terça-feira, 28 de abril de 2009

Fumar um cigarro de maconha equivale a um maço de cigarros de tabaco em termos de risco de câncer de pulmão, disseram cientistas da Nova Zelândia, alertando para uma "epidemia" de câncer de pulmão associada à maconha.
Estudos já haviam demonstrado que a maconha causa câncer, mas poucos estabeleceram um vínculo forte entre o uso da droga e o real incidência do câncer de pulmão.

Em artigo publicado na revista European Respiratory Journal, os cientistas disseram que a maconha lesa mais as vias aéreas porque sua fumaça contém o dobro de substâncias cancerígenas, como os hidrocarbonetos poliaromáticos, em relação aos cigarros de tabaco.

Também a forma de consumo aumenta o risco, já que os "baseados" são normalmente fumados sem um filtro adequado e até a ponta, o que aumenta a quantidade de fumaça inalada. O fumante de maconha traga mais longa e profundamente, o que facilita o depósito das substâncias cancerígenas nas vias aéreas.

"Os fumantes de maconha terminam com cinco vezes mais monóxido de carbono na corrente sanguínea do que os tabagistas", disse por telefone o coordenador do estudo, Richard Beasley, do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia.

"Há concentrações mais altas de substâncias cancerígenas na fumaça de maconha. O que nos intriga é que haja tão pouco trabalho feito a respeito da maconha e tanto trabalho sobre o tabaco."

Os pesquisadores entrevistaram 79 pacientes de câncer de pulmão, na tentativa de identificar os principais fatores contribuintes, como tabagismo, histórico familiar e ocupação. Os pacientes responderam sobre o consumo de álcool e maconha.

Neste grupo de alta exposição, o risco de câncer de pulmão cresceu 5,7 vezes para pacientes que fumaram mais de um "baseado" por dia durante dez anos, ou dois "baseados" por dia durante 5 anos - isso já levando em conta outras variáveis, como o tabagismo.

"Embora nosso estudo abranja um grupo relativamente pequeno, mostra claramente que o consumo de maconha por longo prazo aumenta o risco de câncer de pulmão", escreveu Beaseley.

"O uso da maconha já pode ser responsável por um em cada 20 casos de câncer de pulmão diagnosticados na Nova Zelândia", acrescentou ele.

"No futuro próximo, podemos ver uma 'epidemia' de câncer de pulmão ligado a esta nova substancia cancerígena. E o risco futuro provavelmente se aplica a muitos outros países, onde o crescente uso da maconha entre os jovens adultos e adolescentes está se tornando um grave problema de saúde pública."


Depois eu posto a fonte...
Mas quem me conhece sabe: drogado pra mim não vale o que come.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Há uma estrada de pedra que passa na fazenda.
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções.
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações.


Essa estrofe é perfeita, a hora que eu a ouvi veio aquele turbilhão de memórias misturadas com saudades.

Pois realmente tem uma estrada de pedra que passa na fazenda, onde nasceram minhas canções. Lá era minha vida, meu destino, minha senda, lá minha história ficou escrita e, de lá, vem minhas melhores lembranças, por isso é um lugar que eu nunca vou esquecer...

Tem lugares que nunca são esquecidos, por mais que o tempo passe.
Jeito De Mato
(Paula Fernandes e Almir Sater)

De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deita.
Do regalo de terra que teu dorso ajeita.
E dorme serena, no sereno e sonha.

De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita.
Do mato, do medo, da perda tristonha.
Mas, que o sol resgata, arde e deleita.

Há uma estrada de pedra que passa na fazenda.
É teu destino, é tua senda.
onde nascem tuas canções.
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações.

Sim, dos teus pés na terra nascem flores.
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar.

Sim, dos teus olhos saem cachoeiras.
Sete lagoas, mel e brincadeiras.
Espumas, ondas, águas do teu mar...

Música tema da Santinha e do Zeca, da novela Global Paraíso.
Linda, linda demais.
Eu recomendo...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O fato é que eu estou uns dias sem internet em casa.

Grrraaannndeeee coisa, já que minha Claro 3G não passa de uma grande merda. Dizem que é o sinal em casa, que no centro da cidade aquele modem funciona que é uma beleza, MAS não muda o fato que eu NÃO MORO no centro da cidade, moro aqui perto do Forum e, aqui, essa merda não funciona direito.

Acho que nem discada é tão ruim...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Então...

Um dia isso ia acontecer, pois sempre acaba acontecendo.

Mas o fato é que eu traí.

