duvidou que eu levasse um livro junto?), embora saiba que devo virar de tempos em tempos. De qualquer forma, minhas costas SEMPRE ficam mais queimadas que a frente. E o pé na senzala ajuda, tenho uma facilidade tremenda pra pegar cor.

A grama pinica. Sinto uma dor no braço, dor de picada de uma lava-pés solitária. Começo a suar.
Decido virar, dessa deito de costas e coloco as mãos no rosto.
Sinto um bafo, uma fungada e um corpo quente deitando na canga junto comigo – é a Iole, querendo saber o que eu estava fazendo.
Não contei, né?
Soltei a Keyla, a Iole e a Ottawa pra passearem e me fazerem companhia.
Claro que todas foram para a sombra, a única retardada era eu, no sol.
Elas na sombra, olhando a monga da dona delas derretendo e, provavelmente, falando mal de mim. Humpf.
Passados uns minutos, sinto outro bafo e uma sombra – dessa vez é a Ottawa.
Me olhou com cara de pena ("será que ela não vai mesmo sair dali?").
Entre pingos de suor, pisadas de cachorro, lambidas amigáveis e formigas, devo ter conseguido passar meia hora deitada na grama. Um recorde.

Resolvi prender todo mundo e fui me molhar, já aproveitando para lavar os canis sujos.
Até que tive a brilhante idéia de tomar sol dentro de um dos canis, afinal o chão deles é de ardósia – a dúvida era qual.

Escolhi o canil da Keyla mesmo, ela é bem limpinha.
Consegui ficar 10 minutos, ela vinha me cheirar e acabava babando em cima de mim. Desisti. Levantei e vi um líquido escuro no chão. A canga pouco usada ainda solta tinta. Que beleza!

Por isso, com a proximidade do meu aniversário, resolvi me presentear com uma cadeira de plástico de beira de piscina.

Estou ouvindo David Bowie - Strangers When We Meet.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

AMALA E KAMALA

Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-se em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Não tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de seus irmãos lobos.
Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.Eram incapazes de permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre. Comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra. Eram ativa e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choravam ou riam.
Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se lentamente. Necessitou de seis anos para aprender a andar e, pouco antes de morrer, tinha um vocabulário de apenas cinqüenta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela bem como às outra com as quais conviveu. Sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar, aprendendo a executar ordens simples”.
(LEYMOND, B. Le development social de l’enfant et del’adolescent. Bruxelles: Dessart, 1965. p 12-14.)

Lendo "O livro da Selva", de Rudyard Kipling, lembrei-me de um artigo que li a muitos anos e resolvi procurá-lo novamente, o caso de Amala e Kamala.
Me surpreendeu, na época, o fato de na Índia os casos de crianças criadas por lobos terem sido numerosos.
Foi provavelmente de onde Kipling tirou suas idéias para as histórias de Mowgli.
Diferente das meninas, Mowgli anda ereto, aprende a falar um pouco da língua dos homens, usa uma faca e, por fim, procura no convívio humano uma esposa.Me chamou a atenção, mais do que tudo, o fato de uma alcatéia criar seres de uma espécie diferente da deles (e não apenas uma vez, já que casos assim são numerosos, certo?) e nós, humanos, que temos a chamada "racionalidade", matarmos a torto e à direito, não só outras espécies, como a nossa.

Publicado também no Solta o Som!

Estou ouvindo Scatman John - Scatman.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

Dias maravilhosos.
A panquecaria lotada, não tenho tido tempo de pensar, ler ou escrever respostas urgentes no e-mail.

Ler, para mim, é mais que uma diversão, é uma espécie de terapia para quando estou com a cabeça cheia de pensamentos e problemas. Não tenho precisado disso.

Ótimo.

Estou ouvindo Dorival Caymmi - Acalanto.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Ler um livro onde se pega a história pela metade é um saco...
Fico agora querendo ler as antecedentes.
Kipling ainda me mata de curiosidade...

Estou ouvindo Frou Frou - Holding out for a hero.
Saudade é uma merda.
Você sente saudade de uma pessoa que, em determinado momento, fez parte da sua vida. Ás vezes a saudade é tanta que dói. Fica insuportável.
E assim como veio, se vai.
Passa, nem deixa rastro.
É quando você nota pequenas coisas que deixou de reparar quando estava do lado dessa pessoa - uma palavra de afeto, um abraço, um agrado.
Você percebe então que, de novo, não só fez papel de besta, como gostou de fazer isso.
E jura que nunca mais vai deixar ninguém pisar em você.
Até que conhece outra pessoa e... começa tudo de novo. ;)

Acho que eu gosto de sofrer mesmo...

Estou ouvindo Rod Stewart - Sailing.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Vale a pena sair pra dar risada, é sempre bom...
Minhas provas acabando, ainda bem...

Algo que eu espero a muito tempo está pra acontecer, no final do mês vou ter a resposta às minhas preces...
Depois eu conto.

Estou ouvindo Travis - Side.

domingo, 5 de dezembro de 2004

É BOM DEMAIS PRA SER VERDADE!!!



Astronaut, Duran Duran - Ícone pop dos anos 80, a banda inglesa Duran Duran foi a mais bem-sucedida representante do estilo "new romantic".
Fotogênicos, usando roupas chiques e clipes gravados em países exóticos, eles traduziam uma sofisticação no cenário pop.
Dos membros originais, só restavam Simon Le Bon e Nick Rhodes, que viam o grupo cair de popularidade mais e mais.
Bem, eles deram a volta por cima (como sempre).

Astronaut é o primeiro álbum com a formação original em mais de duas décadas. Desde “Seven And The Ragged Tiger”, lançado em 83, que Simon Le Bon (vocais), Nick Rhodes (teclados), John Taylor (baixo), Andy Taylor (guitarra) e Roger Taylor (bateria) não se reuniam para a gravação de um disco de material inédito. O álbum também marca a volta do Duran Duran para a sonoridade mezzo rock, mezzo tecnopop, que marcou o grupo nos anos 80.

A idade não afetou em nada o som da banda. De carona na onda revivalista dos anos 80, eles retomaram suas raízes – com ótimo resultado. O disco está repleto de faixas talhadas para o sucesso, como a música (Reach Up) For the Sunrise – que lembra Girls on Film, o primeiro hit do quinteto – e a sacolejante Want You More.

(Adaptado das revistas Veja e Dynamite)

Estou ouvindo David Bowie - Strangers When We Meet.
Reler a série Harry Potter de trás pra frente é curioso, descobri muitos nomes citados nos mais recentes que estavam lá desde o começo e não me lembrava. Hã? O que você tem contra Harry Potter?
Infantil? Não, eu chamo de infanto juvenil.
Os mais novos tem todo um lado sombrio que é bem interessante.

Eu preciso de leitura leve, já disse isso uma vez, aqui mesmo. Leitura que não me faça ficar martelando, leitura que me faça esquecer muitas coisas do dia a dia.
Harry Potter está nesse patamar.
E tenho dito.
Que atire a primeira pedra quem nunca leu algo do tipo.

Ando sonhando com coelhos e Phil Collins num show ao vivo. Parecia uma tiete histérica, na boca do palco e ele me deu um autógrafo!!

Ó céus, preciso de mais terapia.

Estou ouvindo Phil Collins - Do You Remember.
Estava eu aqui, no meio de uma atividade sexual, quando acaba a luz.

Oras, e daí? - vocês se perguntam. Afinal atividades sexuais podem ser feitas no escuro mesmo... Não precisa de luz. No máximo um ar condicionado ligado (ou um ventilador).

Não, não, não, pequenos gafanhotos de mãos peludas, não é desse tipo de atividade sexual que eu estou falando.
Estou me referindo à (tá certo esse acento, Augusto?) atividades sexuais = fazer tudo que é foda, como por exemplo, nesse caso específico, mexendo em HTML.
É muito foda, porque um errinho sequer e pronto, não dá nada certo.

Isso é pra aprender a salvar tudo assim que modifica...

:/

Estou ouvindo Pearl Jam - Black (Unplugged).

sexta-feira, 3 de dezembro de 2004

Mês de dezembro chegando, aniversário também.
Mais um ano.
Merda.

Época de provas e não estou estudando como deveria.
Depois me arrependo.
Merda.

Lendo ou relendo um livro (grosso) por semana, no máximo. Ou seja, devorando letras. Só assim pra parar de pensar em besteiras.
Isso cansa, mas funciona.

E a saudade.
Do que, nem eu sei mais. ;)

Estou ouvindo Right Said Fred - I'm Too Sexy.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

Depois da sugestão do Otah em ler as respostas que o trio Thigão, Phulano e Laranja dão na comunidade de Birigui, no Orkut, minhas noites estão bem mais divertidas... O que, consequentemente, me faz dormir mais tarde... :)

Mas vale a pena.

Phulano, achei (e entrei) nessas comunidades, não sei se vocês já viram...
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=14324
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=24491&sid=2951617519221235531

Estou ouvindo Cordel Do Fogo Encantado - O Cordel Estradeiro.

terça-feira, 30 de novembro de 2004

Eu ia começar a (re) ler Bridget Jones - no limite da razão, só que eu lembro que peguei ele na mão e... ele sumiu... Enfim... Harry Potter está disponível, vou (re) ler a série de trás pra frente agora, iuahuiahuahuia...

Aliás a maioria dos livros aqui eu estou relendo mesmo. Adoro fazer isso.

