terça-feira, 26 de junho de 2007

Ao contrário do que o Fabio e a Maria garantiram, eu não senti nenhum prazer em comer nossa galinha, criada desde pintinho aqui em casa.
Confesso que ela estava gorda, grande e inconveniente - eu já a ameaçara de morte inúmeras vezes - mas vê-la em seus últimos minutos de vida não foi agradável.
Meyre resumiu em uma frase o meu sentimento:
- Quando a gente conhece o bichinho, dá dó de comer...
Fora que ela tinha alcançado sua maturidade, ia começar a botar lindos ovinhos - estavam todos dentro dela, prontos para serem colocados pra fora... (Maraysa vai me matar quando ler essa parte, ela ADORA esses ovos).
Mas agora não adianta chorar sobre as penas...

Ontem, vendo o Fabio matar 2 galinhas, não pude deixar de compará-lo aos meninos com os quais fui criada na cidade e os que eu conheci na fazenda.
Os primeiros eram meus amigos de rua em SP, brincávamos juntos todos os dias, mas não me causavam admiração.
Os segundos eram meus amigos da fazenda, em Birigui. Convivíamos 2 meses por ano, nas férias, mais alguns feriados esporádicos - como a semana do saco cheio - e tínhamos nossos dias completamente preenchidos. Nunca havia falta do que fazer.
A esses eu aprendi a admirar pela funcionalidade: andavam a cavalo, laçavam, derrubavam, curavam ou capavam um boi com a mesma facilidade com que esticavam couro, dirigiam uma carroça ou nadavam nos ribeirões.
Com o tempo, aprenderam a dirigir trator, moto, carro, caminhão e o que mais aparecesse pela frente.
Que diferença dos meninos da rua, pavões afetados pelo convívio social e pelas facilidades que encontrávamos na cidade!
Não que eu fosse muito diferente deles, pelo contrário. Eu, para piorar, era uma Alice que acreditava que a educação nesse país poderia elevar o padrão de vida de alguém.
Lembro quando um dos meninos parou de estudar (ele fez até a 5ª série, se não me engano), foi aquele choque.
Conversando com a mãe dele, explicando que sem estudo ele não sairia daquela vida de boiadeiro, ouvi uma verdade imbatível: não era o estudo que o faria sair daquela vida, era a oportunidade.
Hoje ele está casado, com lindos filhos, bem empregado numa fazenda de criação de nelores PO. Faz o que gosta, ganha bem para isso e é feliz. Não precisou de estudo, e sim, de oportunidade.

Mas voltando, o Fabio me lembra muito aquele pessoal da minha saudosa infância. Anda a cavalo, capa boi, laça, cura bicheira, mata porco, depena frango, desossa, dirige carroça, caminhão, trator e ainda cozinha!
Uma pérola!!

Se existiu uma mulher que foi tola o bastante para deixá-lo sozinho, não sou eu que vou reclamar!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Fabio contou pra ex que está morando com uma pessoa.
Não sei se a reação foi tão boa internamente quanto externamente, mas...

Tive sonhos estranhos.
Sonhei com um homem morrendo queimado, com um padre que queria se suicidar, jogando-se de cima de uma catedral. Eu tinha que filmar com a máquina fotográfica, ou tirar uma foto daquele exato monento...
Sonhei com o outro, 2 vezes.
Minha mente está numa atividade louca, pelo visto!!

Ando assustada com a quantidade de avistamentos de UFOS na América Latina. São muitos, mesmo... Todos os dias aparecem notícias novas na lista.
Será que finalmente teremos provas concretas da existência deles?

domingo, 24 de junho de 2007

A apresentação do meu pré-projeto foi muito bem, a Elza Rita e a Noemi até me abraçaram para me dar os parabéns!
Isso é normal numa reles apresentação de pré-projeto?
Na verdade, se não fossem a Elizângela e a Cíntia a me mandarem o pré delas para eu dar umas idéias, o meu sairia uma merda... Eu, que nunca perco tempo com rascunhos, já estava fazendo o TCC!!!
Quando eu vi o que era um pré-projeto, peguei o delas, usei como casco e "pimba"!
Minha apresentação ficou ótima, eu domino muito bem o assunto e o tema é maravilhoso e extremamente polêmico - posso usá-lo na minha graduação.
Estou me achando, né? (alguns diriam aqui: MAIS???)