Traí o Mel Gibson, troquei-o definitivamente pelo Hugh Jackman.

sábado, 4 de abril de 2009

Pois é. Quem leu minha crônica "O Porre" poderá agora comparar com o tipo de conto que o Augusto escreve, pois vou postar abaixo um dos que eu mais gosto.

O contexto foi o seguinte: em sala de aula, na faculdade, recebemos a tarefa de escrever um conto em cima de alguns dados.

O sequestro de um garoto, um bilhete com pedido de resgate, 2 personagens secundário, sendo um ex policial e uma vidente.

Quando o Augusto começou a ler a minha narrativa, logo nas primeiras linhas ele disse: "os 2 se casam no final?". Grrrr...

O conto do Augusto ficou simplesmente ótimo, com um gostinho de "quero mais".

Apreciem:

"Amadores

- Ei... Peraí.
- Cala a boca, porra!
- Me solta – tentei reagir, mas enfiaram aquele saco fedido na minha cabeça, levei um cascudo e amuei, quietinho, sem dizer palavra.

Era uma mulher e um homem, não que tenha visto algo, foi tão rápido, senti os peitos fofos dela no rosto quando me pegaram. E depois ela falando, falando – e como falava o diabo da mulher... – o sujeito só respondia com um “huumm” ou outro de vez em quando. Cheiro de fumaça de cigarro vagabundo. Os pneus devorando asfalto. Minha cara enfiada no estofamento do banco de trás do carro por um tempo que me pareceu uma eternidade.

De que me adiantava ali ter aprendido tocar piano com cinco, ter descoberto Nietzsche numa das prateleiras de baixo da biblioteca do vovô com seis e, com sete já estar vencendo o velho, que havia sido campeão estadual de xadrez, um dos dez mais da liga brasileira, em partidas que não excediam meia hora? De que adiantava estudar agora naquele colégio de frescos? Garotos especiais, bah, uma piada; punheteirinhos pedantes, todos nós, isso sim, dominando álgebras e línguas, mas sem coragem para chegar na filha da vizinha, bolinar a empregada, esfolar um gato, roubar duas latas de cerveja da geladeira e fazer uma festa, sei lá, fazer uma dessas coisas que devem ser importantes de se fazer antes que venha a velha ceifeira com a foice enferrujada dela e, zás: adeus mundo cruel(...).

- Greison?
- Que vaca!, não fala meu nome – retrucou o homem ao volante, talvez cansado só dos “huns” dele; há muito estávamos rodando sem chegar a lugar algum, e a mulher, meu Deus, falando.
- Esqueci.
- Vê se não esquece mais, entendeu? Já me chamou de Doris, de Silva, de Greison; “Greison” ainda por cima, não Gleison, daqui a pouco vai dar o número da minha identidade e endereço, e eu vou ter que apagar o moleque adiantado.
Como se o camarada fosse um poço de inteligência... Socorro! Como se também não houvesse entregado o serviço. Ela dizendo que o ladrãozinho que o Silva matou o acompanhava sempre, que podia vê-lo, que estava ali, no carro, todo ensangüentado, que aquilo era mau sinal; e ele:

- Deixa de ser maluca, Zora, esse negócio seu aí de vidente não cola, se colasse cê não taria com esse calão no umbigo de encostar no balcão da banca pra ganhar a miséria que ganha, acertava os números da loteria. Além do mais eu era da polícia na época, tava a trabalho.
- Mas eu tô vendo, olha ali, ó, no banco de trás, nos pés do garoto.
- Huumm.

Puta-que-pariu, se quer saber, é numa hora dessas que quem tem cu tem medo até de ter medo. Não me mexi. Continuei me fingindo de morto; mas apesar do fedor do maldito saco, do galo latejando na moleira e da claustrofobia, aquele grilo não deixava de cricrilar dentro da minha cabeça, estabelecendo conexões. Um animal intelectual, isso é o que eu era, e não podia me furtar dessa sina.

"Seu filho está em nosso poder – dizia o bilhete de resgate que ela leu uma vez em voz alta, pra conferir, e eu já decorei. Se quiser o menino de volta siga as instruções e ponha 500 mil dólares numa mala preta e deixe atrás de banca de jornal da estação de trem às 10H50. Pegue o trem das 11H. Se ficar alguém vigiando a mala, o menino morre!".
Podia visualizar a mala, o dinheiro, as manchetes nas páginas policiais: “Seqüestrado P.C. Junior, de doze anos, filho prodígio do empresário...”; podia visualizar a cena toda, menos meu pai andando de trem metido num daqueles ternos engomadinhos dele, com gravata, colete e tudo. Também o português com que havia sido escrito o bilhete era surpreendente para o casal, o que deixava claro o envolvimento de uma terceira pessoa – cricrilava o grilo –, e a língua presa da mulher na hora do “Greison”, aquele negócio de calo no umbigo de trabalhar por merrecas numa banca... Dona Fátima, ou melhor, Fátima Zoraide, a jornaleira viciada em chocolate da esquina do colégio; quem mais? Quantas vezes não comprei revista ali? Era viver para contar. Mas com aqueles dois já seria sorte se encontrassem o caminho que levava cativeiro.