Tenho uma penca de livro aqui que preciso ler, mas não estou com muita coragem.

Aliás, vou reler alguns que eu amo (como Ayla) só que em inglês e espanhol, pra ajudar na faculdade. São livros que eu conheço de cor e salteado e pela facilidade, vai ajudar muito...

Estou ouvindo Mr. Mister - Broken Wings.

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Saudade venturo ausente
Um bem que de longe se vê
Uma dor que no peito se sente
E não se sabe o porque...

Esqueçam as qualidades literárias do pequeno poema. Foi provavelmente feito por uma colegial em estado de êxtase saudoso do primeiro suposto amor.
É ele que pulsa na minha cabeça atualmente, querendo ser liberto.
Pois aqui está.
E eu até sei por quem é a saudade.
Humpf... Esse, definitivamente, não merece!!!!!
:/

Estou ouvindo apenas o barulho do ventilador.

sexta-feira, 26 de novembro de 2004

Essa piada me lembrou uma coisa que eu fazia anos atrás, a pedidos...



Porque chupar o dedão do pé é considerado dominação? Porque Bondage não é, com certeza...
Só por causa da submissão?
Tá certo que não é com qualquer um que se faz isso...

Que idéia mais... estranha...

Preciso meditar sobre isso...

Estou ouvindo The Working Title - Beloved.
Resolvi (re) ler O diário de bridget Jones.
Esse é um dos raríssimos casos em que eu gostei mais do filme do que do livro...

Estou ouvindo Tom Jones - It's Not Unusual.
O caso do grilo.

Foi simples. Foi não, ainda é.

Eu sempre gostei de um bicho perto de mim, onde quer que eu esteja, mas principalmente quando sento no PC.
Infelizmente no momento estou sem animal ocupando essa posição. Por diversos motivos: os cães machos mijam para marcar território na casa toda, a dobermann passa o dia querendo caçar meus gatos e os poodles amam a minha mãe - quando ela chega, eles se bandeiam pro lado dela.
Antigamente meu gato branco ficava deitado no meu banquinho, mas depois que me mudei, ele perdeu a permissão que tinha de entrar e sair de casa quando quisesse - começou a subir na pia e trazer amigos, e eu não admito falta de educação. Até aceitava os amigos, mas na pia? Não!
O gato preto morre de medo de mim desde pequeno, afinal fui eu que o peguei quando ainda era um filhote selvagem e dei uns tapas pra ele parar de bufar pra mim. Parou. Até deixa eu pegá-lo no colo, mas vir de livre e espontânea vontade, só com fome.
Um peixe nessa sala escura está fora de cogitação e um passarinho, muito menos.

O fato é que agora encontro-me só na sala do PC.
Um dia, entretanto, numa semana de muita chuva, entraram uns insetos em casa, acompanhados de algo que eu detesto: uma rã. Ouvi seu "canto" e já comecei a procurar a invasora. Consegui descobrir que estava lá fora ainda, fechei todos os buracos por onde ela poderia passar. Acho que ela sumiu.
Nessa mesma semana chuvosa apareceu na sala do meu PC um grilo.
Cri.
Bem do lado do monitor. Escutei seu cricrilar, levei um susto, procurei e... nada!
Cri.
Olhei de novo, nada.
Cri.
O barulho vinha do mesmo lugar, sempre do cantinho, mas eu não o enxergava. E acabei acostumando com o cri dele.
Na verdade, o caso é que eu gostei da idéia de ter um bichinho ali comigo, nem que fosse um grilo. E por me apegar a ele, com o passar dos dias comecei a ficar preocupada. O que esse grilo vai comer? Ele não saía pra nada, sempre ali, dia e noite eu o escutava.

Cri.
Na terceira semana com ele ali, resolvi dar as caras, procurar e soltar o animalzinho. Pelo barulho ele estava exatamente do lado do meu monitor, perto do telefone.
Tirei todos os livros empilhados e fiquei de olho.
Cri.
Nada.
Cri.
Ele vai ter que sair.
Cri.
Já sei, ele está preso debaixo do bina.
Cri.
Levantei o bina e... Cri. Dessa vez na minha mão.
É... Bina sem pilhas avisa, né?

Hoje tenho um grilo artificial que me faz companhia. Quem por aí pode se gabar disso? Não dá trabalho, não suja nada e pode ficar solto pela casa.

Oras...

Estou ouvindo Ana - We Are.

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

O Balde de Gelo virou livro!!

Não conhece??
SE VIRA!!!!
;)

Em são Paulo:




No Rio de Janeiro:



Estou ouvindo Alanis Morissette - Things I Want in a Lover.

segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Sobre o livro que estou (re) lendo, achei uma notícia interessante enquanto procurava uma foto lustrativa da capa (que não é a mesma do meu livro, pois o meu é segunda edição, mas beleza...)


Atrizes de "O Tigre e o Dragão" são confirmadas no elenco de "Memórias de Uma Gueixa".

Longa baseado em livro será dirigido por Rob Marshall.

A Columbia Pictures anunciou o elenco principal de "Memórias de Uma Gueixa", filme baseado em livro homônimo do norte-americano Arthur Golden. A protagonista Sayuri será vivida pela chinesa Zhang Ziyi (a jovem rebelde de "O Tigre e o Dragão").
O filme se passa em 1929, quando Sayuri, uma órfã criada em uma vila de pescadores, é enviada para a cidade grande, onde será preparada para se tornar uma gueixa. Além de Zhang Ziyi, Michelle Yeoh (também de "O Tigre e o Dragão") foi confirmada como Mameha, a gueixa experiente que se torna mentora da jovem Sayuri; Ken Watanabe ("O Último Samurai") será um poderoso executivo por quem Sayuri se apaixona; Gong Li ("Adeus Minha Concubina"), ficou com o papel de Hatsumomo, rival da protagonista; Koji Yakusho ("Água Quente Sob uma Ponte Vermelha"), o homem de negócios que quer se tornar patrono de Sayuri; e Youki Kudoh ("Neve Sobre os Cedros") viverá Pumpkin, amiga de infância da personagem principal.
Steven Spielberg, que durante anos quis dirigir o projeto, mas não conseguiu encaixá-lo em sua agenda, está entre os produtores executivos do longa. A direção ficou a cargo de Rob Marshall ("Chicago"), que iniciará as filmagens em setembro, com locações em Los Angeles e no Japão. Liza Dalby, única ocidental que chegou a tornar-se uma gueixa, será consultora do filme.

Só de imaginar o elenco de peso, fico ansiosa esperando o filme...

Estou ouvindo Hans Zimmer - Ronin - The last Samurai.

domingo, 21 de novembro de 2004

Prece

Que Deus mantenha longe de mim as pessoas que querem mostrar sabedoria e cultura e, no entanto, não sabem nem mesmo escrever uma palavra corretamente dentro de um contexto!!
(Usam a palavra errada ou, quando ela poderia até fazer sentido, escrevem-na errado... É de doer...)

Que Deus mantenha longe de mim os pobres de espírito e donos da verdade absoluta.
(Um dia eles entenderão que uma verdade nunca é absoluta?)

Que Deus afaste de mim os indivíduos de caráter falso e que fazem questão de tentar me provar que são cultos, quando descobrem quantos livros por semana eu leio e querem igualar-se a mim.
(Mesmo não gostando do saudável hábito da leitura arrotam sabedoria insensata nos meus pobres ouvidos... Não é arrogância, mas eu tenho fotos onde apareço desde "filhote" com livros de figura nas mãos. Eu realmente AMO ler, não faço isso pra impressionar ninguém).

Que Deus me dê humildade para suportar as críticas dos descontentes com meus atos.
(Que eles pensem o que quiserem, estou atrás do meu aperfeiçoamento e não suporto mais pessoas de baixo calibre).

Não os quero queimando no fogo da danação, mas também não os quero perto de mim... :)
Putz, tô falando igual ao Phulano e o Tigão... (Aqui poderia ter um link nos nomes desses dois, mas "o blog que nunca foi feito"... ainda não foi feito...)

Escrevi isso num átimo de raiva. Percebi que sempre, sempre que eu desfaço os laços de amizade com alguém, esse alguém está com um livro meu (ou mais).
O animal tem a cara de pau de vir aqui pegar livro, mas não tem a mesma cara de pau de devolver.
Sabe porque? Porque não dá a eles o mesmo valor de alguém que realmente gosta de ler e tem nos livros um grande amor. Eu dou muito valor nos livros dos outros, tanto é que eu cuido bem deles.
Aí o animal vem aqui em casa, vê aquele monte de papel encadernado, quer me mostrar que foi alfabetizado, pega um (ou mais), leva, geralmente não lê e também não devolve.
Fora quando eu empresto, aí a pessoa pisa na bola e sai do meu círculo de amizades - e o livro fica com ela. Quando eu peço pros amigos pedirem de volta, tenho que ouvir dos pobres que se prestam a dar o recado: ah ele falou que não sabe onde está ou ele trás semana que vem. Semana que vem essa que nunca chega.
Um dia - milagre - o livro é devolvido e, meses depois, eu leio uma mensagem - que não era pra mim, lógico - da "namorada" do infeliz, dizendo que eu poderia ficar com o livro. O livro que era meu, suponho? Porque vai saber o que o lesado falou pra livrar a cara? Afinal ele não me conhecia, né? Nem pra isso foi homem o suficiente pra assumir - não me conhecia mas sabia pegar os livros emprestados. (Pelo menos leu todos que levou, verdade seja dita a seu favor).

