quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje fez uma semana que a Meyre está na UTI.
Parece que faz um mês.
Saiu a transferência dela pra UTI da Santa Casa.
Não sei o que escrever.
Só sei que ela faz muita muita falta.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma bruxa muito ruim parece estar solta por aí.
Hoje o tio do Fabio, o Valdir, matou um cara.

Foi uma história comprida, o cara bateu na amigada dele e ele foi lá e se vingou.
Está escondido, acho, até dar o tempo do flagrante.

Que FODA.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Recebi agora pouco. Achei tão belo que quis postar:

Maetê,
falei da Meire para um amigo que gosta muito dela. E ele me respondeu abaixo. Como a gente, ele ta torcendo.
bjs
Telma

Jayme escreveu: "Meire, claro... Quando fui montar a peça "Os Orfãos de Jânio" ela me passou muitas informações sobre a ditadura. Ela foi uma grande revolucionária, ao lado do marido Màrcio. O exílio... Guardo aquela noite como uma viagem no tempo... Ela me mostrou um Brasil que eu não conhecia. O Brasil das torturas. E sempre guardando dentro de si a tristeza por tudo que a Cleide passou, por ela. Acho que essa tortura foi a mais nefasta e que nunca cicatrizou... Tenho certeza que Ruth, Cleide e Micenas estão olhando por ela. Se um dia eu subi num palanque, ao lado de Beth Mendes, Lula, Suplicy, gritando por Diretas Já, foi a partir da consciência que sua tia me passou. Vamos orar."


Essa é ela.
Valeu jayme, pelas palavras.
Ontem minha mãe passou a manhã toda com a nenê. De tarde, depois do almoço, teve uma crise de dor de cabeça.
Levamos as pressas pra Unimed - não consegui levar pro PS municipal - e ela teve um AVC.

Pressão alta, fez estourar aquele aneurisma de família que ela tem.
O prognóstico não é nada bom.

Eu não estava preparada psicologicamente pra isso.
Estou perdida sem ela aqui. Não sei o que fazer.

domingo, 15 de maio de 2011

Ainda na Santa Casa, esperando meu médico me dar alta pra voltar pra casa com a Anna Carolina, teve uma mini palestra de uma enfermeira sobre amamentação.

Foram informações valiosas sobre como, porque e quando amamentar seu filho.
Os porquês do aleitamento materno, a não suplementação com leite em pó, enfim, tudo que uma mãe de primeira viagem precisa saber.

Tudo? Não, tudo não, quase tudo.

Convenientemente, talvez porque estejam lidando justamente com mães de primeira viagem, fazem uma campanha - que eu batizei de terrorismo pró teta - de amamentação radical, como se só dando o peito seu filho vira um super homem.
Usando as palavras da enfermeira, se minha filha não mamar no seio, ela não vai ser bonita, inteligente ou saudável.

A imagem mental que eu fiz, naquela hora, foi de uma criança fraca, doentia e com cara de peixe... Pode ter certeza, isso impressiona qualquer uma.
Depois dessas informações, eu saí da Santa Casa imbuída de bons e maternos sentimentos, bem do tipo "vou criar minha filha da melhor forma possível, dar leite materno até 1 ano ou 2 se for preciso, ela vai ser bonita, inteligente e saudável", e tudo estaria muito bem, obrigada, SE EU TIVESSE LEITE SUFICIENTE.

O seio que saiu mais leite não formou bico e o seio que formou um bico não produzia leite suficiente pra manter vivo um rato. Nos 3 dias de Santa Casa eu não reparei nisso muito bem, a nenê mamou no peito, mas ela fazia uma puta força e saía chorando do quarto. Achei que fosse normal, até chegar em casa.
Eu tentei, tentei, e uma hora, cansada de chupar e não sair nada, a nenê deu uma... eu ia dizer "mordida", mas acho que "gengivada" cabe melhor aqui... tão forte e puxou com raiva mesmo, que eu cheguei a ver estrelas em pleno dia...