- Vira à direita na próxima.
- Não gosto de palpite quando tô dirigindo.
- Já é a terceira vez que a gente passa por essa porteira azul.
- Huumm.
- Vira!, pô, tá surdo.
Amadores...

Escrito por Augusto Firorin e postado em 18/10/2004 no blog Birigui Blues.

http://biriguiblues.zip.net/arch2004-10-01_2004-10-31.html"
O porre - este abençoado!!

Porre - sm. Bras. Pop. V. bebedeira (1).


Assim está no Aurélio, aquele dicionário que todos nós um dia já abrimos. Porre é bebedeira. Mas só? Só isso? Não, porre é muito mais que uma simples bebedeira. Porre é a supra bebedeira, a rainha das bebedeiras!

Pra que serve o porre? Desanuviar a cabeça, desopilar o fígado (afinal, é sabido que o riso desopila qualquer merda, e quando a gente bebe, ri que nem idiota. O fato da bebida acabar com o fígado a longo prazo é irrelevante), chamar Jesus de Genésio e urubu de meu loiro.


No porre o ogro vira fauno e a medusa vira ninfa. Você olha aquele monumento na sua frente dando sopa, agarra e arrasta (ou pelo menos tenta). Afinal, o que pode acontecer a dois elfos apaixonados numa noite de amor e bebedeira? Bom...

Você pode descobrir ao colocar a mão dentro da calcinha da ninfa que ela na verdade é ele. Aí a bebedeira passa, porque o susto é grande. Mas se você for adepto do vale-tudo, nem vai ligar. O fauno maravilhoso pode ficar inconvenientemente mole na sua mão, se ele também estiver de porre. Ou pode ficar maravilhosamente duracel - a pilha que dura, dura, dura e não pára!! Pode dormir depois de uns amassos, e enfurecer a pessoa ao lado. Ao acordar, se ainda tiver alguém ali, você pode rapidamente avaliar os danos sofridos ou evitados: o ogro volta a ser ogro, a medusa volta a ter serpentes na cabeça. Nesse ponto começam as promessas: Juro que nunca mais bebo na vida!. Mentira, claro.

O porre serve ainda pra chorar as mágoas pela dor de cotovelo, sem sentir culpa nem vergonha. Afinal, quando estamos de porre, perdemos a noção do que estamos fazendo e não podemos ser responsabilizados por nossos atos. Você excomunga a(o) infeliz que te desprezou e jura vingança. Ta certo que depois você nem vai lembrar de nada e aí recomeça a ladainha.

Pior mesmo é quando, além de beber, você da esporro em amigos que não tem nada a ver com o angu. Peça desculpas no dia seguinte, seu amigo vai entender. Embora ao mesmo tempo ele vá lhe contar, só de sacanagem, o que você aprontou e não se lembra (e talvez aumente um pouco a dose, ou pelo menos, é isso que você vai pensar, nunca lhe ocorrendo que ele pode estar sendo sincero).

No porre também você xinga de VACA aquela amiga que cantou (e ganhou) o cara que você disse a ela que estava a fim, chama de escroto o amigo que consolou a sua ex e hoje está namorando com ela (provavelmente foi ele que entregou você). Fala e faz coisas que nunca teria coragem de fazer sóbrio.

Agora você se pergunta: mas porre é só coisa ruim? Hehehe, claro que não, deixamos a parte boa pro fim...
Lindas poesias são criadas em estado de porre. O medo desaparece e a caneta corre solta no guardanapo do boteco, vindo na cabeça, não saindo de dentro dela até ser toda colocada no papel. O choro (indispensável no porre feminino) alivia o âmago do ser, libera em formato aquoso sentimentos represados por diversos motivos. Se existe culpa, existem lágrimas. No porre não existe futuro, apenas presente e passado. Embora durante o porre possamos relegar pessoas e situações ao passado, nada é definitivo. Todas as resoluções que tomamos no porre (e que são as acertadas, porém nunca seguidas) são repensadas quando sóbrios. O porre faz bem ao caráter! Dizemos as mais puras e indiscutíveis verdades.

Enfim, quem nunca tomou ao menos UM porre não sabe o que está perdendo. Aos que tomaram e não souberam curtir, tomem outro. E para aqueles que tomam sempre mas nunca aproveitam, comecem a repensar seus porres...