Usando um jargão da juventude atualizada: porra, eu fico de cara!

Escrevi isso porque eu vi a Sandi hoje e lembrei que ela me devolveu 2, dos 3 livros que estavam com ela. Ela só não devolveu porque uma vaca pegou dela. Não deve ter lido, mas também não devolveu.
Mas como eu não briguei com ela (nem pretendo), tenho esperanças de reaver meu livro, que comprei por indicação da Ellen. É mais um desabafo, Sandi, nenhuma indireta (pra você), afinal você sabe que eu te amo, né? (cof cof cof). :D
Faz dias que eu estou pensando nesse assunto, a visita da Sandi só serviu para que as lembranças aflorassem e eu me inspirasse a escrever tudo.

Estou ouvindo Gipsy Kings - Habla Me.

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Recebi essa crônica por e-mail.
O Homem que sabia djavanês.

Eu tinha chegado fazia pouco ao Rio de Janeiro e estava literalmente na miséria. Vivia fugindo de casa de pensão em casa de pensão, sem saber onde e como ganhar dinheiro. Até que um dia, lendo "O Globo", deparei com este anúncio: "Precisa-se de um professor de djavanês".

A audição das músicas de DJ Avan sempre provocou em mim puro mal-estar físico. Mas, enfim, precisava de grana e decidi fazer o possível para vencê-lo. Naquela semana, fui a todos os barzinhos com música ao vivo da cidade. Perdi a conta de quantas vezes escutei "e o meu jardim da vida ressecou, morreu" ou "amar é um deserto e seus temores".

Foram sete dias de tortura; contudo, saí deles com o djavanês na ponta da língua. Em vez de mandar meu currículo, achei que conviria visitar o endereço indicado no anúncio. Era um tríplex de cobertura, decorado com muito dinheiro e mau gosto ainda maior, num dos bairros mais caros do Rio.
Apresentei-me como professor de djavanês e, após ser submetido a inquérito pelos empregados, fui levado à presença do patrão, o doutor Albernaz. Ele me recebeu com um sorriso visivelmente irônico.
- Então o senhor é professor de djavanês, hein?
- Sim, sou. Formado em djavanês e com mestrado emberegüê. Tive dez com louvor na minha tese sobre a influência de Carlinhos Brown na obra de James Joyce.

A tese, obviamente, não existia, mas o doutor Albernaz pareceu acreditar na conversa.
- Então, só o senhor pode me ajudar. Ouça isto, porfavor - e pôs nas minhas mãos uma coletânea do DJ Avan em CD. Ao notar minha cara de ponto de interrogação, ele contou sua história:
- Pouco antes de morrer, meu pai me entregou esse CD e disse: "Filho, tenho certeza de que DJ Avan canta coisas muito profundas, mas ouvi suas músicas durante anos e nunca consegui entender porra nenhuma. Só podem ser segredos iniciáticos transmitidos da maneira mais hermética possível. Descubra o significado e você obterá a chave da felicidade."

O doutor Albernaz abriu o encarte do CD e me mostrou uma das letras:
- Obi, obi, obá. Que nem zen, czar. Shalom Jerusalém, z'oiseau'. O que é isso?

Eu estava tenso com a pergunta do doutor Albernaz. Tantas músicas do DJ Avan e o velho tinha de querer saber o que significava a letra de "Obi"? Desgraçado. Se ainda fosse aquela do "o amor que é azulzinho", mas era tarde. Ele tinha os olhos fixos em mim: queria respostas. Todo o sucesso da minha empreitada dependia de uma explicação convincente e imediata. De repente, uma idéia. Começo:
- Veja bem. "Obi" é certamente uma referência a Obi-Wan Kenobi, o sábio de "Guerra nas Estrelas" interpretado por sirAlec Guinness. "Obá", por sua vez, remete a "Djobi Djobá", sucesso dos Gipsy Kings. DJ Avan buscou contrastar o lado luminoso e britânico da força com os mistérios nômades da alma cigana.
Continuei:
- A mesma tensão dialética pode ser verificada no verso subseqüente, que nem "zen, czar": a contemplação espiritual dos monges budistas e o poder absoluto dos czares. Perceba como tese e antítese se resolvem lindamente na síntese do verso seguinte: "Shalom Jerusalém" é a paz do espírito na divina cidade. É ela que faz a alma se elevar aos céus, como um pássaro ("z'oiseau").

Os olhos do doutor Albernaz se arregalaram enquanto eu falava. Dois segundos depois de eu terminar, ele gritou:
- Que maravilha! Sabia que havia algo de muito profundo nessa letra! O senhor é um gênio da hermenêutica, um mestre do djavanês!

Passei a tarde inventando explicações para todas as outras letras do CD - "Açaí Guardiã...", "Kremlin-Berlim-pra-não-dizer-Tel-Aviv...", "índio cara-pálida cara de índio...".
Citei Joyce, Pound, Oswald, Glauber, Zé Celso, Hélio Oiticica e Odair Cabeça de Poeta: name-dropping é comigo mesmo.
Daí por diante, minha ascensão social estava garantida. Eu era o único intelectual do país capaz de traduzir a transcendência da linguagem de DJ Avan. Tinha prestígio acadêmico e subsídio do Ministério da Cultura; gostosíssimas estudantes de lingüística rasgavam as roupas e se atiravam aos meus pés. Mas troquei tudo por um violão, sandálias de couro cru e um penteado novo. Mudei até meu nome graças ao djavanês:

Hoje me chamo Jorge Vercilo e sei que "nada vai me fazer desistir do amor"...

Estou ouvindo Djavan - Eu te devoro.

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Peço desculpas aos netspectadores que tiveram de ler um comentário sobre a vida sexual de uma criatura bizarra, já bloqueei o ip e já resolvi o problema.

E aprendi uma lição: nunca se rebaixe ao nível de gente inferior. Depois você não consegue se livrar deles... :/
Se eles entrarem em contato com você, ignore.
É sempre a melhor saída...
A única diversão disso tudo foi ver que "quanto mais contradição há em uma conversa, mais se atesta a falta de veracidade dos fatos".

Outro dia sonhei com a menininha do filme "O Exorcista". Odeio aquela cara de demônio...
Comprei o livro novo da Maian Keyes, Sushi.
Os outros, Melancia e Férias, são ótimos.
Lembrando que preciso fazer umas resenhas...

Estou ouvindo Jeff Beck - Wild Thing.

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Não atualizo o blog desde o dia 8, porque não tá dando tempo. Mas vamos lá:

Panquecaria indo cada dia melhor. Tenho encontrado muita gente que eu adoro mas que fazia tempo que eu não via. Um que foi lá 2 dias seguidos me ver foi o Renato Baba.
Quem também apareceu lá foram os irmãos do Piru, o Leandro e a Leilane com os respectivos namorados. Por falar nisso, soube que o Piru terminou o namoro.

Considerações a ele: será que valeu a pena largar mão de sair com todos os amigos por causa da namorada? Valeu a pena falar o que ele falou pra mim por causa dela, uma amiga que sempre o ouviu, que ele frequentava a casa todo santo dia sem excessão, comia conosco um lanche, assistia TV e ia embora durante uns 2 anos?
Quando ele passou pela primeira paixão eu estava ali do lado, aconselhando de acordo com o MEU ponto de vista. Quando se apaixonou pela segunda vez, idem. Ouvia as queixas, ouvia as dificuldades como um amigo de verdade faz. Falava o que eu achava.
Quando meu mundo desmoronou... Cadê Piru? Descobri que Piru era amigo só da boca pra fora.

A história não é tão longa que não dê pra ser resumida: ele sumiu e um dia me disse que estava namorando. Normal sumir quando se namora né? Eu entendo isso.
Convidei ele pra minha festa de 30 anos, ele não foi.
Passados uns dias liguei pra ele, perguntei porque ele não tinha ido na festa.
Deu algumas desculpas, como ter tido uma festa naquele mesmo dia e a namorada dele não gostar de determinada menina que ia estar lá, etc e tals. Ok, eu entendo isso também.
E por fim convidei ele pra sair conosco qualquer dia... Diálogo:

- É que minha namorada achou que você fala muita besteira e não quer sair com você...
- ...
- E que você fala muito palavrão...
- Piru... Você contou pra ela que a primeira coisa que você falava pra mim quando chegava em casa era "e aí Tanga, depilou o c* hoje?".
- Não...
- Você contou pra ela que a segunda coisa que você falava pra mim era "Maetê, vai tomar no meio do seu c*"?
- Não, não falei.
- É... Reza, cara. Reza pra eu NUNCA ENCONTRAR VOCÊS DOIS NA RUA, SENÃO AÍ SIM, VOCÊ VAI VER O QUE É FALAR PALAVRÃO!!!!

(Tudo bem que eu encontrei a menina trabalhando na loja do Zé Emílio depois e, se eu não voltei lá pra dar uma boa xingada na féladaputa, foi em consideração a ele e também porque o Ivo ameaçou me deixar lá a pé, mas bem que eu tentei. Humpf!).

Não. Isso eu não entendo.