A festa junina do Tiro de Guerra estava lotada, o padre da quadrilha foi o Júnior, homens vestidos de meninas, pena que não tinha bolo em pedaços.
Isso me lembra que a Expô Araçatuba está chegando!!!!!!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Sempre me disseram que o melhor das brigas era o "fazer as pazes".
Depois de uma BAITA briga, algumas coisas realmente melhoraram.
Isso não quer dizer que eu queira repetir a dose - ver o Fabio puto não foi uma experiência agradável.
Por incrível que pareça, a cena de ciúme não veio da minha parte, e sim, da dele.
Como eu disse, não pretendo repetir a experiência nem a pau, valeu...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Hoje, a Tatiana Valéria foi fazer aquela viagem que todos nós faremos um dia.
Foram bem uns 7 anos do nosso lado.
Vou sentir saudade desse anjo tão lindo.

"Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lambreria as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes." (Vidas Secas)

Até um dia, Tati...

sábado, 16 de junho de 2007

Com vocês, um dos meus presentes do dia dos namorados: MACABÉA.
Ainda não escolhi um nome pra mãe dela, visto que seu ex dono chamava-a "Bainha". Talvez eu a chame "Clarice", pois, mesmo indiretamente, Clarice Lispector é a criadora da Macabéa original.
Mas não sei. Não gosto de usar nomes humanos em animais, acho-os muito sem graça. Existem muitos nomes bons pra colocar numa égua.
Ao contrário da personagem d'A hora da estrela, minha Macabéa não tem nada de tímida e calada, pelo contrário, é bem serelepe e comunicativa. Aos 8 meses é uma linda potranca gateada, recém desmamada.

Acabei de confirmar que a Vick tem ciúme do Fabio. Pois eu dei a ele uma cesta de chocolates, ele comeu alguns, retirou os outros e largou a cesta. Hoje, dia de faxina, Maria colocou a cesta na cozinha. Passamos alguns minutos escutando um barulho estranho de papel rasgado e, quando minha mãe vai verificar a origem do som, vê a cena, devidamente fotografada.

Ela simplesmente tomou conta da cesta dele. Faz xixi onde ele deita e não gosta de receber nada da mão dele, nem mesmo carne - vira a cara.

Ela boicota o Fabio na cara dura.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Um conto que recebi pela net. Quase fiz xixi quando li.
Quem souber a autoria, me comunique para que eu possa dar os devidos créditos.

'Tenta sim. Vai ficar lindo!'

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.
De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão.
Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- É... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa.
Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa 'que garota estranha'. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.

'Me leva daqui, Deus, me teletransporta'.

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida.
E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais.
Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. "Baixe a calcinha", como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasbucetaspeludas .com.br
...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Primeiro dia dos namorados em que eu realmente tive o prazer de presentear um alguém no digno papel. Presentear e ser presenteada, com direito à surpresa e piadinha.

Meu "tio" Valdir pegou um lote de éguas para revender e eu me interessei por uma, baia, com uma potra linda ao pé. Só que eu sabia que, na minha frente, tinha um interessado.
Bom, lá vou eu, dia 12/06, saber da égua.

- Você sabe, Valdir, que há interesse naquela égua baia, né?
- Maetê... Se eu te contar, você não vai acreditar...
- O que?
- Você não vai acreditar...
- SE EU NÃO VOU ACREDITAR ENTÃO FALA LOGO!!!
- O Rodrigo escolheu a égua baia e a potra pra ele...

