domingo, 10 de janeiro de 2016

O que dizer deste ano que começou tão funesto? Não tenho palavras.
Choro como se tivesse perdido um parente querido... Mas era alguém que eu só conhecia através da música.
Jared se foi. Voltou ao reino dos duendes.

Absolute Beginners
David Bowie

I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane

As long as we're together
The rest can go to Hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same

If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films

There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake

As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners

But if my love is your love
We're certain to succeed

If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films

There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

sábado, 9 de janeiro de 2016

Uma das piores coisas da morte é lidar com o que fica de quem se foi: roupas, bens pessoais, documentos, livros, cd's, etc.

Até a pasta de músicas no PC eu tentei, mas não consigo mexer... Gonzaguinha, Noel Rosa, Chico Buarque, Frank Sinatra, Beatles, Nara leão, Gal Costa, Ray Connif, Simone, Nico Fidenco, Pepino di Capri, Tom Jobim, Os Cariocas, Elis Regina, Connie Francis...

O problema não são as músicas em si, são as lembranças... Ela vinha da cozinha, de repente, "Tê, procura pra mim aí Noel Rosa, vê o que você acha dele", e eu ia garimpar, porque AI se não achasse, "mas dizem que existe de tudo na internet, como você não encontra Nico Fidenco?"

A última que eu achei foi a discografia completa do Gonzaguinha, nem cheguei a abrir do .rar, não deu tempo. Estão aqui, fechadas.

Quando ela ficou de cama eu ia no hospital com algumas músicas que ela gostava no celular, colocava no ouvido dela, mesmo em coma, e cantava junto, ela sempre gostou de me ouvir cantar, mesmo depois que eu meio que perdi a voz... Sempre gostou de me colocar nos karaokês da vida e escolhia a música, "Tê, canta essa", e lá ia eu, sem saber a letra...

"Procura Cirandeiro aí, pode ser com a Maria Bethânia mesmo, seu pai gostava dessa música".
"Acha A Banda do Chico", e aí me contava do festival que ela e meu pai foram, e A Banda ganhou, junto com Disparada, "aliás acha disparada aí, vai", e assim ela ia me contando, um pouco de cada vez...

Sua vida foi rica em fatos, que eu me arrependo de nunca ter tentado transcrever... Os anos em que morou na Alemanha, sua juventude, as histórias mirabolantes de sua fuga do Brasil... Tudo isso se perdeu com sua morte...

domingo, 3 de janeiro de 2016

Não tenho vontade de nada.

Pra mim, foi só mais um ano péssimo que se foi e outro pior que está entrando.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...