Desliguei, magoadíssima. Amarguei uma semana inteirinha, remoí aquilo no peito.
Doeu. Doeu porque ele sumiu, doeu porque no fundo era amizade falsa, doeu porque eu, mais uma vez, fora acusada de ser besteirenta e boca suja, etc... Já passei por isso antes, com amigos tão ou mais queridos que ele e doeu também, mas eu achei que esse tipo de crítica não me atingia mais. Vindo dele atingiu, porque eu considerava amigo. Do peito.
E olha que eu mudei muito, da época que eu mudei de SP pra cá. Quem me conheceu em SP não me reconhece quando vou pra lá.

Como de hábito que sempre acontece comigo, escrevi um puta e-mail com tudo que eu sentia e mandei. Não deve ter lido. E, se leu, não entendeu metade.
Foda-se.

Falar palavrão e ser abusada? Sempre fui e se, em 30 anos, não consegui mudar, não vai ser dos 30 pra frente que eu vou conseguir, só pra satisfazer a ralé sentimental que me persegue.
Erro, sim, reconheço, ao contrário da maioria das pobres vítimas que aparecem no meu caminho.
E digo mais: estou de saco cheio de "vítimas".
Tenho notado que passo por "monstro ingrato", mas mais dia, menos dia, a "verdade" aparece. Porque "verdade" assim, entre aspas? Porque verdade existem 3 e podem me chamar de caxias: a minha, a do outro e a de Deus.

Hoje eu lá, conversando com um amigo meu na panquecaria, e tomem como "lição de vida" de uma pessoa que SEMPRE teve que conviver com esse tipo de gente:

- Se você quer um conselho, no momento o melhor que eu posso te dar é esse: cuidado com aquele cara que se diz injustiçado. Se a mãe não gosta dele, o pai apedreja, o tio ofende, a namorada é uma megera, os amigos só o sacaneiam, o patrão mandou embora e ele não entendeu porque, já que ele sempre fazia tudo direitinho... Presta atenção, esse cara é uma vítima da sociedade em potencial e com eles deve-se ter cuidado. Porque? Porque é o típico ser humano que foge das suas responsabilidades. Foge da culpa, foge da vida. Se acha um injustiçado, se acha um coitado, mas ninguém é inocente e pra toda ação, há uma reação contrária. Se o tio ofende, pode apostar que se sentiu ofendido, porque ninguém ofende de graça.
Se o pai apedreja e a mãe detesta, é porque dentro de casa alguma coisa ele faz (ou deixa de fazer, bem entendido). Se no emprego ele é explorado, fica de olho, porque hoje em dia não existe isso de escravidão, o cara é que é vagabundo mesmo. Assim como a verdade, todo assunto sempre tem 3 versões. O cara vai falar que é um funcionário exemplar, namorado maravilhoso e filho devotado. Pois pode apostar que o patrão, a namorada e os pais tem outra opinião.

Incrível como aparece gente assim na minha frente. Pena que eu me enchi. Não suporto gente assim. Gosto de gente que assume o que faz, gosto de gente com atitude.

E tenho dito!

Estou ouvindo Mister Mister - Broken Wings.

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

É engraçado...
Porque quando alguém acha que te conhece, você vira a mesa e eles quebram a cara.

E também porque "Pode-se enganar algumas pessoas todo o tempo; pode-se enganar todas as pessoas algum tempo; mas não se pode enganar todas as pessoas todo o tempo" (frase atribuída a Abraham Lincoln).

É uma grande verdade, só que tem gente que não percebe.
Tsc.
Fazer o que, né? Deixa eles...

Estou ouvindo Leonard Cohen - Waiting For The Miracle.
Já era pra eu ter colocado essas dicas aqui. Falta de tempo mesmo.
Hoje ponho. Mais blogs para ler:

Ambos devidamente inseridos nos links. Quem gosta de texto bem escrito vai curtir.

Estou ouvindo Alphaville - Sounds Like A Melody.


Essa é pro Eli: como eu sei que você ama esse tipo de coisa, reenvia pro Tigão e pro Agregado esse link. Principalmente esse aqui.
Doido né?

Bommm, minha boca sarando devagar, o dentista queria dar mais pontos mas eu não deixei, hehehehe...

El Sombrero vai bem, obrigado, só eu que ando com dor de estômago por ficar muito tempo sem comer e quando como, o pouco que entra faz doer tudo... :/

Começo de mês, ainda bem, grana pra pagar minhas contas e demais compromissos.

Estou ouvindo Sonata Arctica - Replica.

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

"O que não vai por amor, vai pela dor."

Eu conheço essa frase, até já dei de presente um livro espírita com esse nome pra um amigo meu. O que você não aceita por bem, vai por mal.
Minha boca está simplesmente péssima, agora já não consigo mais abrí-la muito, nem para escovar os dentes direito.

O dentista disse que é normal e amanhã (sexta) quer que eu vá lá tirar os pontos... Meus Sais, que medo... Tenho baixa tolerância á dor, por isso nunca fiz tatuagem...

Considerações sobre o Orkut.
Quem é novo com certeza não se diverte tanto no orkut quanto os mais velhos. Eu estou conseguindo reunir toda a minha antiga turma. Fui encontrada por uma amiga que procuro a uns 12 anos.
Falta mesmo encontrar o povo da escola.

Estou ouvindo Tears for Fears - Woman in Chains.

domingo, 31 de outubro de 2004

Esse Orkut está fazendo mal para mim.
Hehehehe, brincadeirinha...

É que encontrei umas pessoas do meu passado nele. Olhem só o que aconteceu:

Achei comunidades do colégio que eu estudei quando tinha 13 anos e, fuçando pra ver se lembrava de alguém, li fulana de TAL Rosa. Oras, eu havia estudado com um de TAL ROSA na sétima série, não? Fui olhar nos friends dela e BINGO! encontrei o cara. Olhei as fotos, reconheci no homem o rapazinho. Mas como cautela é sempre bom, mandei um scrap a ele perguntando se ele tinha estudado no colégio xxx em época xx. Resposta positiva, mas ele não se lembrava de mim.
Como eu o faria recordar-se de tempos idos se, pelo nome, e convenhamos, meu nome é pouco comum, ele não lembrava?
Liguei pra minha amiga Alê, de Sampa, única remanescente dessa época.
- Adivinha quem eu achei no Orkut, que estudou no XXX?
- ANDREI!!!! - Sendo esse um paquera dela com cara de ovo que ela nunca esqueceu, ao contrário de mim.
- Não, o ROSINHA!! Mas ele não lembra de mim, o que eu falo pra ele relembrar?
- Ahh, fala de como você atazanava ele a aula toda, dos seus óculos escuros de grau em formato de coração azuis, de que vocês faziam aula de teatro juntos porque a professora achava divertido verem vocês brigando... blá blá blá...

Alguém sentiu o drama? Eu cutucava e atazanava o cara 7 dias por semana em todas as aulas, chamava-o de "rosinha", porque o sobrenome dele terminava com ROSA, brigávamos tanto que a professora de teatro nos colocava sempre na mesma equipe pra ver se melhorava o relacionamento... Meu Deus... O que eu poderia falar pra ele? COMO se chega num cara desses depois de tantos anos??
Bom, eu tentei:

Pô, XXXX, como (como!!) que você não lembra de mim?? Nos dávamos tão bem!!
Hum.. Quer dizer... Não tão bem, mas éramos bons amigos...
Tá, tá, não tão amigos assim, você provavelmente me odiava, eu sentava atrás de você e ficava te cutucando a aula toda. Ou do lado, mas cutucava do mesmo jeito. Usava um óculos escuros em formato de coração azul, de grau (ó céus) e era amiga da XXX XXX (cujo apelido era bus-tof-tof). E nós chamávamos você de (ó céus) "rosinha". Como a gente se dava tããão bem, a professora de teatro nos colocava sempre juntos nas peças. Tinha ainda o Leandro, um cara muuuito alto, e a Bruxinha (Sílvia) que era muuuuito baixinha, o Fábio, a Ana Eliza que andava a cavalo, a Patrícia Farah que tinha um irmão tarado, a Ana paula, cuja mãe morreu no meio do ano letivo, a Vanessa, uma CDF de cabelos cacheados que ficava perto da janela... Um italiano, se não me engano chamava Vitório (mas não lembro realmente se era esse o nome).
Tínhamos aula com o Tio Nivas, aquele professor de matemática que reprovou quase todo mundo, foi então que nessa época quem ficou reprovado por matemática foi fazer DP nos Objetivos da vida para não perder o ano. E assim termina nosso amigável relacionamento...
Bom, se você lembrou, tente esquecer do que eu te chamava e o quanto te enchia e muito prazer vê-lo adulto...

Se não lembrou... Procure um terapeuta que trabalhe com regressão, pois você pode ter bloqueado essa parte da sua feliz infância.
Putz, desculpa... preciso perder a mania de tirar sarro de tudo... :)
Muito bom "revê-lo", a Alessandra Gietzel manda um abraço (aliás ela que me ajudou a lembrar de todos esses detalhes sórdidos. ;)

Preciso dizer que nunca chegou resposta?
Contei essa história a uns amigos que deram sugestões animadoras pacas:

- Provavelmente ele teve uma crise nervosa e a esposa encontrou-o com os dedos duros no PC.
- Ahh, mais fácil você ter destruído 20 anos de terapia em 1 segundo e agora ele está tendo uma crise de choro histérico...

Me animaram muito. Agora preciso de motivação (e muita cara de pau e originalidade) pra escrever a ele, implorando perdão e que ele jamais poderia esperar maturidade de alguém de 13 anos...
Escrevo? O que?
Aceito sugestões...