Aí, minha estabilidade emocional, que já andava meio abalada no último mês por causa do inchaço dos pés e da pressão que subiu de forma assustadora, foi pro saco. Aliado ao fato de não ter muito jeito com crianças, não saber segurar direito, não saber "ninar", não ter paciência, nunca ter sido maternal, enfim... Tudo isso juntou com o fato de eu NÃO TER leite suficiente e foi me dando um sentimento de incapacidade, que poderia ter virado uma bela depressão pós parto.

Tive uma senhora crise de choro, devo ter chorado 1 hora sem parar, não queria segurar a nenê porque me achava incapaz, tirei a correntinha com o pingente de menininha do pescoço porque achava que não merecia, afinal eu não ia conseguir ser "mãe" de ninguém... Fora isso, o pensamento de "Meu Deus, essa menina não vai gostar de mim porque eu vou ser uma péssima mãe".

A única coisa que eu via na frente era a cara da enfermeira falando que minha filha ia ser fraca, doente e burra porque EU NÃO TINHA LEITE suficiente pra ela. E o choro aumentava e eu me sentia um nada.
Essa criança chorando de fome mesmo depois de chupar o peito que nem uma doida, eu pedi uma lata de Nan, fizemos uma chuquinha, demos e... Anna Carolina dormiu o sono dos inocentes.

E todos os dias eu me sentava no sofá e ficava lá com a bombinha puxando todo o leite que eu conseguisse. Um dia eu consegui "ordenhar" a fabulosa quantidade de 50 ml, uau!!
Fui na chuquinha da Anna, toda orgulhosa e coloquei o leite lá e... ela tomou tão rápido que nem deu tempo de apreciar meus nobres esforços.
Aliás eu nunca mais consegui tirar essa quantia, depois disso meu leite foi minguando e secou.

E aí batia o remorso, porque "eu deveria ter me esforçado mais"... O que me fez melhorar foi conversar com outras mães, amigas minhas, que tiveram problemas similares e complementaram o aleitamento com Nan também.
Afinal, não é possível só eu passar por isso!

Resolvi fazer algumas pesquisas na internet e troquei o bico da chuquinha da Anna, que é pra ela sugar com força o leite e exercitar os músculos da face (ficar bonita tal como disse a enfermeira) e não ter problemas de engasgo.
Mais um pouco de conversa e pesquisa me fizeram arrumar uma lata de leite Nan Confort (na verdade é Nan Confor, mas todo mundo escreve com um T mudo no final... rsss) pra não dar prisão de ventre no bebê.
Não que a Anna tenha problema de gases, ela solta tantos puns que chega a impressionar, mas o cocô dela começou a sair mais duro que o normal e eu resolvi procurar sobre a mistura de Nan Pro 1 e Nan Confort.

E encontrei um post num blog chamado "Licença Maternidade" que lavou minha alma. Tão importante quanto o post, foram os comentários de N mães que passaram e passam pelo mesmo problema.

Outra coisa que eu lembrei, quantas crianças que foram abandonadas ao nascer que não tiveram oportunidade de mamar no peito e estão aí, fortes e sadias?
Por tudo isso, eu repensei meus conceitos, meio que sarei do meu complexo de incapacidade e hoje uso o Nan sem problemas...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Compartilhando um "momento mãe":

Cantarolar "tears of the Dragon" não faz o bebê dormir.

Anninha gostou mais de "Blaze of Glory" e "Miracle" do Bon Jovi, ainda que eu tenha repetido o refrão N vezes...

domingo, 1 de maio de 2011

Hoje, dia do trabalho, o primeiro post vai ser pra noticiar a morte da Kathe, nessa madrugada. Além de idosa, ela estava com um tumor na mama que foi aumentando bastante nos últimos dias.

Bom...
Dia 26/04 na Santa Casa foi assim... Sem palavras ainda.
E sem palavras pra descrever tudo que passa pela cabeça da gente nessa hora.

Tenho que organizar os pensamentos e escrever.
Mas por enquanto, compartilho 2 fotos da Anna Carolina. As que saíram no site da Santa Casa.






Aqui nessas fgotos não dá pra ver direito, mas ela saiu a cara do Fabio.

Embora, de vez em quando, enquanto os olhos dela ainda são clarinhos, naquele tom de azul dos recém nascidos, e ela fica assim, meio pensativa, naquele momento entre o arroto e o sono, banguelinha, eu vejo o rosto da Mafalda.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...