quinta-feira, 30 de junho de 2005

S'lich'ah
(desculpa-me)

Desculpa-me
por ter te visto e sonhado.
Desculpa-me
por pensar que poderia,
Por ter amado
e quando vi já te envolvia!

S'lichah,
por me encantar.
S'lichah,
se não consigo
me livrar do que trago comigo,
mesmo vendo-me sangrar!

Sei que meu caminho
nada tem para alegrar,
mas o que posso fazer
se ao te ver me vi sonhar?
O que faço
se meu coração fica em pedaços
só de pensar em te perder?

Ah... se soubesses não virias,
e assim não sofrerias.
Mas fui a primeira a calar
os fantasmas do passado,
qual dragão que segue ao lado.

Por gostado de esquecer
e hoje te fazer sofrer,
S'LICHAH

(Rivkah Cohen, poetisa israelense)


Estou ouvindo Blind Guardian - Moria.
Minhas idas à cabeleireira são as únicas oportunidades de passar os olhos pela revista Caras que eu tenho.
É o bastante para suprir minha sede de informações dos famosos e seu mundo de futilidades por mais 3 meses, que é o tempo que eu demoro para retornar ao salão. Nunca vi uma revista tão inútil quanto essa.

Dessa vez estava até interessante. Houve um evento para relembrar os anos 80. Vi fotos de Leone, Léo Jaime, Dinho, Nasi, Ritchie, Kid Vinil e o vocalista do Roupa Nova. Foi gratificante perceber que o tempo não passou só para mim... Ver Bono arrecadando simpatias em sua cruzada pela paz, Xuxa exibindo doces ruguinhas, que parecem finalmente terem-na alcançado.

A moça que cortou e pintou minhas madeixas até se assusta pela velocidade com que eu passo as revistas... Uma falta de interesse mórbido. A única parte que vale a pena é aquela foto do começo, que mostra geralmente um animal em pose inusitada.

Falando em cabelos, tenho pensado seriamente em pintar o meu de vermelho novamente... Porém, dessa vez, não cortar no ombro, o que evitaria a aparência de abajur de motel...

Estou ouvindo Van Halen - Can't Stop Lovin' You.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Preciso de um homem!
Alto, forte, corajoso e que sabia trocar lâmpadas e fazer pequenos servicinhos caseiros que só os homens sabem!!

:/

Estou ouvindo Ira - Girassol.


Nem preciso dizer minha alegria por ter comprado esse DVD aqui. Nem preciso dizer também que NINGUÉM vai assistir, para não destruírem minha fantasia, como fizeram com Waxwork I e II.

Uma deliciosa fantasia que povoou minha cabeça na adolescência e, de quebra, me fez virar fã de carteirinha de Bowie.

Cansada de tomar conta do pequeno irmão, Sarah roga ao Rei dos duendes que o leve. Seu pedido é atendido e ela se vê tendo de enfrentar um imenso labirinto para resgatá-lo.
As criaturas foram feitas pelo núcleo de criações de Jim Henson e produzido por george Lucas.


Trilha sonora de Bowie, para quem gosta do gênero, é um prato cheio!

Estou ouvindo David Bowie - Labyrinth Soundtrack - Within You.
Pois é...

Enquanto novos casais se arrumam, sobram os avulsos de sempre e eu estou no meio.
Se bem que antes só, do que mal acompanhada.

Três blogs e um flog novo no ar, devidamente linkados...

O primeiro blog é da Maria Teresa, a famosa Maria Teresa, alguns devem se lembrar... Inclusive minha lhama se chama Paquita porque ela e o Phulano me chamavam assim... Homenagem... :)
Carpe Diem!

O segundo é do meu amigo Evandro... O famoso Laranja do mIRC... SPQR... O Blog é informativo, com demonstrações de carinho em público e atividades infantis... Muito legal mesmo, confiram!!

Já o terceiro chama-se erro de memória e quem comanda é ninguém menos que Thiago. Thiago? Quem é Thiago? Tigão, pai de família... :)

O Flog chama-se tomararisos (Tony & Mara Risos) e começou faz pouco tempo...
Para ver fotos da galera, inclusive e especialmente o Nemésio, entrem no fotolog dos Tekileiros.

Estou ouvindo Groove Coverage - Moonlight Shadow (Piano).

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Gostei tanto do Paco, a lhama adotiva dos tekileiros, que resolvi adotar uma também - a Paquita!!


my pet!