Estou ouvindo Jimmy Clifft - I Can See Clearly Now.

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Os que fazem amor não estão fazendo apenas amor; estão dando corda ao relógio do mundo.
(Mário Quintana).

Eu amo o que esse cara escreve.

Estou ouvindo Utada Hikaru Unplugged - First Love.
Tanto a contar, tão pouca inspiração.

Sem dúvida alguma a melhor notícia até agora é que meu vizinho crente está procurando casa pra se mudar daqui. Deve ter sido a reza da sogra da vizinha, porque nem deu tempo de eu comprar as coisas que as entidades espirituais da esquerda me pediram...
Traduzindo, não deu tempo de fazer uma entrega das boas pro FDP porque eu estou sem grana!!! Só não ia galinha preta!! Huuhu!
Até que eu suportei estoicamente as rezas e cantorias ás 2H da manhã, nunca chamei a polícia nem nada! Eu sou uma heroína! Oras!

Outra notícia? Não estou conseguindo abrir direito a minha boca por causa do massacre de terça. Será que minha toca voltará a ser a mesma?

Eu já contei que encontrei no Orkut um cara que estudou comigo na sétima série, no Pequenópolis, lá em Sampa?
Não?
Amanhã eu conto... Preciso dormir, tenho que acordar cedo.

E não me deixem esquecer de contar a última da minha querida faculdade...
Beijos.

Estou ouvindo Tears for Fears - Pale Shelter.

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Encontrei meu tio Ricardo no Orkut. Fantástico!

Meu medo de dentistas deve ser atávico. Porque o Dr. Marcelo foi super cuidadoso, não teve culpa do meu dente do juízo estar colado no osso, ele teve que desgastar na broca. Parece até que ele não queria sair...
Pobre Dr. Marcelo, ficou assustado comigo, quando eu comecei a respirar com dificuldade, tremer e bater os dentes de medo do motorzinho, queria morder o dedo dele e me recusei a abrir a boca...
A dois dias estou quase sem comer, só tomando milk shake. Oras, ele mandou tomar gelado!! :D

Enfim, cada dia que passa me desdobro mais em amores pela nossa panquecaria. Já que falta amor na minha vida, que seja dada atenção aos negócios.
Meus cães vão bem, mas tem menina no cio e eles uivam a cada 2 horas, é um saco, estou quase dando calmante pros monstros.
Já os gatos só sabem encher meu saco!! Humpf.

Hummm...
Hoje sonhei com alguém que à muito tempo eu não sonhava... Foi bom vê-lo. Olá. Adeus.
O que será que a minha mente anda planejando?
- A fila tem que andar - foi o que me disse um amigo hoje - para de se prender em um só.
Pior que ele tá certo, queria conseguir fazer isso com rapidez.
Droga...

Estou ouvindo Phil Collins - If Leaving me is Easy.

domingo, 24 de outubro de 2004

Como eu disse, "trabalhar" está sendo... bom. Se é que atender algumas mesas, retirar pratos e conversar com pessoas pode ser considerado trampo. A faculdade vai bem, obrigado, estou tirando boas notas, parei de bitolar e desencanei um pouco, digamos assim.
Acho linguística um saco, mas fazer o quê? Pelo menos a professora é legal (Augusto provavelmente me chama de herege por dizer isso).

Ter meu tempo ocupado equivale dizer que reduzi meu tempo na internet, o que também foi bom. Agora só vejo as coisas mais interessantes e só entro em blogs ou páginas boas e que me interessam.

Não ter também mais tempo pra intrigas de gente que não tem mais em que pensar também é óóóótimo!!
Basta ver a confusão que deu esses dias atrás com o Shadai pra entenderem o que eu quero dizer.

Outra coisa que é interessante é perceber que você não faz falta pra quem faz falta pra você. Mas isso era de se esperar. Bola pra frente.

Estou ouvindo a chuva cair, ao som de Travis - Side.
Gente, trabalhar está sendo muito edificante.
Não, não conheci pessoas novas como podem achar, mas estou adorando ver meus amigos e mais alguns conhecidos que não via á tempos lá.
Outro dia fechamos quase 5H da manhã!

E aos poucos vamos colocando pratos novos, etc.
Aquela porção de creme de galinha é muito boa... Nossa... :)

Quem não comeu, está perdendo...
:)

Cansada demais pra escrever muito.
Importa mesmo é que cada dia mais eu subo e cada dia mais deixo para trás pessoas que definitivamente não acrescentam em nada.

Estou ouvindo Go Go Dolls - Here is Gone.

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Saudade, lembrança de alguma coisa com o desejo dela.

Achei essa frase aqui num caderno de versos, frase antiga mas tão verdadeira quanto o sentimento.
Essa frase me caiu nas mãos em certa época e volta a ter utilidade bem quando estou aqui com o coração pesado de saudade de alguém que (novamente) não merece.

Eu sou uma anta.
Estou mesmo é apaixonada pela minha panquecaria, penso nela dia e noite.

Estou ouvindo Enigma - Beyond the Invisible.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Só pra ferrar vocês!!
uahuahuahauhaua

Los Del Rio
Macarena

Dale a tu cuerpo alegria Macarena
Que tu cuerpo es pa' darle alegria y cosa buena
Dale a tu cuerpo alegria, Macarena
Hey Macarena
Macarena tiene un novio que se llama
Que se llama de apellido Vitorino,
Que en la jura de bandera el muchacho
Se metio con dos amigos
Macarena tiene un novio que se llama
Que se llama de apellido Vitorino,
Y en la jura de bandera el muchacho
Se metio con dos amigos
Macarena sueqa con El Corte Ingles
Que se compra los modelos mas modernos
Le gustaria vivir en Nueva York
Y ligar un novio nuevo
Macarena sueqa con El Corte Ingles
Que se compra los modelos mas modernos
Le gustaria vivir en Nueva YorkY ligar un novio nuevo

Não estou ouvindo nada, estou procurando macarena no Kazaa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

Hoje eu dancei.

Não, nada relativo a me dar mal. Dancei de dançar mesmo, rodopiar, pular ao som de uma música.
Nada de extraordinário para muitos, tem gente que não passa um final de semana sem ir naquela creche chamada Onikz (argh) chacoalhar o esqueleto.
Mas eu não fazia isso a anos, uns 5 anos, creio.
Para quem adora música e adora se mexer no ritmo dela, ficar uns 5 anos sem dançar é infame!

Mas o fato é que eu havia perdido a motivação e a vontade. Parece que estou saindo de um longo pesadelo. Longo demais.
Me lembrando como era simples pra mim me sentir alegre com uma música animada e como me mexer ao som de uma melodia sempre me agradou.
Nem sei mais como a garotada dança hoje em dia. Parecia uma doida, quem olhasse lá de fora pensaria que tinha alguém tendo um ataque lá dentro, iuahuihaihaia...

Estou sozinha.
Tirando pessoas da minha vida que realmente não valem a pena.
Outras que nunca tem horário pra mim.
Uma limpeza dessas se faz necessária a cada ano, adiei a minha por tempo demais.
Posso as vezes estar sendo injusta ou talvez dura demais, mas parece que eu recuperei minha lucidez.
Não preciso aguentar gente filha da puta do meu lado só por aguentar.

Quem se arrepia é o Wagner, meu sócio, com medo da clientela sair correndo, mas quem é amigo, é.
Como disse o Augusto, não pretendo sobreviver de amigos lá. Quero clientes, não chupins.
Tem desconto pros amigos? Vai ter sim, mas pô gente, espera eu me firmar né? ;)

Estou ouvindo Nazareth - Black Betty.

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Estou passando por uma fase barra pesada e ao mesmo tempo boa.
Depois que a panquecaria começou, tive menos tempo pra mim, mas foi bom. Afinal eu estava acostumada a ter todo o tempo para mim. Hehehehe...

Hoje eu tenho uma novidade muito boa.

Finalmente, depois de 2 anos e tanto de tristeza, saudades, dor, amargura e todos esses sentimentos que atrasaram a minha evolução pessoal, mas que me fizeram crescer, eu estou livre.

Meu Deus, como é bom acordar de manhã e não ter uma pessoa específica no pensamento. Como é bom não ficar triste por uma lembrança do que foi, do que poderia ter sido ou do que nunca será.
Eu consegui superar mais uma etapa. Consegui sobreviver (sim, pois tinha dia que eu simplesmente não queria acordar), passei por cima e continuo vivendo.
A imagem que mostra bem meu alívio eu postei no meu flog.

Everything that has a beginning has an end.

Finalmente acho que posso dizer que essa etapa encerrou-se.
Adeus. :)
Be well.
Não te desejo nem bem, nem mal. Não te desejo nada. Porque agora você é nada.

Graças a Deus...

Estou ouvindo Stained with Fred Durst - Outside de novo, ihihihihihih...

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

Chega a ser engraçado...

Eu não saio mais de casa, praticamente. Desde antes de abrir a panquecaria, restringi minha presença a poucos lugares. O porquê disso é simples: falta de dinheiro.
Eu tenho meus conceitos.
Certos ou errados, bons ou maus, são meus. Não abro mão deles.
Dentre vários, os principais que fazem parte do meu dia-a-dia: não saio com homens casados; evito os comprometidos na medida do possível; e quando eu não tiver dinheiro para gastar comigo, não sairei de casa. Porque não gosto de dever nada.