Devo ter ficado com aquela cara de merda, que eu jamais consegui disfarçar. Nem dei tchau, saí e fomos na casa da Ana. Lá, recebi um presentinho embrulhado - uma caixa de bombons.

- É pouco mas é de coração...

Uma caixinha de bombons da Arcor, chamada Samba (que, de acordo com a Ciça, gruda na dentadura e custa R$1,98 no Bandeirantes). Nem me liguei que era o que havia de mais barato no mercado, agradeci feliz - afinal, era meu primeiro presente de dia dos namorados - e comecei a comer.
Depois descemos para casa e o Fabio quis parar para mostrar a égua tão disputada para a mãe dele. Eu, nessa altura, mastigando os bombons sem sequer sentir o gosto, me perguntava o que o Rodrigo, fazendeiro afamado e rico, que só mexe com cavalos de raça pura, quereria com aquela égua. A potra ainda tudo bem, é uma baita potra, mas a égua nem era a melhor do lote, ali havia animais melhores que ela.
Estava nesse monólogo interno quando ouço o Fabio falar que precisávamos fazer a crina e tosar as orelhas de ambas. Bom, logo de cara eu já disse:

- Pra quê? O Rodrigo que mande um dos peões dele fazer, que se dane!!
- Hum... É que a égua é sua, por isso, o Rodrigo não comprou nada não...
- Ahh, vá vá...
- Sério!!! Combinei ontem com o tio Valdir...
- Mas você já me deu a caixa de bombom...
- Ahh, era zueira, eu pedi pra minha mãe comprar o mais barato que tivesse no mercado!!

E, com isso, eu ganhei uma linda égua baia com uma potra maravilhosa ao pé!! Tá certo que no dia seguinte ela deu um puxão violento no cabresto e, pra não deixa-la fugir, eu grudei no outro lado da corda, ela me arrastou e eu torci o tornozelo violentamente, mas isso é outra história.

Aí fui mostrar pra Meyre o que eu ganhei de dia dos namorados - primeiro mostrei a caixinha de bombom - e ela disse:

- Você deu isso pra minha filha?
- É, Meyre, dei sim...
- Mas porra, tinha que ser do mais barato?
- Ah, ela gostou... Ficou toda contente!
- Sério? Você ainda agradeceu, filha????

Depois é que contamos que na verdade aquela caixa fora uma brincadeira e que o presente estava no pasto... Ela ainda solta um "mas precisava ser da mais barata?".

Já eu, mandei montar uma cesta de chocolates, etc, e dei.
A verdade é que ele não queria nada, e eu sei porque. Não preciso de dia para enchê-lo de presentes.
Mas mesmo assim dei, e valeu a pena!!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Truco, cerveja e bifes na chapa. É esse o programa de sexta à noite, aqui em casa. Se pensam que EU estou na chapa enquanto eles jogam, enganaram-se. Continuo a não querer pilotar um fogão.
Isso é coisa de homem!!!!

Ao som de gritos ("Truuuuuuco, seeeeeis, é nossaaaaaa, Hahahahaha, toma seis, cunhado!") e da chapa chiando seu protesto por tantos bifes, fizemos até um filminho escuro.
Totalmente diferente das partidas de poker, 8 maluco e das pessoas que vinham aqui antes. Se eu disser que não lembrei daquele povo, estaria mentindo.

Era engraçado, divertido mesmo.

Também estaria mentindo se dissesse que fazem falta ou que estou com saudades de algum deles.
E estaria mentindo se falasse que não acho estranho isso. Afinal, eu vivia colada na turma, não sabia dar um passo sem eles e, de repente, não fazem mais falta.
Como? Porque?
Minha casa vivia cheia de gente, num entra e sai diário. E, desde setembro - se não me falha a memória - a última "leva" de gente sumiu da minha vida e eu não sinto falta.
Nos primeiros dias, senti sim, mas logo o Sheik nasceu e todos os minutos dos dias, desde então, foram voltados a ele. Era como ter um filho que dependia completamente de mim.

