sexta-feira, 31 de julho de 2015

Não tenho postado tanto quanto eu deveria ou até quanto gostaria.

Deveria estar postando as peraltices da Carol, dariam um livro cheio, mas me falta vontade. Guardarei essas lembranças comigo.
Que importa um escrito, se todos os dias eu amanheço e adormeço com a dúvida do "será que é hoje...?"

Os dias passam e a cada hora eu vejo minha mãe com os olhos mais mortiços e fechados, mesmo estando com a saúde relativamente boa. O que eu faço?
Eu fico em cima, é chá, é remédio, é suco disso, tudo que possa aumentar sua imunidade e prolongar sua vida, mas eu não sou Deus. Uma hora ela vai e eu ainda não estou pronta pra isso.

Ficará sempre a sensação de impotência perante a vida; a sensação de injustiça, ela que esperou tanto a neta, mal curtiu seus primeiros dias.

Eu ainda alimento a esperança que ela possa melhorar o suficiente pra voltar a conversar comigo, mas todos os dias a vida me dá um peteleco e parece dizer: acorda pra cuspir.

pensando nisso, na vida, que se esvai, transcrevo um texto que compartilharam hoje no facebook.

"Para Quando eu me For"
por Rafael Zoehler (https://medium.com/@rafaelzoehler/para-quando-eu-me-for-11f00bb9dd13)

Morrer é uma surpresa. Sempre. Nunca se espera. Nem mesmo o paciente terminal acha que vai morrer hoje ou amanhã. Na semana que vem talvez, mas apenas se a semana que vem continuar sendo na semana que vem.

Nunca se está pronto. Nunca é a hora. Nunca vamos ter feito tudo o que queríamos ter feito. O fim da vida sempre vem de surpresa, fazendo as viúvas chorarem e entediando as crianças que ainda não entendem o que é um velório (Graças a Deus).

Com meu pai não foi diferente. Na verdade, foi mais inesperado. Meu pai se foi com 27 anos, a idade que leva muitos músicos famosos. Jovem. Moço demais. Meu pai não era músico nem famoso, o câncer parece não ter preferência. Ele se foi quando eu ainda era novo, descobri o que era um velório justamente com ele. Eu tinha 8 anos e meio, o suficiente pra sentir saudade pelo resto da vida. Se ele tivesse morrido antes, não existiriam lembranças. Nem dor. Mas também não haveria um pai na minha história. E eu tive um pai.

Tive um pai que era duro e divertido. Que me colocava de castigo com uma piadinha pra não me magoar. Que me dava um beijo na testa antes de dormir. Hábito esse que eu levei para os meus filhos. Que me obrigou a amar o mesmo time que ele e que explicava as coisas de um jeito melhor que a minha mãe. Sabe? Um pai desses que faz falta.

Ele nunca me disse que ia morrer, nem quando já estava deitado cheio de tubos. Meu pai fazia planos para o ano que vem mesmo sabendo que não veria o próximo mês. No ano que vem iríamos pescar, viajar, visitar lugares que nenhum de nós conhecia. O ano que vem seria incrível. Eu vivi esse sonho com ele.

Acho, tenho certeza na verdade, que ele pensava que isso daria sorte. Supersticioso. Pensar no futuro era o jeito dele se manter otimista. O desgraçado me fez rir até o final. Ele sabia. Ele não me contou. Ele não me viu chorar a sua perda.

E de repente o ano que vem acabou antes de começar.

Minha mãe me pegou na escola e fomos ao hospital. O médico deu a notícia com toda a sensibilidade que um médico deixa de ter com os anos. Minha mãe chorou. Ela também tinha um pingo de esperança. Como disse antes, todo mundo tem. Eu senti o golpe. Como assim? Não era só uma doença normal dessas que a gente toma injeção? Pai, como eu te odiei. Você mentiu pra mim. Não fiquei triste, pai, fiquei com raiva. Me senti traído. Gritei de raiva no hospital até perceber que meu pai não estava lá pra me colocar de castigo. Chorei.

