sexta-feira, 27 de maio de 2022

A Morte de Madeleine e as mudanças psicológicas dos personagens no remake de Pantanal

É até estranho abrir um tópico apenas para falar disso, mas é algo de imensa importância na novela, e eu nem sei se é algo consciente, de roteiro, ou algo imaginário da minha parte, mas a morte da personagem Madeleine na trama de Pantanal tornou-se fundamental para o bom andamento da novela.

Desde o início eu tenho notado uma imensa diferença na parte psicológica dos personagens, como eu comentei aqui. Aparentemente o diretor quis dar uma ênfase na trama, modificando a estrutura de alguns perfis para os dias de hoje.

Nota-se isso logo de cara, na primeira fase da novela, no Zé Leôncio. 
Onde Paulo Gorgulho era bem humorado, calmo e, mesmo sofrendo pelo sumiço do pai, alegre e brincalhão, Renato Góes foi atormentado e desinteressado. 

Mesmo em momentos de descontração, O Zé de Renato conseguia ser melancólico e o de Paulo, de bom humor. 
A mudança foi tão radical que se estendeu à segunda fase e temos então um Zé Leôncio bem diferente do antigo. Onde Cláudio Marzo era ponderado e calmo, mesmo quando se irritava, Marcos Palmeira é abrutalhado, grosseiro e mal humorado, mesmo no dia a dia. 
Isso foi inclusive notado por fãs que repararam e comentaram essa diferença em foruns de discussão, e a geração Z que assiste a novela pegou "ranço" do personagem, tão querido na novela anterior; hoje ele é chamado de "bad vibes".

Filó antes era bem humorada, ácida, vivia com a "mão na massa", fosse descascando um alho, arrumando uma cama, escolhendo feijão, estendendo roupa e, durante suas reinações, via tudo que se passava. De vestido simples, sem ares de rainha ou dona, Filó tinha um sorriso meigo e jeito sincero.

A Filó atual é também melancólica, se veste como uma patroa e, embora apareça na cozinha, nem sempre é cozinhando. Sim, claro que ela aparece cozinhando, afinal ela é a "dona da cozinha", mas a Filó antiga jamais se queixava de uma tarefa, e a Filó atual parece se ressentir pelo papel ao qual ela é relegada. 
Não sei se quiseram dar um tom mais pitoresco, mas outro dia ela apareceu batendo grãos num pilão, e eu achei exagerado até mesmo se fosse em 1990.
Obviamente tem as vantagens de atualmente, as modificações: a roupa, as regalias, eu entendo tudo isso. mas a personagem perdeu suas características principais que eram a rusticidade e a sinceridade que nos fazia gostar tanto dela, quando falava sozinha com seus botões. 

Todos mudaram, obviamente, mas as mudanças mais radicais foi nos personagens principais. Mariana que de uma boa pessoa, prática, porém sincera, tornou-se uma manipuladora interesseira e megera; Tadeu, jovial e imaturo, transformou-se num rapaz sem sal, embora a performance do ator seja ótima; Joventino era um animado garoto que gostava de zombar de tudo, transformou-se num chato, chorão e depressivo "garoto"!

E o que tudo isso tem a ver com a morte da Madeleine?

Bem, o problema é que todos gravitavam em volta dela: mãe, irmã, filho, ex marido, peguete, suposta nora. 
Ela reclamava que a irmã vivia através da sua vida, mas quem ia buscar o Joventino na escola quando ela simplesmente não aparecia? Irma. 
Quem informava ao pai como o garoto estava vivendo?  Irma. 

Ela indiretamente impedia que Zé visitasse ou tivesse qualquer informação do garoto. Poderia ter tomado MIL providências para que eles não perdessem o contato, o garoto poderia ter passado as férias na fazenda a cada 6 meses, mas Madeleine, ferida por Zé não querer saber mais dela, inventou que ele era órfão e assim ficou. 

Ela odiava TANTO o pai do seu filho que indiretamente passou esse ódio ao filho. Jove não conseguia ver o pai que tinha e Zé, com tanta mágoa e expectativa represadas no peito, não conseguiu deixar de lado algumas crenças. 
Como eles mesmos disseram, eles não eram o pai e filho que ambos esperavam. 
Por outro lado, sendo Jove "tão mais evoluído" por ser da "cidade grande", poderia ter tentado entender que, no interiorzão, não adianta tentar se fazer entender à força. Entrou num embate ridículo com o pai pecuarista e não tendo carta nas mãos para um bom jogo, acabou tendo que se render ao óbvio: sem o sustento do pai, ele não é nada.

Outra coisa que foi insinuada na novela, é que Madeleine deveria se separar de Zé - finalmente - e "cobrar o que lhe era de direito": ou seja, arrastá-lo à uma briga judicial pela divisão das fazendas, afinal eles se casaram nos anos 80 e na época era muito comum a comunhão total de bens. 

Madeleine, ao embarcar naquele avião com destino ao Pantanal, foi disposta a recuperar tudo que havia perdido: marido, filho e direitos. Ia passar como um trator em cima da Filó, que, como também dito, era apenas uma empregada com quem ele passava as noites. 

