segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu não sei porque estrangeiro consegue fazer comédia romântica boa e brasileiro não. Tá certo que as comédias românticas inglesas ficam perfeitas, americanas melosas e brasileiras tem muita pornografia e pouca história, isso quando eles tentam.

No shopping hoje tinha um cara tocando violão. Músicas dos anos 80 - minha cara.
Aí, já que eu comecei a acompanhar o cantor em voz alta e o Fabio ameaçou me deixar na fila do Pekin cantando sozinha, resolvi gravar um CD só de nacionais.

E, no meio do caminho, encontrei essa música linda, que daria uma bela história de amor.

Lê e, depois, você, romântico incorrigível como eu, me fala se não veio um filminho na cabeça, imaginando as cenas que o Guilherme Arantes descreveu:

Baile De Máscaras
Guilherme Arantes

Num baile de máscaras qualquer
Colombina e Pierrô
Cansados de procurarem
Cada qual seu par
Se convidaram pra dançar
Pra não assistir a noite passar
Dois velhos amigos a se consolarem
Da solidão, mais uma vez
Cantando aos músicos que toquem
Aquelas canções todas
De recordações vivas
Belos e jovens
De olhos fechados pelo salão
E quando a orquestra deu o final
Não se apartaram
Como seria o costumeiro e trivial
Foram abraçados até os portões
E saíram pra ver
O romper dos clarões do dia
Seguiram caminhando
Na calma dos amantes
Como se o tempo houvesse parado
Daquela noite em diante
E se visitaram
E se reencontraram
Dias depois já não eram mais assim tão sós
E se consumiram
E se violentaram
No fogo e paixão
Da fúria e do medo
Dos peitos sofregos de afeto
E os dias foram longos
E os beijos foram tantos
Lavaram as almas
De tristes memórias
Na água dos prantos.

Vai, fala se não passou um videozinho na sua cabeça!!
Pois na minha passou um filme inteiro...
Tava aí um argumento pra um belo filme romântico.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ando meio triste.
Pensamentos do tipo "minha família praticamente acabou" andam me passando pela cabeça e me fazendo mal.

Mas ao refletir, outro dia, sobre minha divertida, diversificada e estranha família, dei-me conta que a maioria morreu ou seguiu rumos desconhecidos.
Outros preferiram ainda se afastar.

É estranho, ambos os ramos diminuíram tanto que não sobrou praticamente ninguém...
E eu sinto falta do tempo em que nos reuníamos na casa da Má e do Chico pra jogar, comer, conversar.
Passar as festas de final de ano na Tia Missina e na Tia Vera.

Saudade da Égide, do Weick, da Muth.

saudade de um tempo que nunca mais volta...

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Eu estava procurando um post no meu blog sobre efeitos da droga, mas não lembrei o ano que eu postei aquilo, e acabei lendo os posts de 2006 inteiro... Me diverti tanto, mas tanto, que até esqueci o que eu tava procurando e para quê... E engraçado logo hoje eu fazer isso, porque um tal de Dexter me adicionou no facebook e junto com ele vieram as mais bizarras indicações de amigos pra serem adicionados...

Eu devia considerar 2006 o ano das mudanças. Foi em 2006 que minha vida deu uma guinada violenta pra melhor.
Foi em 2006 que eu descobri que determinadas atitudes não me serviam mais e dei fim a elas. Foi também nesse ano que os tekileiros saíram da minha vida (ou eu saí da deles?).
Sem muitas opções de amizade, acabei entrando em contato com um ex camarada que me apresentou o Fabio, e foi onde começamos nosso relacionamento.

Hoje eu acredito, cada vez mais, que tudo tem a sua hora. Tudo tem seu tempo.

Eu escolhi o que, hoje, é o melhor pra mim.
Voltei a fazer coisas que nunca mais achei que fosse fazer - andar a cavalo é uma delas.
Adestrar meus cães, outra...

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...