Mas aí meu pai foi meu pai de novo. Trazendo uma caixa de sapato debaixo dos braços, uma enfermeira veio me consolar. Dentro, dezenas de envelopes lacrados com frases escritas onde deveriam ficar os nomes dos destinatários. Entre as lágrimas e os soluços não consegui entender direito o que estava acontecendo. E então a mesma enfermeira me entregou uma carta. A única fora da caixa.

Seu pai me pediu pra entregar essa pessoalmente e te dizer pra abrir. Ele passou a semana inteira escrevendo tudo isso e disse que era pra você. Seja forte.” Disse a enfermeira com um abraço.

PARA QUANDO EU ME FOR dizia o envelope que ela me entregou. Abri.

Filho,

Se você está lendo eu morri. Desculpa, eu sabia.

Não queria te dizer que ia acontecer, não queria te ver chorar. Parece que consegui. Acho que um homem prestes a morrer tem o direito de ser um pouco egoísta.

Bom, como eu ainda tenho muito pra te ensinar, afinal você não sabe de nada, deixei essas cartas. Você só pode abrir quando o momento certo chegar, o momento que eu escrevi no envelope. Esse é o nosso combinado, ok?

Eu te amo. Cuida da sua mãe, você é o homem da casa agora.

Beijo, pai.

PS: Não deixei cartas para sua mãe, ela já ficou com o carro.

E com aqueles garranchos, afinal naquela época não era tão fácil imprimir como é hoje em dia, ele me fez parar de chorar. Aquela letra porca que uma criança de 8 anos mal entendia (eu, no caso) me acalmou. Me arrancou um riso do rosto. Esse era o jeito do meu pai de fazer as coisas. Que nem o castigo com uma piadinha para aliviar.

Aquela caixa se tornou a coisa mais importante do mundo. Proibi minha mãe de abrir, de ler. Mas elas eram minhas, só pra mim. Sabia decorado todos os momentos da vida em que eu poderia abrir uma carta e ler o que meu pai tinha deixado. Só que esses momentos demoraram muito pra chegar. E eu esqueci.

Sete anos e uma mudança depois eu não tinha ideia de onde a caixa tinha ido parar. Eu não lembrava dela. Algo que você não lembra não faz falta. Se você perdeu algo da sua memória, você não perdeu. Simplesmente não existe. Como dinheiro que depois você acha no bolso da bermuda.

E então aconteceu. Uma mistura de adolescência com o novo namorado da minha mãe desencadeou o que meu pai sabia que um dia aconteceria. Minha mãe teve vários namorados, sempre entendi. Ela nunca casou de novo. Não sei ao certo o motivo, mas gosto de acreditar que o amor da vida dela tinha sido meu pai. Mas esse namorado era ridículo. Eu sentia que ela se rebaixava pra ele. Que ele fazia pouco da mulher que ela era. Que uma mulher como ela merecia algo melhor do que um cara que ela tinha conhecido no forró.

Me lembro até hoje do tapa que veio acompanhado da palavra “forró”. Eu mereci, admito. Os anos me mostraram isso. Na hora, enquanto a pele da minha bochecha ardia, lembrei da minha caixa e das minhas cartas. De uma carta em específico que dizia PARA QUANDO VOCÊ TIVER A PIOR BRIGA DO MUNDO COM A SUA MÃE.

Corri para o quarto e revirei minhas coisas o suficiente para levar outro tapa na cara da minha mãe. Encontrei a caixa dentro de uma mala de viagem na parte de cima do armário. O limbo. Procurei entre os envelopes. Passei por PARA QUANDO VOCÊ DER O PRIMEIRO BEIJO e percebi que havia pulado essa, me odiei um pouco e decidi que a leria logo depois, e por PARA QUANDO VOCÊ PERDER A VIRGINDADE, uma que eu esperava abrir logo, logo. Achei o que procurava e abri.

Pede desculpa.

Eu não sei o motivo da briga e nem quem tem razão. Mas eu conheço a sua mãe. Então a melhor maneira de resolver isso é com um humilde pedido de desculpas. Do tipo rabinho entre as pernas.

Ela é sua mãe, cara. Te ama mais do que tudo nessa vida. Sabe, ela escolheu parto normal porque alguém disse que era melhor pra você. Você já viu um parto normal? Pois é, quer demonstração de amor maior que essa?