Na cabeça dela, já que ele não havia pedido o divórcio, Zé ainda sentiria algo por ela. 

A trama original não tinha a intenção de matar Madeleine, e eu realmente não sei qual seria o destino dela na novela, mas Ítala Nandi quis sair e então essa foi a - melhor - solução na época. E hoje também, tendo em vista que Madeleine era uma pessoa muito pior do que antes. 

E ao morrer, todos os laços que ela indireta e inconscientemente criou se desfizeram: o filho não precisa mais ter medo de amar o pai e com isso desagradar a mãe; não precisa mais falar que "o pai cheira bosta de vaca como minha mãe sempre disse", mas como disse sabiamente Gustavo: ela NUNCA esqueceu esse cheiro. Jove agora pode tentar se entender com o pai sem a sombra de desaprovação de sua mãe. 

Irma não precisa mais cobrir os buracos da falta de atenção de Madeleine, pode fazer o que quiser, pode ser sincera em amar quem quiser sem o peso da culpa, por amar o cunhado. 

Gustavo pode viver uma vida plena, sem esperar um ataque ou um retorno de Madeleine em sua vida e mexer em sua cabeça e seus sentimentos, como ela fez tantas e tantas vezes.

Zé Leôncio está livre da onipresença dela; ela, a mãe de seu filho que destruiu sua vida, que fez com que ele nunca pudesse se casar com a Filó ou se lembrar do passado sem a mácula da decepção. 

Filó está livre para ser o que sempre foi: mulher de Zé; pois antes ela era "a outra". Sempre foi "a outra". 

E Mariana, afinal, está livre de uma filha que nunca soube o que quis da vida, obrigando a mulher a tomar atitudes extremas para proteger a eterna criança mimada. Por culpa dela? Sim, ok, mas ainda assim, mimada e com uma vida sem sentido. Uma filha que jamais conseguiria caminhar sozinha, sem a mãe para ajudar. Uma filha que demandava enorme esforço para sobreviver ao caos psicológico que ela mesma se enfiava. 

Isso não fica tão claro na primeira novela, e como eu disse, talvez seja uma análise doida minha, mas eu tive essa percepção nos capítulos subsequentes da novela. 


Prós e contras do remake de pantanal: personagem Nalvinha/Nayara

 Se teve uma personagem (tanto na trama antiga quanto na atual) que "encheu linguiça" foi essa. A suposta namorada do Jove no Rio de Janeiro.

Vivida na primeira versão pela atriz Flávia Monteiro, era uma garotinha cheia de manhas, mentirosa, que inventa uma gravidez para se aproximar da família do rapaz, acaba em longas conversas com Gustavo e, no final, fica com ele. E assim, encerra-se a participação tanto dela, quanto do pobre escravoceta Gustavo.

Flávia Monteiro
 No remake da globolixo, Nalvinha está de roupa nova;   chama-se Nayara e é uma digital influencer, como sua   "sogra" Madeleine.
 Em um dos capítulos, em que Madeleine vai atrás dela,   por causa de uma invasão de contas no Facebook do   Jove, percebe-se a origem humilde, de quem mora numa   comunidade, as antigas favelas cariocas. 

 Nayara entra então numa roda viva com Madeleine, que   aparentemente é uma digital influencer já famosa, porém   com o tempo percebe o que todos já sabem: sua "sogra" é   uma narcisista que só pensa em si mesma. 

 Sua parte mais relevante será quando Juma a empurra   dentro da piscina da casa dos Novaes.
 
 Nayara é mais interessante e mais descolada que   Nalvinha, dada inclusive a época em que ambas as novelas se passam. 

Ela vai morar com Gustavo, praticamente se enfia na casa dele e o pobre homem não consegue se livrar dela e, claaaro, acaba ficando com ele, em ambas as versões. 

Nayara vivida por Victoria Rosseti - pós Madeleine

Nayara antes de Madeleine
 Nayara inspira pena onde Nalvinha inspirava raiva. 
 Percebe-se a pobreza em que a personagem vive, algo que não foi   mostrado na trama original, e aliás eu duvido que Nalvinha viesse de família pobre. 

Madeleine usa Nayara para alavancar seus vídeos, ganhando um tipo de patrocínio. Nayara é uma assistente dedicada, e trabalha duro para ajudar a sogra e conseguir também seu quinhão ao sol, nessa vidinha fútil que os influencers digitais vivem, fora da realidade. 

Quando, finalmente, a grana sorri, Madeleine, percebendo o desinteresse de Jove pela menina, trata de despachar a assistente sem demora, porém não de forma delicada ou sutil: simplesmente contrata uma equipe e faz pouco caso de Nayara, que percebendo que foi descartada, corre para a casa de Gustavo, para chorar as mágoas e tentar entender o que ela fez de errado.

Aliás, ela tem muitos "sentimentos controversos" a respeito dela mesma e Jove: a velha história que ela amou e ele também, mas ele mesmo nunca disse com palavras, apenas  "dava sinais".