Escrito por Maetê e publicado em 26/11/2001 na coluna "Do It Yourself" da 02 neurônio (na época que ficava no endereço http://www.02neuronio.com.br/).

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Eu sempre quis escrever contos. Porém nunca tive dom ou imaginação para isso.
O fato é que eu sei escrever uma crônica, como "O Caso do Grilo" ou "O Porre - este abençoado", mas para um conto estou a anos luz em matéria de criação inventiva.
Sei também narrar um fato que me contaram, colocá-lo em belas palavras e até florear um pouco em cima dele, mas não passa disso.
Sou extremamente piegas e previsível quando escrevo.

Estou salvando alguns textos do Augusto aqui num txt, para postar no meu blog e mostrar a qualidade literária desse que teria sido um excelente professor se tivesse abraçado a carreira do magistério, e também seria um ótimo escritor, se tivesse publicado seus contos.
Aliás seria não, Augusto É um ótimo escritor, falta a publicação.

Mas ele prefere viver uma vida contemplativa e feliz, sem grilos, em sua ótica "Empório dos Óculos", então...

O "Birigui Blues" foi um blog simplesmente maravilhoso, desde o dia de sua criação até o dia de seu abandono, mais ou menos 1 ano depois do primeiro post. Para quem gosta de boa leitura, é uma dica.

Birigui Blues é também o nome do livro que Augusto tem em sua casa, para uma futura revisão e publicação, e que eu tive o previlégio de ler.
As vezes me pego lembrando de alguns trechos. A narrativa é marcante e realista.

Sem esquecer, igualmente, que Augusto foi um dos compositores/vocalistas/músicos do extinto grupo "Fuga de La Prisión", que abriu o show do Kid Abelha aqui em Birigui.

Estou terminando outra crônica, que provisoriamente se chama "Manual de sobrevivência para jovens solteiros".

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Faz tempo que eu não posto nada forte aqui. Que tenha sentimento, que faça escorrer lágrimas...
Na verdade, talvez seja porque eu, finalmente, alcancei o que tanto rezei para ter: paz de espírito.

Estar com o Fabio é algo que me dá paz e segurança. Ele me respeita, me aceita, me ama como eu sou - tão como eu sou que as vezes me irrita, nem quer que eu emagreça, pode?

Tem dias que eu fico olhando para ele, dormindo, e me pergunto o que fiz, nesta vida ou em outra, para ter merecido uma pessoa como ele ao meu lado. Em outras, fico olhando ele vendo TV, dirigindo, e falando a mim mesma que ele é infinitamente superior, que merecia alguém melhor que eu, mas que se Deus o colocou na minha vida, não sou eu que vou reclamar. Geralmente ele percebe que eu estou olhando fixamente pra ele, se irrita e me dá um tabefe... kkkkkkk

Ele quer coisas que ainda me assustam: ter filhos é uma. Não me vejo mãe, não me vejo pronta para essa responsabilidade.

Mais de um ano depois de estarmos juntos eu virei pra ele e falei:

- O que estamos vivendo é sério né? Tipo, é seguro, nós estamos juntos mesmo?
- Não, palhaça, eu tô com você dando um tempo até aparecer a mulher ideal. LÓGICO que é sério!!

Mas acho que eu falei aquilo mais para mim mesma, porque finalmente caiu a ficha. Tanto tempo achando que eu nunca encontraria minha "tampa", me sentindo uma frigideira de panqueca (ver "Teoria da Frigideira"), achando que eu nunca arrumaria alguém, e aparece até mais do que eu pedi.

Não, mais não. Na medida.

Fabio gosta da maioria das coisas que eu amei e um dia perdi. Das coisas que, um dia, tirei da minha vida para ter que me adaptar. Mas que fizeram parte de uma época de ouro que vivi.
Cavalos, boiada, sítio, tropa, poeira, música sertaneja, mato...

Antes eu sonhava com a Fazenda do tio toda a semana e desde que eu estou com o Fabio, quase nunca sonho com ela. Embora as vezes eu sinta falta de sonhar com ela, eu sei que se eu não sonho mais que estou lá é porque minha mente está em paz.
Coisas da psicologia.

Isso não quer dizer que eu tenha voltado a gostar de música sertaneja, por exemplo. De vez em quando o Fabio coloca uma música dos meus tempos antigos e eu me pego cantando junto, sem lembrar de como eu sei tão bem a letra. Onde eu já ouvi isso mesmo?