Claro que sempre tem aquele amigo que banca você, sabendo que mais pra frente você vai ter grana pra pagá-lo. Mas hoje em dia, quem são eles? Quem pode se dar ao luxo de pagar uma lanchonete, uma pizza? Quase ninguém. Eu entendo isso. Aceito que a situação hoje em dia está difícil.
Aí eu saio na rua e vejo o que? Gente que eu sei que nunca tem grana pra sair comigo comendo lanche, comprando coisa que não precisa, indo em festa, etc.
Eu adoro isso... Nunca tem um puto pra sair comigo nos lugares que eu gosto (porque ir nos lugares que os outros gostam eu sempre vou), mas tem pra sair e comer lanche todo final de semana...
Não que seja da minha conta, pelo contrário, peguem seu dinheiro e gastem em tudo que quiserem. Mas não venham depois chorar pitangas dizendo que estão sem um puto no bolso e por isso tem que ir em lugar baratinho (e tosco) ou que não pode sair pra beber porque não tem grana pra dividir a cerveja.

Mas beleza, depois de 12 anos morando aqui eu acostumei com esse povo...

Só que aí tem os poréns: sua turma quase inteira namora e você sempre sobra nas festas. Seus amigos tem as vidas tão desarrumadas quanto a sua, mas fazem questão de arrotar na sua cara que estão maravilhosamente bem. Você tem que ouvir, em cada conversa, ataques maciços de auto afirmação e insegurança, bem ao estilo Paulo Cabelo. Pra quem não entendeu: você tem que ouvir que fulano faz, fulano acontece, fulano sabe, fulano conhece... Enfim... Cara, isso cansa muito... Porque tudo que a gente faz está errado e tudo, simplesmente tudo que os outros fazem está certo ou eles fazem melhor do que você.
Aí quando, finalmente, você está de bom humor (entrou dinheiro, né?) e sai com as pessoas que gosta, afinal são seus amigos, está se divertindo sem nada que atrapalhe sua noite, o que você ouve, assim, do nada?
- Beltrano, lembra de quando eu, você e o fulano fazíamos isso, isso e aquilo?
- Lembra daquela vez que eu, fulano e beltrano fizemos tal coisa?

Nesse caso, fulano é uma pessoa específica.
Se fosse uma vez só eu entenderia, mas precisa tocar no nome da pessoa TODA VEZ que encontra alguém da antiga turma, comigo do lado? Sendo que até alguns amigos que nem são tão chegados, sabem que eu não gosto que toquem no nome dessa pessoa? E que, se eu falo nele, é problema meu e isso não quer dizer que eu goste que cutuquem a ferida todo o tempo por mim? Deixem que eu decida quando e como fazer isso?
Você gostaria que, toda vez que eu o visse, o lembrasse dos seus piores problemas, superados ou não?

Porque quando eu estava no ápice da minha revolta, da minha dor e da minha depressão, eu era grossa, mal educada, tratava os outros mal, etc. Ou seja, eu tinha que ver minhas atitudes e me corrigir, porque eu estava assustando as pessoas. E eu estava mesmo, não nego, mas eu percebia, eu entendia e eu sabia como eu estava por dentro. E eu levantei, como sempre.
Agora, fulano é preguiçoso, não é chegado em trabalhar nem a pau e não percebe? Todos estão errados e só ele está certo? A pessoa é uma tremenda desanimada que só vê o lado negativo das coisas e sempre se faz de vítima???? Eu tenho que ver meus erros e ninguém mais erra??
Ahh, não, cansei de passar a mão na cabeça...
Quer achar que eu nunca fui amiga? Que ache. Não ligo, minha consciência está tranquila.
Enfim, isso e mais muitas outras coisas que esse mês me deixaram puta da vida com tudo e todos. Peguem seus amores perfeitos e maravilhosos, peguem seus ciúmes, peguem suas preguiças e voem para bem longe...
Outra coisa que eu acho engraçada são os espertos. Sim, os famosos espertos, aqueles que acham que enganam todo mundo, que manipulam a todos, que estão ganhando em cima da gente e que NINGUÉM está vendo o jogo deles, quando na verdade só estão passando por bobos ou medíocres... Isso é simplesmente hilário, conheço muitos assim.
O que será que aconteceria se eu desmascarasse alguns? Será que eles ficariam, ao menos, vermelhos de vergonha?? Nah, duvido...
Bom... Chega de escrever... Eu agora sou uma trabalhadora, sirvo mesas, retiro pratos, até lavo a louça (sim, eu sei lavar louça!!).
Por falar nisso, nossa panquecaria está indo bem, faremos panfletagem logo, logo, e talvez coloquemos propaganda em carros de som.
:)
Não se esqueçam, Panquecaria El Sombrero, Rua Nilo Peçanha, 162.
Estou ouvindo Gypsy Kings - Caminando Por La Calle.

sábado, 9 de outubro de 2004

Ufa!

A inauguração da nossa panquecaria foi ótima... A maioria dos amigos compareceram, gastaram e gostaram, o que é mais importante...

Vamos ainda fazer panfletagem e jogar mais propaganda.

Agradeço aos amigos que foram lá ontem e espero que voltem sempre... :)
Aos que não foram, não tem problema, não faltarão oportunidades.

Mas olha, me ver trabalhando, servindo mesa, pegando pedidos e tirando pratos deve ser uma visão do inferno!!
AHIUhaiuIUAHuihaui...

Beijos...

Estou ouvindo Nenhum de Nós - Amanhã ou Depois.

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

A correria está sendo tanta que nem tempo de postar aqui eu tenho... Agora mesmo estou indo na rádio dar uma "entrevista" onde confirmo a inauguração e convido a todos.

Muitas coisas passando pela cabeça desde o último post, sobre minha infância e todos os parentes daquela época...

Bem, mas entrei apenas para dar o recado:

PANQUECARIA EL SOMBRERO INAUGURA SEXTA (8/10)
Rua Nilo Peçanha, 162

Todos estão convidados.

Fiquem tranquilos, não sou eu a cozinheira!!
;)

PS- Minha mãe teve 50 votos... Valeu, pessoal que votou!! Mas convenhamos, primeira eleição, era querer demais que ela fosse sequer bem votada né? ;)

Estou ouvindo Stained with Fred Durst - Outside.

domingo, 3 de outubro de 2004

Enfim, descobre-se que o Orkut, afinal, não é tão inútil quanto eu pensava.
Estou encontrando amigos perdidos a cada dia que passa. Resolvi até fazer uma comunidade, a "Rua prof Djalma Bento", para reunir quem mora ou já morou lá.

Mas hoje não sei porque me deu um grande estalo (é, ás vezes o cérebro faz isso) e resolvi digitar o sobrenome de uns familiares que sumiram e nunca mais deram notícia.
E voilà, lá estão os 4 integrantes mais novos (mais novos que eu, pelo menos) dessa parte da família...
Será que vão se lembrar da velha prima?
Hehehehehe...

Continuo ridícula e sentimental...

Hoje é o último dia para dizer "votem 12612".

Estou ouvindo Kajagoogoo - Too Shy.
Sandi fez um blog.
Melhor dizendo que eu fiz um blog pra ela.

Invejinha...
Mil templates para livre escolha e eu não posso usar nenhum...
snif snif...

Estou ouvindo Julian Lennon - Too Late For Goodbyes.

sábado, 2 de outubro de 2004

Meus sais...
Hoje é aniversário da Fru-Fru.
A primeira filha da Medalha.
Meu xodó, minha querida...
Ela está fazendo 20 anos, quem diria, 20 anos...
Uma adolescente linda, se fosse humana...

Não sabem quem são?
São equinos. Lindos equinos.
Pena eu não ter nenhuma foto dela escaneada, mas vou providenciar... Ela é dessa cor, pampa:


Estou ouvindo Groove Coverage - Moonlight Shadow.

sexta-feira, 1 de outubro de 2004

Durante anos, O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, causava-me estranheza pelo simples fato de ser livro de cabeceira de misses.
Um dia engoli o orgulho e a curiosidade e resolvi lê-lo.

Hoje o indico quando alguém me pergunta: o que você me recomenda para ler?
Me faz ver o caráter de quem pede a recomendação. Se resmunga e diz que eu estou a brincar com sua cara, com certeza não queria indicação nenhuma, queria mostrar uma suposta erudição que não possui.
Se acata a idéia, é dos que realmente gostam da leitura; se leu e achou bobo, carece de profundidade e se leu e não só entendeu, como gostou, é dos que conseguem manter uma conversação...



O livro fala de amor, vida, sonhos, amizade, orgulho e tantos outros sentimentos que seriam impossíveis de serem enumerados. Ele é ao mesmo tempo vida e morte, alegria e tristeza, dualidade de sentidos intercalando-se na trama supostamente infantil...
E sem dúvida um dos meus trechos favoritos é o capítulo XXI:

"E foi então que apareceu a raposa:
-Bom dia, disse a raposa.
-Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.

-Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
-Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.
-Sou uma raposa, disse a raposa.
-Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...

-Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
-Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
-O que quer dizer "cativar"?
-Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
-Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
-É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços"...
-Criar laços?
-Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...

Mas a raposa voltou a sua idéia:
-Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...

A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
-Bem quisera, disse o príncipe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
-A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!

- Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Estou ouvindo Metallica & Chris Isaak - Nothing Else Matters (acoustic) .

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Sem internet desde domingo, resolvi vir aqui na casa do Ivo desatolar minhas mensagens em todos os meus e-mails... Putz, tem endereço que eu nem lembro direito...