Nayara sente-se tão confusa que enreda numa autocomiseração, que a leva até a casa de Gustavo e se envolve com ele, mesmo meio contra a vontade.

A cena final de ambos, espero, pois fechou o arco muito bem, foi Gustavo indo viajar pelo Brasil de moto e chamando Nayara pra ir com ele, encerrando, assim, o núcleo carioca,

Ficou muito bom, muito mesmo, melhor que a original, pois na versão de 1990, Gustavo é obrigado pelo pai de Nalvinha a se casar com ela, e passa a ser um "pai" ciumento e chato, que abandona a psicanálise e quer se isolar no Amazonas com a esposa por puro ciúme. 

terça-feira, 24 de maio de 2022

Prós e contras do remake de pantanal: personagens, Irma e Madeleine

Irma e Madeleine são as irmãs cariocas que se encantam com a rusticidade e beleza do peão José Leôncio da novela pantanal.

Madeleine vivida por Ingra Liberato, Ítala Nandi, Bruna Linzmeyer e Karine Teles

Criatura insuportável em todas as épocas e fases, Madeleine do remake consegue ser 10 vezes PIOR que a original. Sim, pois a primeira Madeleine era uma garota da alta sociedade carioca dos anos 60, que não encontrava um homem que a fizesse "perder a cabeça". Ela tinha o costume de corrigir os erros de fala do Zé, como a concordância verbal, porém não era uma criatura egoísta que só pensava em si mesma e brigava com todos. 

A Madeleine do remake é hedonista, egoísta, mimada, infantil e acha que o mundo deve girar ao seu redor. A cena em que José Leôncio vai até o RJ para informar o sumiço de Joventino, e Madeleine acha que ele veio conversar "sobre ela" e quer sair da presença dele, mostra bastante esse lado. A maneira como ela trata o escravoceta Gustavo também deixa claro esse lado dela.

A Madeleine de Ingra, ainda que fosse carioca porém puxasse forte no sotaque baiano, era meiga, escrevia cartas onde falava de seu amor e suas experiências no pantanal. Você sente a ternura entre o casal, os atores representaram muito bem as demonstrações de amor. Apesar de serem literalmente 2 estranhos e o sentimento fosse crescendo com o passar do tempo, você sente que existiu carinho, e não capricho. Porém era uma madame, que ficava passando baton enquanto Filó escolhe arroz e tem medo de tudo. 

Bruna e Karine fizeram uma Madeleine grosseira, estúpida nas demonstrações de carinho. Ela sentia tesão pelo Zé e isso a levou a confundir o sentimento com amor. 
Na segunda fase, Madeleine se torna uma Digital Influencer, e mostra através da internet uma vida hipócrita e vazia. Jantares e vinhos dos quais ela mal participa, apenas posta em suas redes para seus seguidores verem a "vida" que ela tem. 

Na primeira versão a atriz Ítala Nandi precisa sair da novela então ela é "morta" em um acidente de avião, mas essa nunca foi a intenção original da trama. Muitas teorias foram soltas durante o remake, mas finalmente Madeleine segue seu destino: o avião sai da rota e cai no Rio São Lourenço; ela e o  piloto escapam de dentro da aeronave mas, feridos, ambos provavelmente são comidos por piranhas e não tem seus corpos encontrados. Sua última aparição foi no sonho que Zé tem com ela, pedindo ajuda. O homem então parte para Cuiabá, perto de onde caiu o avião, para encomendar uma semana de missas pela alma da falecida esposa.

Se antes, Madeleine era uma chata, hoje, sendo insuportável porém digital influencer, ela conquistou vários fãs entre a também intragável geração Z, que se veem refletidos na vida falsa da personagem.


Irma vivida por Carolina Ferraz, Elaine Cristina, Malu Rodrigues e Camila Morgado

Irma, a irmã doce, meiga, tranquila e sensata de Madeleine, está um pouco mais - na minha opinião - venenosa e vazia no remake.
Apesar de ter uma vida pacata dentro de casa, saindo pouco, Irma não vivia a vida através das experiências da irmã. Ela tinha uma vida social, pequena, mas tinha. Ocupações e hobbies. No remake, sua vida gira em torno da vida de Madeleine. 

OK, que nas duas versões, a tia é a grande "facilitadora" das travessuras do Joventino: asa delta, karatê, inclusive participando de um campeonato depois de adulto (ou seja, ele terminou alguma coisa), e percebe-se que a tensão entre elas cresceu conforme Jove prefere a tia. Aquela amizade não existe mais entre ambas. 

Quando Irma vai visitar Zé Leôncio no Pantanal e se entrega a ele, as cenas são muito meigas, e ela em si também. Carolina Ferraz fez um trabalho magnífico interpretando a doce e meiga moça, que, no entanto, passa por cima da Filó e vai dormir com o Zé na cama dele - e então é quando a Filó percebe que eles dormiram juntos, pois a cama está arrumada. 