Pede desculpa. Ela vai te perdoar. Eu não seria tão bonzinho.

Beijo, pai.

Meu pai passava longe de um escritor, era bancário, mas as palavras dele mexeram comigo. Havia mais maturidade nelas do que nos meus quatorze anos de vida. O que não era muito difícil por sinal.

Corri para o quarto da minha mãe e abri a porta. Já estava chorando quando ela, chorando também, virou a cabeça pra me olhar nos olhos. Não lembro o que ela gritou pra mim, algo como “O que você quer?”, mas lembro que andei até ela e a abracei, ainda segurando a carta do meu pai. Amassando o papel já velho entre os meus dedos. Ela me abraçou de volta e ficamos em silêncio por não sei quantos minutos.

A carta do meu pai fez ela rir alguns momentos depois. Fizemos as pazes e conversamos um pouco sobre ele. Ela me contou umas manias estranhas que ele tinha, como comer salame com geleia de morango. De algum modo, senti que ele estava ali. Eu, minha mãe e um pedaço do meu pai, um pedacinho que ele deixou naquele papel. Que bom.

Não demorou muito e li PARA QUANDO VOCÊ PERDER A VIRGINDADE.

Parabéns, filho.

Não se preocupa, com o tempo a coisa fica melhor. Toda primeira vez é um lixo. A minha foi com a puta mais feia do mundo, por exemplo.

Meu maior medo é você ler o envelope e perguntar da sua mãe antes da hora o que é virgindade. Ou pior, ler o que eu acabei de escrever sem nem saber o que é punheta (você sabe, não sabe?). Mas isso também não será problema meu, não é mesmo?

Beijo, pai.

Meu pai acompanhou minha vida toda. De longe, sim, mas acompanhou. Em incontáveis momentos suas palavras me deram aquela força que ninguém mais conseguia dar. Ele sempre dava um jeito de me arrancar um sorriso em um momento de tristeza ou de clarear meus pensamentos num momento de raiva.

PARA QUANDO VOCÊ CASAR me emocionou, mas não tanto quanto PARA QUANDO EU FOR AVÔ.

Filho, agora você vai descobrir o que é amor de verdade. Vai descobrir que você gosta bastante da sua mulher, mas que amor mesmo é o que você vai sentir por essa coisinha aí que eu não sei se é ele ou ela. Sou um cadáver, não um vidente.

Aproveita. É a melhor coisa do mundo. O tempo vai passar rápido, então esteja presente todos os dias. Não perca nenhum momento, eles não voltam mais. Troque as fraldas, dê banho, sirva de exemplo. Acho que você tem condições de ser um pai tão incrível quanto eu.

A carta mais dolorida da minha vida foi também a mais curta do meu pai. Acredito que ele sofreu para escrever aquelas quatro palavras o mesmo que eu sofri por ter vivido aquele momento. Demorou, mas um dia eu tive que ler PARA QUANDO SUA MÃE SE FOR.

Ela é minha agora.

Uma piada. Um palhaço triste que esconde o choro por trás do sorriso de maquiagem. Foi a única carta que não me arrancou um sorriso, mas entendi a razão.

Eu sempre respeitei o combinado com meu pai. Nunca li nenhuma carta antes do momento certo. Tirando PARA QUANDO VOCÊ SE DESCOBRIR GAY, claro. Nunca acreditei que o momento de ler essa carta chegaria, então abri muitos anos atrás. Ela foi uma das mais engraçadas, por sinal.

O que eu posso dizer? Ainda bem que morri.

Deixando as brincadeiras de lado e falando sério (é raro, aproveita). Agora semimorto eu vejo que a gente se importa muito com coisas que não importam tanto. Você acha que isso muda alguma coisa, filho?

Não seja bobo, seja feliz.

Sempre esperei muito pelo próximo momento. Pela próxima carta. Pela próxima lição que meu pai tinha pra me dar. Incrível como um homem que viveu 27 anos teve tanto pra ensinar pra um senhor de 85 como eu.

Agora, deitado na cama do hospital, com tubos no nariz e na traqueia (maldito câncer), eu passo os dedos por cima do papel desbotado da última carta. PARA QUANDO SUA HORA CHEGAR o garrancho quase invisível diz.