Enfim, estou temporariamentem fora de combate, assim que o UOL resolver me dar acesso novamente, eu volto com tudo...

Fora isso estou em semana de provas. Mais ainda, sem dinheiro, já que o atropelamento do molequinho me custou os olhos da cara e sem talão de cheques, porque a PORRA DO BANCO ENTROU EM GREVE E PAROU DE ENVIA-LOS...

Enfim...
Até um breve retorno.
:)

Me ouvindo Nightwish - The Siren.

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Senhor, por que me fizeste tão emotiva? Chorona? Manteiga derretida??
Isso me atrapalha tanto!!

Eu escrevo o diário da minha vida a exatos 20 anos. Desde então passo para o papel tudo que marcou a minha vida de uma forma ou outra. Nos meus períodos de depressão, cheguei a ficar 1 ano sem escrever, para depois resumir tudo que marcou.

E desde que eu tenho esse blog, parei de escrever no papel. Um dia percebi que se eu perder esses arquivos do blogspot, adeus uma parte da minha vida, documentada e comentada! Então resolvi recuperar e salvar tudo. Foi bom.
Nossa, rever 2 anos da sua vida assim, em poucas folhas, é desgastante. Passagens onde só eu sei a dor escondida por trás de simples frases.
Como eu melhorei... Fico até orgulhosa de mim.
Aquela vontade de não acordar, a falta de vontade de viver, a solidão, a dor... Tudo ali, guardado em palavras, ás vezes como se fosse um código.
Um acontecimento marcante se fazendo presente justamente numa das piores horas da minha vida...

O começo de uma mudança que foi muito boa para a minha cabeça...
A perda da amizade de uma das pessoas que eu mais considerei amiga, a pisada que eu levei dela... A provocação desmedida daquela drogada anormal durante anos... A morte de cães que eu amava de paixão... Tudo isso na época doeu muito.
E eu sobrevivi.

Nossa, vi textos repetidos, nem lembrava de ter colocado. Isso já me aconteceu uma vez, de eu não lembrar de NADA que eu tenha feito em determinadas ocasiões... Parece que passaram uma borracha na minha mente.

Lembrar de tudo isso me fez chorar, mas dessa vez, de alívio.
Porque eu, a despeito de tudo, sobrevivi...

Porque o espanto? Conheci outro dia uma pessoa tão fraca, mas tão fraca, que se ela passasse metade do que eu passei, teria se matado, com certeza... Ela tentou isso por muito menos!

A cruz que recebemos nunca é pesada demais para que consigamos carregar, não é assim o ditado?
Eu consegui carregar a minha com louvor.

Estou ouvindo Phil Collins - I Wish It Would Rain Down.
Adicionado mais um blog aqui nos links: o Blog do Augusto, que deveria chamar-se inauguralmente "o verme no cocô do cavalo do bandido", mas ele preferiu simplesmente Birigüi Blues (com trema, sim, ele é um dos poucos que eu conheço que escreve Birigui corretamente).

Pelo que estou vendo o blog vai ser um pouco de tudo.
Resenhas, artigos e textos de cunho pessoal parecem ser apenas o começo.

Serve pra vocês conhecerem um pouco desse grande cara que estuda conosco... :)

Bem vindo ao mundo blogueiro, Sassure!!!

Estou ouvindo Tom Jones - It's Not Unusual.

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

A Campanha da minha mãe está servindo para muita coisa:

  • O conhecimento de pessoas novas e muito, muito bacanas.
  • Reatar laços de antiga amizade.
  • Descobrir o verdadeiro potencial das pessoas que trabalham conosco.
  • Rever conceitos de confiança.
  • Encarar a dura realidade que é a miséria do nosso país.
  • Enfrentar os obstáculos.

Mas o principal mesmo é que nunca se teve tanto marcador de página á disposição aqui em casa... :D

Estou ouvindo o vento, tentando sentir o cheiro da chuva e, no entanto, nada dela.

terça-feira, 14 de setembro de 2004

Eu nunca tive nada contra médicos, até esse episódio do acidente.

Eles apresentam notas de 1000, 1900 reais como se fosse a conta do boteco!!!

E AINDA SE ACHAM MAGNÂNIMOS EM DIVIDIR 1900 EM 3 VEZES!!!

ARGHHHHHH!!!!

Estou ouvindo Davir Bowie - Strangers When We Meet.

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

De sábado pra cá eu nem quis ligar o pc, não tive nem um pingo de vontade, mas era isso ou ficar pensando em um dos piores dias da minha vida.

Tudo porque sábado, dia do IRcontro, eu atropelei um menininho de 2 anos.

Não tem muito o que contar, eu ia levar os copos pro clube e estava descendo a rua devagar, porque estava cheio de criança brincando. Diminuí mais a velocidade, mais crianças... No terceiro quarteirão, ou seja, na esquina de casa, um povo começa a gritar do lado direito da rua, o que me distraiu e olhei para eles, ao invés de olhar para o lado esquerdo, a criança correndo e atravessando na minha frente.
Freei com tudo, mas a saveiro derrapou e pegou o menino. Foi tão de leve, digamos assim, que ele bateu e caiu, nem foi atirado longe. Fiquei com medo de ter passado em cima. Nossa, foi tão rápido! escutei um grito: a criança morreu, ela matou uma criança.

Aquilo me deixou em choque, pensei: Meu Deus, isso não pode estar acontecendo comigo, eu não posso ter feito isso. A mãe já levantou a criança e queria correr sei lá pra onde, eu disse, "entra logo aqui, vamos pro hospital".
Fui pra Unimed, o atendimento da Santa Casa poderia ser demorado e eu teria de fazer BO, o que não se encaixava nos meus planos, já que minha carteira está com tantos pontos quanto uma cartela de bingo premiada.
Tudo particular. Raio X, internamento, consulta médica, tomografia. Essa última tirada num sábado de madrugada, disseram para mim que esses são os piores horários, pois sobem os preços.
O anestesista que nos atendeu? Luis Eduardo Nunes Estrada.

- Você é o quê do seu Estélvio?
- Sobrinho.
- Ahh, então você é primo do Jorge, do Maurício, do Thyago, do Zé Emílio, da Karyn, do Sarney... Nossa, a família Estrada é grande heim? (sorrisinho simpático).
- Hehehe, é, é sim... hum... Precisa de uns dias no cheque?
- Puxa Dr. Estrada, se o senhor puder nos fazer esse favor...

São as grandes ironias de Deus para comigo... Já estou acostumada.

Enfim, GRAÇAS A DEUS o molequinho não teve nada na cabeça, só quebrou a perna. Foi transferido para a Santa Casa, quarto particular, claro. Meu Deus, obrigado por eu ter dinheiro para pagar o que for necessário pro garoto. Porque aí, entra a consciência: e se fosse comigo? com um primo? parente? e se mais tarde eu tiver filhos e isso acontecer e ele não receber atendimento?

A vizinhança decidiu julgar e condenar, além de inventar histórias: sou a vadia da rua, dou pra vários homens na frente de casa (alguém me explica o que isso tem a ver com o fato??). Logo eu???? Eu que mal posso sair na frente de casa que o vizinho crente olha feroz e grita "ALELUIAAA"!!! Logo eu que tenho carro e dinheiro para ir ao motel? Ou mesmo fazer isso aqui dentro de casa?? Tentei me lembrar de alguma situação que poderia ser encarada como sexo explícito na frente do portão, mas não consegui...
Nem festas eu dou aqui, são apenas reuniões de amigos!!
Minha mãe desanimou muito com tudo isso... Parece que nem quer saber de eleições.

Quanto a mim... Cheguei a sonhar que estava atropelando a Sarah (filha mais nova da Cecília) e acordei nervosa, segurando a grade da cama com força.
Nem a leitura, minha melhor companheira de todas as horas, conseguiu me fazer esquecer a cena grotesca que é ver um atropelamento. A sensação de impotência, as imagens quadro a quadro e os mórbidos pensamentos do que poderia ter acontecido se eu estivesse correndo mais...
Só teve uma coisa até agora que conseguiu varrer o episódio da minha mente. E eu tive tantas esperanças desse ano ser diferente... Estou tendo de voltar ao começo... :/
Pedi tanto pra nunca me envolver em um acidente assim... Tanto...
São coisas que acontecem, mas... preferia que não tivesse sido comigo...

Estou ouvindo Brian Adams- I'll be right there Waiting for you.

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Começar um post com um puta que pariu bem grande parece feio, não?
Mas não vejo outra forma de expressar todo o sentimento represado que está aqui no peito, só com um bom puta que pariu!!!!