Em ambas as versões você percebe que a admiração dela é mais forte do que ela demonstra, mas na trama de 1990 ela não é tão direta quanto em 2022. 
Quando Irma vai ao pantanal, no remake, ela provoca Filó e bate de frente com a moça, que inclusive é bem mais agressiva e menos servil que na versão antiga - mas eu falo sobre isso em outro tópico.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Prós e contras do remake de Pantanal: personagens Quim e Tião

Meus Sais de Banho!!! Eu nem ia falar dessa dupla aqui, pois participaram por bem pouco tempo da novela. Praticamente só na primeira fase. Na segunda fase nem apareceram, só em suaves lembranças.

Mas a globosta no capítulo de ontem (16/05) fez uma bela homenagem aos 2 personagens, então eu acabei resolvendo colocar aqui.

Tião vivido por Marcos Caruso e Fábio Neppo
Quim e Tião eram os dois peões atrapalhados e folgados que viviam na fazenda do pantanal e que depois foram tomar conta da fazenda de MG.
Daqueles tipos de amigos inseparáveis, que vivem e morrem juntos.

Foi o que aconteceu na primeira versão: ambos estavam aposentados, mas foram mexer num trator, sofreram um acidente e morreram juntos. A notícia chega pelo rádio, todos lamentam, algumas imagens são mostradas em lembranças, e essa ponta solta se fecha.

Quim vivido por Ewerton de Castro e Chico Teixeira
No remake, Quim e Tião cumpriram o mesmo papel: peões da comitiva do Joventino, depois do Zé Leôncio e, por fim, administradores de uma fazenda de gado leiteiro em MG.

A diferença ficou que colocaram um violeiro no papel do Quim, filho do Renato Teixeira, e quem morre num acidente de trator é só o Tião, deixando o amigo desconsolado, tocando sua última moda de viola, pra morrer de tristeza horas depois.

A fazenda do pantanal recebe a notícia do falecimento do Tião e, no auge da tristeza, Zé está pensando numa maneira de trazer Quim embora com ele, para que o velhote não fique sozinho; Quim então aparece, idoso, numa última música de despedida, repetida ao mesmo tempo por Trindade na roda de viola e então chega a segunda notícia: Quim se vai, acompanhando seu amigo de toda uma vida. 

Foi uma adaptação muito bonita. Quim foi representado, em seus últimos instantes, por Renato Teixeira, pai de Chico. 
Nem preciso dizer que eu chorei né?


Renato Teixeira interpretando Quim na segunda fase

sábado, 14 de maio de 2022

Pantanal: duelo de viola entre Almir Sater e seu filho Gabriel

 No dia 9/5 o remake de Pantanal apresentou uma cena inesquecível: um duelo entre os violeiros Almir e Gabriel Sater, pai e filho.

Foram poucos minutos de uma "batalha" de viola que valeu a pena o capítulo inteiro.
No final, Almir ainda brinca: pode contratar esse "filhote de Cramulhão", que era como ele foi conhecido na novela Original da Rede Manchete!






segunda-feira, 9 de maio de 2022

Prós e contras do remake de pantanal: Almir Sater

 Almir Sater foi uma das revelações dessa novela.

Embora eu já conhecesse seu nome por causa de uma música sua usada na trilha sonora da novela global "Fera radical", os parcos recursos na época não me permitiam descobrir quase nada a respeito desse violeiro, e eu só voltei a ver seu nome quando ele apareceu em Pantanal mesmo.

Ivan de Almeida
Aparentemente ele fez pontas no cinema na década de 80, mas ficou mesmo conhecido em Pantanal, no personagem Xeréu Trindade, o peão que tinha um pacto com o diabo. 

De olhar sereno e voz baixa, Xeréu era um homem sombrio que dava arrepios quando falava as coisas que ele via, como se o diabo falasse por ele.
Embora não fosse um graaaande ator, fez tanto sucesso que foi chamado para fazer outras novelas, sendo ainda na Manchete, A História de Ana Raio e Zé Trovão, depois na Globo, O Rei do gado - junto com Sérgio Reis de novo - Bicho do Mato (Rede Record) e agora, tantos anos depois, no remake de Pantanal.

 O papel que ele está fazendo no remake existia, e foi feito por Ivan de Almeida: o chalaneiro, que trazia e levava as pessoas pelos rios do pantanal e se chamava Orlando. 

Almir Sater como Eugênio e Xeréu Trindade
 No remake, Orlando passou a se chamar Eugênio e é interpretado pelo ex cramulhão,  Almir Sater, que além de chalaneiro é violeiro e aparece bem mais na novela que seu antecessor. 

 Está mais velho - claro - usando óculos e mais parece um sábio da alma humana que um simples chalaneiro. 

O papel que foi seu na trama original, ficou com seu filho, e vou esperar um pouco para dar meu parecer, pois ele acabou de "entrar" na novela. 

Mas já adianto que ele é a cara do pai dele, e toca bem igual.




domingo, 8 de maio de 2022

Prós e contras do remake de Pantanal: personagem Levi

 Levi foi um personagem que teve vida curta na novela. 