Fabio trouxe todo esse sentimento de volta, e por isso é que é tão bom... E eu escrevo tão pouco dele aqui que me assusta. Como se eu não tivesse NADA a dizer sobre Fabio e nosso relacionamento, quando na verdade ele é uma alegria, uma satisfação e um prazer.

Bom, esse blog nasceu quando uma parte de mim começava a morrer. Eu sempre tive um diário, desde meus 11 anos de idade. As vezes eu escrevia mais, outras menos. Em algumas épocas eu resumia UM ANO em algumas páginas, só para não esquecer daquele momento. Esses diários estão guardados, e grande parte da minha vida está neles. Em certas épocas eu relia algumas partes, me enchia de nostalgia, coisa de louco. Eu sempre tive esse hábito, de reler fatos passados.
E isso não mudou com o tempo, Mick Jagger estava certo quando disse: old habits die hard.

Por nunca ter perdido nem o hábito de ter um diário, nem o hábito de reler meus escritos, é que hoje eu encontrei um texto que me fez relembrar uma época... Boa? Não foi ruim, eu diria. Tive piores.

Eu não estava sozinha, mas também não estava com quem eu queria estar. Tinha uma dor fina ainda aqui dentro, uma dor que estava longe de ser aquela depressão horrível que me fazia querer morrer antes mesmo de acordar para um novo dia, mas ainda assim uma dor.

O texto que eu encontrei dizia:

"O segundo... foi amor... é amor ainda, mas não tem mais volta... Com ele era diferente. Uma coisa de pele, bastava a gente se encostar, eu mal encostava o pé nele e ele já estava lá, pronto pra mim... E isso foi desde o começo, eu com N problemas de relacionamento, mals, aquele monumento cabeludo e gostoso chega do meu lado [...] senta e começa a conversar... Eu encosto a mão na coxa grossa dele e ele fala: nossa, como você consegue fazer isso, me deixar duro tão rápido? Nem minha mina faz isso comigo!!
- Vai negar fogo?
- Não, pra você nunca!! Marca o lugar!!
E foi assim durante 2 anos."


Na verdade foi assim quando a gente se reencontrou, foi assim depois, foi assim até o final, final de algo que nunca começou.
Se ele algum dia gostou de mim? Ahh, sim, do jeito dele, gostou sim, mas não era suficiente pra mim.
E eu aproveitei a ajuda do destino pra sair de uma situação que ia me deixar insatisfeita pro resto da vida.
Não foi fácil, foi muito difícil, mas eu me orgulhei de mim, por ter conseguido tomar essa decisão, por ter dito e feito o que eu tinha que dizer e fazer.
O tempo - esse professor - só me mostrou que minha decisão foi a melhor.

Hoje eu tenho alguém melhor para mim, ele tem alguém melhor para ele. Alguém que me ama, alguém que eu amo.
Um amor diferente, meu e do Fabio. Acho que já comentei isso aqui. Mas ainda assim, amor. Mais maduro, menos passional, não desesperado como são aquelas paixões adolescentes.
Um amor calmo, tranquilo, seguro. Fiel. Quem me conhece pode até estranhar o que eu vou dizer, sem ciúme.
Fabio vai para qualquer lugar - ok, quase qualquer lugar - sozinho e jamais passa pela minha cabeça que ele possa me trair.

Já ele - o ex ficante - deve estar bem. Está namorando uma moça legal, formada, trabalhadora. Dessa vez não é nenhuma drogada inútil, destrambelhada e psicótica, é uma pessoa que eu conheço e gosto.
E por conhecê-la, sei que ela merece alguém melhor que o cara que ela namorava, e espero que tenha encontrado.

Parece incrível, morar em uma cidade do tamanho de Birigui e nunca encontrar os 2, mas é assim que acontece. Totalmente diferente de quando ele morava aqui e namorava a drogada psicótica. Eu via aqueles 2 até quando resolvia acordar cedo!!

Aliás seria um dom meu? Depois que uma pessoa passa pela minha vida e se vai - e eu a coloco no rec - nunca mais a encontro. A Jô diz que é porque eu não estou buscando, não tenho uma "pendência", não procuro, e realmente, não tenho.

Foi assim com Denise, Rose, Keller, Stella, Cecília, Tekileiros...

Tá, de vez em nunca eu vejo um por acaso, como a Denise naquela sala da Toledo, o Robinson no banco, a Marcela no dia da prova, o Luish na rua - isso que ele e o Ivo estavam trocando idéia, senão eu nem teria reparado.

Mas geralmente finjo que não vi, não puxo papo, não sinto nem curiosidade de saber como vai. Em alguns casos até "me escondo" para não criar constrangimento.

E assim caminha a humanidade... :)))))

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...