O dia 4/11, sábado, que começou tão bem, terminou num domingo desastroso e continuou por uma segunda feira difícil.
Vou começar pela parte fácil: a organização do IRContro. O que é um IRcontro? Como o nome diz, é um encontro de pessoas do IRC (não sabe o que é IRC? Tá fazendo o quê aqui então?? Vai pro ORKUT!). Já estamos no décimo. Não, não é 1 por ano. E não tem data definida, mas costuma ser um acontecimento esperado pelos usuários do canal com ansiedade.
Costuma?
Bom... eu achava que sim... Nosso canal #Birigui conta com mais ou menos 250 usuários, nas férias esse número sobe para uns 300 ou mais. Era de se esperar que a festa fosse de arromba, mas não deu nem 100 pessoas, sendo muitas não usuárias do chat de bate papo.
Os convites não foram vendidos antecipadamente, só uma pequena parte. Toca eu e Shadai corrermos atrás da revenda dos convites, pegar dinheiro, etc.
SEMPRE SOBRA pra mim e pra ele, mas até aí, beleza. Esse IRcontro não ia ter briga como o último, que teve até polícia, nós contratamos segurança e tudo mais.
Vários tipos de batidinhas além de cerveja, 10 caixas!
O evento por si só foi ótimo, muitas fotos espalhadas nos fotologs da vida estão aí para provar. Não teve briga, muitas foram evitadas com uma boa conversa. Não faltou bebida, até sobrou conhaque e vodka.
Para entrar e sair do clubinho foi usado carimbo com tinta que aparece na luz negra. Chique demais, né?
Ninguém morreu afogado no próprio vômito, ou o que seria pior, na piscina. Então, volto a repetir, o evento por si só foi uma maravilha.
O problema foram os saldos.
...mas ai! findo o baile, despindo os adornos...
Para encurtar a história, quebraram mesas, cadeiras, artefatos do banheiro masculino, arrancaram o registro do chuveiro, entortaram a torneira (o dono do salão acha que não conseguiram arrancar, então entortaram), carregaram o que sobrou do conhaque, da vodka e dos refrigerantes e o pior, roubaram a câmera de segurança do muro do vizinho.
Obviamente foi feito um B.O. na segunda feira, fui chamada junto com o Shadai para identificar quem apareceu no filme.
Fizemos a identificação, fomos atrás da pessoa que apareceu mexendo na câmera, que por sua vez foi atrás de quem viu e assim a bola de neve foi aumentando até aparecer a câmera.
Ufa!!

Acham que pra mim terminou aqui??
Nãããão...
Para mim não teve festa, só um finalzinho. Quisera eu ter ficado lá tomando conta dos trogloditas... Mas o resto eu conto depois, porque é longa a história e eu estou com sono.
Preciso de boas noites de sono, calmas e tranquilas...

Estou ouvindo Elis Regina - Soneto de separação.

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

No altar, você não consegue segurar as lágrimas.
Quando ele diz que está apaixonado, elas brotam pelo seus olhos.
Na hora da separação, você desaba.
Até beijo de novela faz com que você se desmanche.
Se você é assim, chora por qualquer coisa, com certeza já ouviu aquelas frases que todos os homens adoram: "mulher chora por tudo", ou "você é uma manteiga derretida".
Antes que as lágrimas brotem do seus olhos de raiva, saiba que choramos não só porque temos apenas os cromossomos "XX", mas porque geralmente mostramos mais nossos sentimentos.

O que ocorre é que a educação dada à mulher difere muito da educação dada aos homens. Para eles, demonstrar sentimentos é "sinal de fraqueza".
- Na verdade, os homens não sabem muito bem como administrar seus sentimentos, não foram educados para isso - explica a psicóloga Olga Tessari.
Embora esse comportamento normalmente seja visto como uma fraqueza feminina, chorar só traz benefícios ao nosso organismo. Isso mesmo! Chorar faz bem, alivia a angústia e libera a tensão. Azar dos homens, que têm que bancar os durões em todos os momentos. Talvez seja por essa mania de bancarem os fortões, que existe o colo da mãe, da mulher, da amiga, que eles sempre procuram nos momentos de aflição.
A emotividade das mulheres tem uma influência que os homens não são capazes de entender, a hormonal. Não é por acaso que 10 entre 10 mulheres geralmente ficam mais sensíveis no período pré-menstrual ou durante a gravidez, quando as taxas hormonais estão em constantes mudanças no organismo.


- A variação hormonal das mulheres interfere em seu jeito e humor. Os hormônios se alternam ao longo do ciclo menstrual, provocando alterações no humor e no comportamento feminino - afirma a psicóloga.
- Quando fico mais emotiva do que o normal, o Cláudio sempre pergunta se estou com TPM (tensão pré-menstrual) - conta a enfermeira Carla Almeida, 33 anos.Você pode até não gostar muito de ter a sensibilidade à flor da pele, mas ser uma Maria-mole tem suas vantagens.

- O ato de chorar funciona como um diminuidor de tensões. Sempre que choramos nos sentimos aliviados, mais calmos e relaxados. O fato de poder demonstrar sentimentos, leva as mulheres a rir, chorar, falar, enfim, a manifestar todo e qualquer sentimento de forma mais natural e positiva - garante a especialista Olga Tessari.
Então, fique à vontade para liberar seus sentimentos. Está feliz? Triste? Ou chateada com a separação? Chore à vontade!
Consultoria: Olga Inês Tessari é psicóloga e psicoterapeuta.

Site: http://ajudaemocional.tripod.com

Agora você que teve saco de ler tudo isso se pergunta: porque esse monte de porcaria?
Porque eu sou uma das maiores choronas da face da terra...
Um belo pôr do sol, uma música comovente (ou apenas um trecho dela) me fazem derramar lágrimas sem sentido.
O tempo passa e continuo chorando: de tristeza, de nervoso, de raiva, de mágoa.
Por um trecho de livro, pela tradução de uma letra, pelos acordes de uma melodia, pela cena de um amor desesperado num filme.
Pela lembrança suave de alguém que deixou saudade, pela tristeza de ter perdido um amigo, por ter chegado ao final de um bom livro, pela recordação de um lugar que se amou e onde não se vai mais.
Pela saudade de quem se foi, pela traição de alguém que se amou...
Tudo isso e muito mais coisa me faz chorar. As vezes tanto que chego a ter dor de cabeça.

Mas como chorar alivia, Meu Deus. Não sei o que seria do ser humano sem essa válvula de escape!
Não sei o que seria de mim, sem o choro... Lavar a alma chorando alivia muito mais que qualquer outra coisa.
Não sei o que tem acontecido, mas ultimamente eu tenho visto mais pessoas dando vazão ás lágrimas. Mesmo os homens que se acham tão machos, vejo chorar.
E se tem uma coisa que me faz chorar mais ainda é ver choro de homem...
Lembro de um dia em que um casal de amigos meus brigou e eu fui "mediar" a discussão. Ele, meio bêbado, chorava de um lado... Eu, vendo aquela cena, chorava do outro... E a menina olhando pros 2 e falando:
- Não acredito nisso... Pelamordedeus vocês dois heim??

É, tá pensando oque? Lavar a alma é chorar também...

Estou ouvindo Menudo - If You Are Not Here By My Side e chorando...

terça-feira, 31 de agosto de 2004

Confirmado, queridos amigos...
Este blog vai prestar mais uma homenagem a um futuro pai: o podre.
Também conhecido como Alessandre, dono da ex Loucos e Piratas, atual Magma.

Como sabemos, ele é casado com a doce Simone. Dela eu me abstenho de qualquer comentário.

Mas ele é o cara gente fina que todos nós conhecemos a tanto tempo, sempre igual, só ficando mais velho e ranzinza com a idade chegando.

Já pensaram um filhote do Podre? Já vai desde pequeno jogar GTA!!

Nem sei mais o que falar aqui... Estou por demais comovida. Espero tudo de bom pros dois, futuramente três.
;******

Estou ouvindo Carly Simon - Coming around again.

sexta-feira, 27 de agosto de 2004

Claro que, depois do que eu espalhei naquela doce brincadeira, ninguém mais vai acreditar em mim.
Estou me referindo ao nenê do Nemésio e da Cecília.

Teve gente que levou tão a sério que nem papo comigo troca mais. Pessoa essa que não conhece uma das minhas máximas: eu perco o amigo mas não perco a piada.

A vida pra mim é diversão. A vida sem o riso não tem graça. Se alguém leva a mal, não posso fazer nada. Entendo que fique chateado, mas daí a não querer mais papo... Fazer o que né?

Mas pelas minhas inúmeras brincadeiras desse tipo (quem aí não lembra dos gêmeos do Fábio e da Isabele?) eu não tenho credibilidade na turma. OK OK.
Eu entendo...

Só que agora é de verdade. Um amigo nosso vai ser pai. :)
Um amigo muito conhecido e querido por todos... Por ser muito recente, eu não vou dizer o nome dele aqui, mesmo porque vocês não vão acreditar... Então esperem a confirmação...
E eu juro que dessa vez não é zueira minha.

Enquanto isso, na Sala de Justiça:

Minha mãe se candidatou pra vereadora né? Alguém aí perdeu essa parte??

Votem D. Meire Eliam da CDHU, número 12612 (doze-meia-doze).

Mas o hilário não está aí.
Meu carro foi todo adesivado. E eu fui no motel com ele na terça feira, o gatinho dirigindo, todo macho no volante... Meu carro é insufilmado, bem escuro, inclusive na frente.
Então o porteiro do motel viu o carro adesivado entrando e saindo sendo dirigido por um cara.
Na noite seguinte meu amigo pede o carro emprestado pra ir no mesmo motel, justamente porque tem fila de espera e meu carro é insufilmado e o dele não, e ele não queria que vissem ele parado lá...
Ou seja, o porteiro viu o mesmo carro, exatamente na mesma hora, entrando no motel, mas com caras diferentes dirigindo e continuou sem ver a mulher que estava do lado...

O que ele não deve estar pensando?

"Essa dona Meire tá caçando voto mesmo!!"

É de chorar... de rir...
;)

Estou ouvindo Soundtrack Bandits - Catch Me.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...