Interpretado na primeira versão pelo nadador e ator Rômulo Arantes, Levi era um peão grosseiro, ignorante e assediador, já em 1990.

Rômulo Arantes
  Tem um breve caso com Maria Bruaca, mas morre de forma trágica por   causa de seu desejo insistente pela Muda.
 Levi fica perturbado, rapta Muda, vai até a tapera de Juma, que então atira   nele. Ferido e sem a mulher "amada", Levi vai até o barco para fugir mas   encontra Tibério e Xeréu. Tibério atira na perna de Levi, mas este cai no rio   e é comido por piranhas na margem mesmo. 

  No remake, Juma atira no peito de Levi, que, sangrando muito, vai até o barco e a cena se repete, porém dessa vez Tibério não atira: manda Xeréu ver se tudo está bem na tapera e persegue Levi de barco pelos rios, até que, tonto com a perda de sangue, Levi perde o controle do barco e este passa sobre um banco de areia, vira, Levi cai na água amaldiçoando Tibério, recusa ajuda dele e morre comido pelas piranhas. Uma cena ótima, diga-se de passagem, com muitas bolhas imitando as piranhas (na cena aérea dá pra ver o cano que leva as bolhas até o local da filmagem).
Levi vivido por Leandro Lima

  O personagem não era muito querido mas não deixou de ser importante na   trama, uma vez que, já na época, mostrava como um homem   abusador/tarado/maníaco pode atacar uma mulher. 

Eu citei ele mais por causa do Rômulo, que faleceu em 2000 de um acidente. Gostava MUITO dele, era um galã na minha época e fez várias novelas que eu assisti e adorei (Paraíso, Vereda Tropical, A Gata Comeu, Sassaricando, dentre outras) e acho que deviam ter chamado o filho dele para o papel assim como chamaram o filho do Almir Sater, como uma forma de homenagear o ator, maaassss nem tudo é como a gente quer.
De mais a mais, o ator escolhido é bom e está bem no papel. 





sábado, 7 de maio de 2022

Prós e contras do remake de Pantanal: personagem Tibério

 Tibério é o capataz, o administrador da propriedade pantaneira do José Leôncio. 

Homem já maduro e peão experimentado, foi vivido na primeira versão por Sérgio Reis e, na segunda, por Guito, um violeiro mineiro muito simpático que encaixou perfeitamente no papel.

Diria até que esse foi um dos maiores prós do remake e um contra da original, pois eu nunca gostei do Sério Reis como ator.

Tibério vivido por Guito e Sérgio Reis
Bom violeiro, mais novo do que Sérgio era, na época da primeira versão, com sorriso fácil e cativante, embora com cabelos meio espetados pro alto, o Tibério de Guito está de acordo com o papel. 

Sabemos que vai viver um romance com a Muda, e quando era o Sérgio Reis, eu tinha sempre a péssima impressão que ali era um caso de pedofilia, pois Sérgio, na época da novela, já tinha 50 anos e Guito tem 38. 
Andréa Richa, a primeira Muda, tinha 26 e a atual, Bella Campos, 24 anos. 

"Ainnn, mas elas são maiores de idade e não é pedofilia"; TÁÁÁÁ, mas eu sentia uma sensação ruim quando via o Sérgio Reis abraçando aquela menina, pronto.
Parecia mais o PAI dela que um suposto namorado, e acho que ele mesmo sentia isso, pois as cenas entre eles era sempre o mais recatada possível. Aliás, isso é mencionado várias vezes na novela, que Tibério está mais pra pai dela; ela mesma diz que se sente segura com ele, pois é como um pai.

Esse Tibério também não é nenhum garoto mas é mais novo e dá pra ver melhor uma cena de romance entre ele. 

Portanto, ver um Tibério de acordo com o papel foi uma grata surpresa que o remake nos trouxe.


sexta-feira, 6 de maio de 2022

Prós e contras do remake de Pantanal: a onça Mati

Na novela original, as imagens de onça limitavam-se a poucos closes de alguma filmagem que devem ter feito naquela época e alguns miados de algum felino selvagem, como um lince. A onça Marruá ficava miando do lado de fora da janela da Juma, tocando medo em todos que não fossem a própria menina. 

No remake, contrataram uma onça de verdade, domesticada, para fazer algumas cenas, e ficou muito bom. 

A onça em questão se chama Mati e tem uns 3 anos de idade. 

Resumindo, Mati era famosa no IOP (Instituto Onça Pintada) até o dia em que foi permutada para outro instituto - o NEX. 

"Permutada", pois esses institutos de conservação in situ fazem troca de animais, para que a espécie em questão não desapareça e tenha material genético para se trabalhar mais para frente, em caso de repovoamento. 

Então, quando alcançou uma determinada idade, o NEX precisava de uma onça  para reproduzir e o IOP tinha, e foi feita a permuta. O NEX mandou um macho melânico chamado Ogun e recebeu a Mati.
Acompanhamos o dia que a Mati foi embora, de coleira, numa caixa forte.