Não quero abrir. Tenho medo. Não quero acreditar que a minha hora chegou. Esperança, lembra? Ninguém acredita que vai morrer hoje.

Respiro fundo e abro.

Oi, filho, espero que você seja um velho agora.

Sabe, essa foi a carta mais fácil de escrever. A primeira que eu escrevi. A carta que me livrou da dor de te perder. Acho que estar perto do fim clareia a cabeça pra falar sobre o assunto.

Nos meus últimos dias eu pensei na vida que eu levei. Na minha curta vida, sim, mas que me fez muito feliz. Eu fui seu pai e marido da sua mãe. O que mais eu poderia querer? Isso me deu paz. Faça o mesmo.

Um conselho: não precisa ter medo.

PS: Tô com saudade.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Eu sempre gostei de desenho animado animação.
Se engana quem pensa que eu adquiro DVD's pra Carol, eu colecionava filmes e, principalmente, animações, muito antes de pensar em ter filho. Um gosto herdado da minha mãe, que mesmo depois de aposentada se divertia demais com desenho animado.

Lembro quando passavam desenhos psicodélicos em CG nos telões das boites, eu ficava horas olhando aquilo. Sempre gostei.

Antigamente, o must era misturar desenho e filme. Uma cilada para Roger Rabbit fez isso de forma magistral, em uma época com relativos poucos recursos, mas ele não foi pioneiro.

Não esquecendo de animações em stop motion, onde minha preferida sempre foi Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho, de 1964.

Lembro que o desenho animado Galaxy Rangers usava CG em determinados momentos - pouquíssimos.

Numa época de Thundercats e He-Man, onde apenas A BOCA dos personagens se movia na maior parte do tempo e o cenário era fixo, qualquer coisa diferente chamava a atenção.

A evolução das animações foi muito interessante de acompanhar.
Um dos melhores clássicos da Disney, A Bela Adormecida, usa cores berrantes mas cenário fixo, e hoje eu posso dizer que é uma animação pobre, embora seja um lindo desenho.

Nesse ponto os japoneses sempre foram melhores, seus cenários sempre foram melhores, desde o roteiro até os efeitos.

Hoje quase tudo é CG.
E embora ainda existam "desenhos animados" em 2D, a animação computadorizada tomou conta da maioria das animações atuais.

Gostaria de citar meus preferidos aqui, e embora sejam muitos e eu nem tenha todos, sei que valem ser lembrados.

Os dois mais antigos com certeza são o já citado "Rudolph" em stop motion, de 1964. Conta a história de Rudolf, uma rena de nariz vermelho e brilhante que guiaria o trenó do papai Noel durante as nevascas.
As renas do trenó - que segundo a cultura norte americana seriam 8 (Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen) aumentou para 9 com a entrada de Rudolph no team.

O Homem de Button Willow é de 1965 e, cara, eu adorava esse desenho!!!

Apenas abrirei um parênteses pra mostrar um OVA do Pinochio que passava na minha época, e eu acabei ficando com medo de escuro por causa de um episódio, onde apareciam bruxas vampiras... Descobri depois de anos que esse ep marcou não apenas eu, mas MUITA GENTE.

Nos anos 80 os desenhos eram trash, mas com boas histórias. Um dos mais lindos, na minha opinião, foi o Ultimo Unicórnio com uma história show de bola, um traço delicado e uma trilha sonora arrasa quarteirão.

Outro desenho que eu assisti - e nunca esqueci - foi O Cavalinho Mágico, baseado num conto de fadas Russo, creio que o desenho também era Russo, muito diferente dos padrões da época, mas é quase impossível rastrear, só achei poucas menções a ele no google, e em inglês (Ivan's Magic Pony)

A Disney sempre ocupou o primeiro lugar por causa da quantidade de animações, muitas vezes nem tanto pela qualidade, e sim pela tradição. Muitos bons artistas vieram dos estúdios Disney.

A Pixar ocupa a posição de primeiro estúdio a ter lançado uma animação longa metragem em 3D. E hoje ela pertence à Disney.