Daí conheci o Fabio. Minhas idas a Rio Preto mostravam-se cada dia mais frustrantes e resolvi dar um passo que resultou num "casamento". Dei um "adeus" definitivo (para mim), tomei coragem em forma de uma garrafa de vinho e aqui estou, sentada no meu PC ouvindo a voz do pessoal que veio de encomenda junto com o Fabio.

Gente simples, com outra realidade de vida: pistoleiros, motoristas, peões, amigos de ladrões de gado e "exportadores" de carros, alguns colegas em sursis, etc.
Bem diferentes de estudantes de faculdade e jogadores de RPG. A maioria aqui não completou o colegial e, no entanto, não falta experiência de vida para dividir.

Convivendo com eles a gente percebe o quanto uma faculdade não faz falta na vida do brasileiro médio. Faculdade é ilusão na vida dessa gente. Eles mesmos sabem que não serve pra nada.

Mas, voltando ao tema central, preciso descobrir o que supriu a falta do pessoal que foi tão importante na minha vida numa determinada época.

Tony e Mara, que são tão presentes, esses sim eu sinto falta. Mas como já disse um dia, nossa amizade é algo adulto, sem cobranças, "grudanças" e encheções de saco. E é isso que a torna especial. Até o Fabio, outro dia, disse que "precisávamos ligar pro Tony e pra Maraysa, que ele estava sentindo falta". E pegou a mania de gritar como eles, falar "cretinaa" como eles, cantar as mesmas músicas como eles, apelidar as coisas de "basti-qualquer-coisa", mesmo sem conhecer a história...

Tema pra próxima terapia, huhu!!!

Estou ouvindo gritos.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A vida é assim. Você passa anos convivendo com uma pessoa, considera-a uma amiga (não uma irmã, apenas uma amiga) e, por causa de algumas palavras e de falta de diálogo, essa pessoa simplesmente desaparece.
O pior é que é parente!
Mas eu fiz minha parte, liguei e dei notícias.
Vamos ver...

Mudando de assunto, eu realmente fico com pena de gente que não faz terapia. Quantos problemas nós temos, que só a terapia nos mostra!
E como é difícil aceitar que, em alguns pontos, não podemos mudar!!
Não por uma questão de "não querer", mas sim de "não ter como", por causa de um psicológico abalado.
Comentando com minha psicóloga do sentimento que eu tenho quando me obrigo a dizer a frase: "sou casada"!

- Sinto-me estranha, com vergonha, como se eu estivesse vivendo algo errado. Como se eu não tivesse direito de ser casada. Porque isso?
- Porque - palavras dela - inconscientemente você tem uma fantasia de perda. Era isso que a atraía no Thyago, o fato de que ele NUNCA deu chance para você. Você acha que não tem o direito de ser feliz com alguém, por causa desse sentimento de perda.
- Ou seja, eu nunca ficaria com ele. Como essa fantasia entrou aí?
- Não sei... Nem você sabe.
- Mas, mesmo eu tendo consciência disso, não quebra?
- Não. Não tem como. O Fabio não alimenta seu sentimento de perda, por isso essa sensação de "não merecimento".
- Significa que eu não gosto dele???? Eu tenho umas sensações estranhas. De repente, sinto saudade, como se ele estivesse a muito tempo longe, quando, na verdade, foi comprar uma lata de coca-cola e voltou, não deu nem 2 minutos. Sinto uma onda de saudade, às vezes, uma onda de ternura, e passa.
- Pelo contrário, significa que gosta, sim, até demais. Esses sentimentos são bons, você está se permitindo soltar emoções.
- Eu não sinto ciúme dele.
- Se um dia, a ex vier morar aqui, você terá. Porque aí seu sentimento de perda será estimulado.


Fala sério.
É brincadeira isso?

Estou ouvindo Bob Sinclair - Love Generation.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...