Mas como, de coleira?
Pois é. O Leandro, do IOP, acostuma a maioria de suas onças a andar com ele, soltas ou de coleira, para que eles tenham um manejo tranquilo, sem precisar colocar o animal para dormir, cada vez que precisa trocar de recinto ou fazer algum procedimento que necessite de contato direto. Obviamente algumas não tem jeito, como a Coragem, mas a maioria das oncinhas que nascem no instituto são bem manejadas com os cães e os humanos, para sofrerem o mínimo de stress possível. 

Quando a globolixo precisou de uma onça para fazer o papel de Maria Marruá, e demais cenas em que fosse necessário uma onça aparecer, deve ter procurado o NEX, que tinha então a Mati, que sempre foi uma onça fofa e relativamente mansa, e que anda de coleira.

Mas daí surgiu uma TRETA!!

Pois o NEX quando contou a história da Mati, disse que ELES A RESGATARAM ainda filhote na mata, o que é uma deslavada MENTIRA!!
Não deram os devidos créditos ao IOP do Leandro e da Anah, que fizeram todo um trabalho desde que a Mati era bebê, mesmo porque ela NÃO FOI RESGATADA, ela NASCEU EM CATIVEIRO NO IOP, tem até um irmão. 

Todos que acompanham o IOP no youtube, no face e no instagram conhecem as onças deles.
Provavelmente se você tem watts, já deve ter visto algum vídeo do Landro, mesmo sem saber quem ele é: um cão da raça australian cattle dog anda junto com uma onça preta e seguem brincando? É dele esse vídeo e é antigo. Onças nadando em uma piscina? É dele esse vídeo. Joga na busca do youtube "australian e onça" e vai jorrar vídeos do IOP. 

Tudo bem o NEX usar a Mati, ela é deles agora, mas negar a verdadeira história da oncinha e não dar o devido crédito aos verdadeiros "amansadores de onça", é mau caratismo.

Em tempo, embora o trabalho do NEX seja admirável, eu nunca gostei deles, por causa da postura vitimista e distribuidora de "culpas".
Leandro é um cara que faz seu trabalho e segue em frente, NEX faz seu trabalho mas curte distribuir culpas e fomentar o ódio. 

Enfim, da próxima vez que vocês verem uma onça em Pantanal, lembrem-se que ela chama Mati e nasceu em cativeiro, foi mimada e bem cuidada a vida toda.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Prós e contras do remake de Pantanal: a direção

 Acredito, depois de assistir o começo de ambas as novelas, que o que mais está sendo complicado de entender nesse remake é a direção. 

A Pantanal original era lírica, poética e sublime. Por causa das paisagens, das INÚMERAS paisagens, e das lembranças que a todo momento reaparecem, tinha um tom meio arrastado, mas nada que tenha comprometido a novela.
Tínhamos um elenco alegre, que vivia a trama. Feliz e triste dependendo do momento. Cláudio Marzo soube dar uma continuidade à simpatia do Zé Leôncio de Paulo Gorgulho.

Jussara Freire vivia com um sorriso no rosto, Guta era abusada, mas sabia ser humilde quando necessário e os atores entraram na rotina da fazenda, como se nota na evolução dos capítulos. 

O sotaque caipirês era muitíssimo usado, as boiadas eram levadas pra cima e pra baixo por dentro da água, como deve ser num local como o pantanal.

O remake anda a passo depressivo, além de ter sido feito 70% em estúdio, o que não aconteceu na primeira versão. Muitas das conversas entre Joventino e o pai que eram ao ar livre, no remake são dentro "de casa".
Zé Leôncio vive com a cara fechada, dolorosamente fechada, inclusive na primeira fase.
Todos ali aparentemente estão SOFRENDO. 
A Filó de Dira Paes é apagada, o Zé Leôncio de Marcos Palmeira é agressivo, o Jove de Jesuíta Barbosa é chorão e reclamão e a Muda está sempre de cara fechada; Maria Bruaca com medo, onde a outra era apagada, porém não medrosa e um véio do Rio sempre de mal humor onde no outro existia uma sabedoria calma e tranquila. Osmar Prado dá lição de moral, Cláudio Marzo ensinava. 
Todos ali são agressivos e raivosos; onde antes existia conversa, hoje jorram gritos e acusações, mesmo sem necessidade. Onde antes existia entendimento e conversa, hoje tem opinião, crença limitante, ressignificação. Espera-se que os velhos mudem para que os jovens se sintam confortáveis. Não tem respeito, ninguém ali se respeita.

As melhores interpretações ali são do ator que faz Tibério, do Tadeu e da Juma. Quase não mudaram o tom desses personagens, aliás eu acho inclusive que o Tibério está MELHOR, pois o Sérgio Reis não é um bom ator, era forçado. 

A cena em que Juma arranca a orelha de um caçador com os dentes é bem mais forte na original. Talvez essa novela atual seja tão fraca por causa da geração floco de neve que não suporta violência. Posteriormente, comentando o caso, os peões da fazenda falam que "tem que ser muito macho" pra chegar perto de Juma e que ela "não gosta de homem".
Na trama original, Joventino se cala e reflete aquelas palavras; o Jove do remake fica todo ofendido, e diz que macheza não se mede, que ela não é mulher homem, num mimimi ridículo que teve com uma falta de interpretação imensa.