Na verdade, o primeiro longa de animação deveria ter sido (surpresa!!) o brasileiro Cassiopéia, da NDR. Mas os boatos que correm é que a Pixar ficou sabendo do projeto brasileiro e acelerou o processo de Toy Story. Tendo muito mais recursos, concluiu mais rápido e lançou meses antes a divertida história de Woody.
Existe uma controvérsia sobre ser "o primeiro longa de animação em CG". Cassiopéia foi feito 100% em computador, usando formas geométricas para facilitar o processo de criação.
Ou seja, Cassiopéia usou modelos 100% virtuais, sem o uso de modelos físicos. Já a Pixar fez moldes das cabeças dos personagens principais em argila, sendo escaneados depois. Por isso alguns dizem que Cassiopéia foi o primeiro longa de animação 100% virtual.
O problema é que Cassiopéia é chato. Extremamente soporífero. Já Toy Story...
Mas enfim, nada disso importa muito.

Na esteira de Toy Story já saiu Vida de Inseto e depois a Pixar foi fazendo animações, uma atrás da outra, quase todas com qualidade (algumas são extremamente sofríveis, como Carros 2, no quesito roteiro).
E se em Toy Story 1 a gente percebe que os traços humanos são ainda meio toscos, em Toy Story 3 isso é completamente sanado.

Paralelamente à Pixar, a Disney foi lançando seus projetos. Começou em 1937 com Branca de Neve e desde então nunca mais parou. Mesmo nas épocas negras e mandando ver em desenhos não tão bons, como Bernardo e Bianca, O Caldeirão Mágico e Oliver (são lindos mas não alcançaram o mesmo sucesso dos outros, com exceção talvez de Bernardo e Bianca), de repente a Disney ressurgiu com A Pequena Sereia, um clássico maravilhoso com trilha sonora divina e roteiro fabuloso.
Logo depois já mandou A Bela e a Fera, que foi o primeiro longa de animação à concorrer ao Oscar de melhor filme!!

E daí lançaram um longa por ano, alguns ótimos (O Rei Leão, Mulan, Tarzan, Aladim, Pocahontas) outros mais ou menos (Hércules, o Corcunda de Notre Dame, Atlantis, Fantasia 2000).
Fez também uma animação em CG chamada Dinossauro, que eu adorei e acho uma pérola da animação.
E aí, desde então, a Disney dança entre o 2 e o 3D, o desenho clássico e a animação CG. Lançou Irmão Urso, A princesa e o sapo e Nem que a vaca Tussa, mas também soltou Bolt, Enrolados, Detona Ralph e Frozen, sendo este último um musical fantástico.

A DreamWorks Animation é um estúdio que tem feito animações fabulosas. Quase todas elas valem MUITO a pena. Elas entram no politicamente incorreto que a Disney e a Pixar não se atrevem - e obtém ótimos resultados. Quer um exemplo? Shrek. Shrek é de um conto de fadas politicamente incorreto.
Quer outro? Megamente. História de vilão e super herói completamente virada do avesso.

A grande maioria das animações da DreamWorks deve ser vista, não apenas uma vez.
Um dos melhores, Spirit, coloca como protagonista um cavalo, algo que até então, apenas Beleza Negra havia feito. Simbad foi um marco, na minha opinião, pois começou a misturar CG nos desenhos tradicionais, algo que poucos haviam feito até então.
Embora o primeiro Madagascar tenha sido bom, eu não gostei dos demais, mas não se pode negar que a franquia tem sido um sucesso, a começar pelos pinguins, que ganharam aventura solo e desenhos diários no Nickelodeon.

O mesmo se pode dizer do Gato de Botas, que também ganhou seu próprio filme, e Kung Fu Panda.
Outro que alçou voo, literalmente, foi Como treinar o seu dragão, já indo pro Terceiro longa.

Espero que a DreamWoks dê continuidade à Origem dos Guardiões e Os Croods.

Desde que começou a fazer animações, seus desenhos tem concorrido (e vencido) à Oscars e demais premiações todos os anos.
Porque sim, os caras são bons.
Uma particularidade que eu gosto muito das animações da DreamWorks é a trilha sonora.
Eles misturam muito orquestradas e pop. Ouça a trilha sonora de Megamente. Eles encomendaram algumas músicas com Hans Zimmer e o resto é puro rock/pop: AC/DC, Guns 'n Roses, Elvis Presley e até Michael Jackson. Shrek idem.