No mais, os diálogos do remake, algumas cenas, 90% praticamente está quase idêntico ao original; mas sabe-se que terá mudanças, afinal é uma adaptação, não o original. 

Prós e Contras do remake de pantanal: personagem Gustavo

Gustavo, o psicólogo de gostos refinados e educação impecável, eterno apaixonado por Madeleine, foi vivido na primeira versão pelo - já na época - veterano José de Abreu, quando ele era APENAS UM ATOR, e não um militante lixo do PT.

O remake dá mais destaque ao personagem, porém ele é, em ambas as versões, o estopim da separação definitiva entre o casal protagonista: é ele que, incentivado pelas cartas e pelas "indiretas" de Madeleine, vai até o pantanal vê-la e é convencido a trazê-la de volta ao RJ.

Na primeira versão, ele o faz por conta própria, vai visitá-la e ela o convence a levá-la embora. Não existe beijo, não existe nada, apenas duas pessoas que um dia já se envolveram e hoje mantém respeito e amizade. 

Gustavo, interpretado por José de Abreu, Gabriel Stauffer e Caco Ciocler
Já no remake, Gustavo é manipulado por Mariana, e vai atrás de Madeleine. Chegando à fazenda ele, louco de desejo, a agarra, beija, declara amor e a convence a ir embora. 

Ao chegar no Rio de Janeiro, entretanto, Mariana toma as rédeas da situação e "toca" Gustavo da casa, sabendo que José Leôncio virá atrás da esposa e do filho, e acha melhor que ele não esteja envolvido com a família quando isso acontecer.

Na segunda fase do remake, um já maduro e simpático Gustavo reencontra Madeleine, volta a se envolver com ela e percebe que os problemas que os separaram a tantos anos não foram solucionados. 

O Gustavo "original" mantém um caso com Madeleine através dos anos. Tanto que no capítulo que mostra a morte de Antero, Jove fala ao avô estar chateado pois ele detesta o Gustavo, que foi buscar sua mãe para jantar.

No remake, Gustavo volta para tratar Jove em sua depressão e se envolve de novo com a Madeleine, suportando as mudanças de humor da mulher, sabe-se lá Deus como. 

Caio Ciocler está perfeito no papel, porém como costuma acontecer com pessoas muito doces e meigas, não tem voz ativa para se "livrar" de Madeleine, que o usa para incrementar suas redes sociais no papel de pseudo namorado. 

terça-feira, 3 de maio de 2022

Prós e Contras do remake de Pantanal: personagens Maria Marruá e Gil

O casal de histórico mais trágico da novela chega ao Pantanal fugido, para tentar vida nova. 
Tendo deixado 3 filhos enterrados para trás, pela primeira vez eu farei um "contra" para a versão original: a Maria de Kássia Kiss parece ser nova e bonita demais para o papel. Não existe sofrimento em seu rosto. Ah, sim, ela imprimiu esse sofrimento na interpretação, que é fantástica, mas aos 32 anos quando fez a novela, Kássia parece mais uma menina. Tanto que na segunda fase, apenas fizeram umas mechas brancas e colocaram umas rugas. E só! 
Maria Marruá aparece sempre bela e plena tanto na versão original quanto na moderna. 


Maria Marruá vivida por Kássia Kiss e Juliana Paes
A Maria Marruá de Juliana Paes está estupenda. Envelhecida, sofrida. Uma autêntica bóia fria que sabe que vai perder sua família se entrar no combate armado pelas terras. Uma mulher que, percebe-se, já cansou da vida. 
As "falhas" que eu vi, embora não sejam falhas, foi só meu gosto pessoal mesmo, foram da direção, como seus olhos ficando amarelos quando ela "vira onça". Não gostei disso, mas é meu gosto pessoal. 
Ou quando ela abandona a Juma e de arrepende, na primeira versão ela simplesmente se arrepende, não tem cobra nenhuma tentando comer a criança. 

Chamaremos isso de "licença poética" vai; assim como o nome da criança, no remake já sai automaticamente de seus lábios. Enfim, são coisas que eu achei bestas na trama. Nesse ponto a original ficou mais natural, não tão forçado.

No remake ninguém ali mergulha, no original a gente vê que fizeram a Kássia agachar e dar a impressão que estava nadando, ela demora pra recuperar o fôlego. 
No remake todos correm dentro d´água. Filmaram numa época de seca então nem a boiada passa dentro da água, que dirá os atores. 

Gil vivido por José Dumond e Enrique Diaz
Outro ponto para o remake, o Gil de Enrique Diaz é muito bom. O original também era, afinal José Dumond é um monstro da interpretação, mas EU - e novamente aqui estou analisando pelo meu ponto de vista e gosto estético - achava ele feio demais, gente do céu. 