N'Os Croods, Alan Silvestri assina a trilha, porém a festa fica por conta de Shine your way, de Owl City e Yuna. Aliás, Owl City também colocou uma música (boa!) em Detona Ralph.

Ou seja, não existe NADA que desabone as animações da DreamWorks.

Saindo pela beirada, temos a Blue Sky, um pequeno estúdio de CG que pertence à Century. Eles fizeram nada menos que os mega sucessos A Era do Gelo e Rio.
Eu acredito que como estão apenas iniciando seus passos nos longas de animação, coisas boas virão por aí.
Mas os longas da Blue Sky não são apenas esses. Eles tem ainda Robôs (meio cansativo), Horton e o mundo dos Quem (chato) e um que eu acho ótimo, Reino Escondido, com participação especial de Beyoncé.

Todas essas animações, ou pelo menos a maior parte delas, teve excelente elenco de vozes. Como eu assisto a maioria em inglês, posso dizer que as dublagens brasileiras não lhes fizeram justiça. Mas todas elas, da Pixar à Blue Sky, contaram com vozes de famosos, como Brad Pitt, Colin Farrel, Ewan McGregor, Mel Brooks, Steven Tyler, Jim Carrey, Anne Hathaway, Jack Black, Lucy Liu, Angelina Jolie, Mel Gibson e muitos astros de Hollywood.
FormiguinhaZ e O Principe do Egito, em especial, são um show de astros na dublagem original...

Não posso deixar de citar animações japonesas. Eu amo. Capitão Harlock e a nave Arcádia, Goshogun - estrangeiros do tempo e Akira são pérolas. Pérolas especiais empoeiradas, pois são da década de 80, e as 3 histórias são muito confusas, mas ainda assim valem a visita de fãs que conseguirem encontra-los (Akira é até fácil).
No quesito animes pra TV, ou OVA, como são conhecidos, se eu for falar, fico aqui uns bons ANOS.

Falando dos mais recentes, não podemos deixar de citar o grande mestre Hayao Miyazaki. As animações dele são as melhores, embora existam outras muito boas por aí. mas eu vou começar por elas.
Meu primeiro conselho: assista todos. Em japonês.

Enfim..  Minha preferida é Princesa Mononoke. Tem muitas referencias à mitologia oriental, e é, como todos os desenhos do Miyazaki, incrivelmente poético.
A viagem de Chihiro ganhou um Oscar e é absolutamente fabuloso. Parece que você está dentro de um sonho.

Meu amigo Totoro, O castelo animado, Porco Rosso. Tem mais algumas. Todas valem a pena.

No mais, O Tumulo dos vaga lumes você chora do começo ao fim. Piano no Mori, Crianças Lobo, O Mundo dos pequeninos, Férias de verão com Coo (esse a Carolina ficou hipnotizada)...

O mundo da animação tem também outro estúdio que está entrando devagar, que é a Sony Pictures Animation. Tem algumas animações legais, nada como as da Dreamworks ou Pixar, mas são assistíveis e valem a pena: Hotel Transilvânia, Tá chovendo hamburger, por exemplo, tem até projeto de continuação. Tá dando onda eu recomendo, visual lindíssimo, formato estranho e trilha sonora legal.

Independente de estúdios, pois existem vários, recomendo Wallace & Gromit - tudo que você encontrar vale a pena, desde os curtas (premiados) até os longas e A Fuga das galinhas, feitas pelo mesmo estúdio britânico Aardman Animations, especialistas em stop motion. E humor britânico, meu amigo, é muito bom.
Falando em stop motion, temos o maravilhoso Frankenweenie, de 2012, da Disney.

A Casa Monstro, vale assistir, afinal tem produção de Robert Zemeckis e Steven Spielberg, a mesma dupla que produziu Roger Rabbit.

São muitos, e eu poderia passar horas aqui escrevendo e editando, mesmo porque todos os dias saem novidades, mas quero citar apenas a última que assisti, da Pixar, Divertida Mente.
Assista, se divirta, vale MUITO a pena.

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