Mas sem dúvida ambas as versões desse núcleo (que eu chamo de núcleo do Sarandi) ficaram excelentes. 

Enrique Diaz como Gil e Chico

 Uma curiosidade, Enrique Diaz foi o filho do Gil e da Maria na   primeira versão. 

 Chico, no remake, foi vivido pelo ator Túlio Starling, numa ótima   performance. 

Túlio Starling como Chico












domingo, 1 de maio de 2022

Prós e Contras do Remake de Pantanal: personagens, Mariana e Antero

 Mariana e Antero Novaes da primeira novela e do remake são ligeiramente diferentes, em caráter e disposição.

Antero vivido por Sérgio Britto e Leopoldo Pacheco
Ambos os Anteros são jogadores inveterados, calmos, sensatos e coerentes, eternos "patos"; no entanto nota-se que o primeiro é mais sério, o segundo mais boêmio. Embora ainda exista amor entre ele e Mariana, percebe-se o desgaste provocado pelas perdas no jogo. 
Mariana um dia intervém e corta as "asas" de Antero, negando-se a pagar os "vales" que ele faz quando joga; isso o deixa desmoralizado e ele, então, para de frequentar as mesas de poker. 
Limita-se a jogar em casa com seu neto e tem um ataque cardíaco quando, enfim, vence um jogo com um royal straight flush. 
Antero fica emocionado, surpreso e revela a ambição de toda uma vida de jogador: ver em mãos essa jogada; "Nem Deus pode com um royal straight flush..." E, já nos estertores da morte, fala à Jove que estão blefando para ele sobre seu pai e é quando ele vai até sua tia que confirma que seu pai está vivo.

O Antero do remake, como ele mesmo diz, nunca parou de jogar. Continua chegando de madrugada, bêbado e alegre, e em sua noite derradeira, tira Mariana para dançar. 
Morre no dia seguinte da mesma forma que na versão original, com a diferença que ele só fala que estão blefando para o neto, sem esclarecer sobre o quê.
Jove cresce, no remake, sem saber da mentira sobre seu pai. 


Mariana vivida por Nathália Timberg e Selma Egrei
Já Mariana é bem diferente em ambas as versões. 
A primeira era mais sincera e, embora achasse Zé Leôncio um homem ignorante, não falava mal dele nem o desrespeitava.
Várias cenas em que ela aparece cuidando dos negócios da família, inclusive debatendo com o marido sobre a "venda da tecelagem" e as várias formas de aplicar seus ganhos, ela demonstra preocupação mas não uma ambição desmedida. 
Em nenhum momento ela fala que precisam do dinheiro do Zé. Uma das vezes inclusive ela fala claramente para Irma que a pensão do Joventino fica em uma aplicação separada em nome dele, para seu uso. 
Na novela de 1990, o período conturbado da nossa economia (entrada do então presidente Collor, mudança de moeda e bloqueio de poupanças e demais valores em contas bancárias) faz com que Mariana lance mão de outros subterfúgios, como dólares, para sobreviver. 

A Mariana do remake tem garras longas. É manipuladora, maldosa, gananciosa e aparentemente sem um pingo de respeito pelos sentimentos alheios, sejam filhas, marido ou neto; vide sua manipulação para que Madeleine não pedisse o divórcio para Zé Leôncio e continuasse a receber a gorda pensão mensal que fazia com que todos sobrevivessem, ou para que Gustavo fosse buscar sua filha no pantanal;

Na segunda fase é muito claro que eles vivem do dinheiro que o fazendeiro envia - e que hoje percebemos que deveria ser uma enorme quantia, para sustentar tantas pessoas improdutivas e uma casa tão grande. 
Quando Madeleine decide ir ao pantanal atrás de Zé e de Jove, Mariana fala: vá atrás dos NOSSOS direitos. 

Mariana Novaes do remake na primeira fase é uma esnobe, que gaba-se a todo momento de "ser uma Novaes", porém em um dos episódios o marido a desbanca: "nosso nome hoje não vale mais nada". 

Quando a boca finalmente aperta, a matriarca decide que todos ali devem, de alguma forma, "trabalhar", mesmo sem nunca ter feito nada. 

Com a morte de Madeleine, ela manda todos embora e chama Zaquieu de volta, chorosa, arrependida e humilde: uma redenção tardia, para que ela possa se juntar novamente ao elenco e ir viver na fazenda do pantanal; o problema é que ela simplesmente NÃO CONSEGUE!

Mariana Novaes quer a todo custo que Zé Leôncio proíba o relacionamento de Juma e Jove. Acha um absurdo o Joventino querer morar na tapera e embora isso também exista na novela antiga, a antiga mariana é mais maleável.

Mariana Selma também é constantemente crítica, inclusive da vida da pobre Irma, que enfim resolveu dar seus primeiros voos em direção ao trindade - um passo tão importante para que ela supere o Zé Leôncio. 
A mulher critica tudo, com ou sem razão de ser, tornando a personagem insuportável e mostrando afinal, porque a filha Madeleine era tão insuportável.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...