Pena que ela não cabe aqui do lado... Miséria!!

Estou ouvindo Linkin Park - The Fast and The Furious Soundtrack.

domingo, 26 de junho de 2005

Como eu prometi, aqui vai uma história de brigas e desentendimentos dentro da turma tekileira...

Não sei nem como começar. Porque realmente não lembro como começou. Quando vi, já estávamos conversando, trocando e-mails e telefonemas. Desde que F saiu da minha vida, eu não sentia isso, gostar de conversar com alguém (do sexo masculino) sobre assuntos variados. Apenas um leve toque de arrogância me incomodava nele. Mas quando eu dizia isso, obviamente estava enganada, ele não era esnobe ou arrogante, eu que não o entendia.

Eu podia dizer o quanto quisesse que ele era bonito, ele nunca acreditava. Falta de auto estima, sei bem o que é isso... Difícil de lidar, mas eu persistia.
Infelizmente aconteceram diversos desentendimentos via e-mail, talvez por justamente a palavra escrita não dar a entonação precisa que a voz dá.

Mesmo assim, continuamos em contato."Entra no chat de bate papo do BOL no final de semana pra conversar comigo" - dizia ele. E eu, MIRCreira pura, entrava no chat aos domingos. Depois de um tempo de conversa, eu lia "tchau, a pessoa que eu estava esperando chegou, vou conversar com ela na outra sala, vazia, em particular". Isso chateia.

Por telefone, dizia "estou gostando de uma menina de Birigui, amiga da minha irmã". Bem, era a hora de ser a amiga, eu o aconselhava a procurá-la, se ele realmente sentia algo por ela - e afundava na cadeira procurando meu ânimo.

Quando, um dia, ele disse "quero ser seu amigo, conte para mim coisas de você para que eu possa conhecê-la melhor", escrevi um e-mail enorme, contando partes de vida e sentimentos profundos e guardados. Mostrei meu EU.
A resposta que recebi não poderia ter sido mais clara:"Que e-mail enorme, demora muito pra ler, não vou conseguir responder tudo!". Até aí, eu entendi, era curto seu tempo na frente do PC. "Respondo para você em partes, posso?". Lógico! Mandou uma (UMA) parte e esperei, esperei... Quando percebi que as outras partes da resposta não viriam, fiquei triste, magoada.

Conselhos para uma vida saudável, inúmeros. Pena que eu não estava atrás de um personal trainer e sim, de um amigo.
Houveram mais coisas, que não colocarei aqui.

Quando eu, cansada de solidão, resolvi aceitar sair com D, ele não acreditou. Ligou na hora, queria saber quem era. Disse aqui nos comentários do meu blog que eu havia inventado esse relacionamento... Creio que foi o que me distanciou dele.
Inventei? Então preciso inventar pessoas que saiam comigo, porque não tenho capacidade de arrumar ninguém?? Ai. Isso magoa.
Por tudo isso, confesso que eu fui muito agressiva com ele várias vezes...

Eu - que perco o amigo mas não perco a piada - quase dei um filho ao nosso querido Nemésio. Quem não se lembra disso? Birigui estava em polvorosa, todos os jogadores de RPG da cidade vestiram luto quando souberam da notícia (falsa) de que Nemésio seria pai. Desmenti depois, mas ele se doeu, ficou bravo comigo pela brincadeira (brincadeira essa que os protagonistas tinham total conhecimento). Isso, fiquei sabendo por terceiros. Pois ele, que fazia dos nossos e-mails um chat de bate papo e ficava comigo 2 horas no telefone, disse que não tinha como confirmar a história. Foi, também, incapaz de me escrever ou ligar dizendo que não tinha gostado da brincadeira.

Depois de um tempo, incomodada com seu silêncio e sentindo sua falta, escrevi perguntando quanto tempo duraria seu mutismo para comigo. Aí, sim, ele disse que não havia gostado da brincadeira, etc etc etc...
Pedi desculpas.
Ele disse que, se eu quisesse manter sua amizade, teria de modificar minha maneira de ser.
Pedi novamente desculpas, garanti que não o incluiria nas próximas brincadeiras, mas que eu sempre fora assim e não mudaria. Por ninguém. E continuaria fazendo minhas brincadeiras.
Ele disse que quando chegasse em Birigui, conversaríamos.
Respondi: quem sabe?

Logo depois, o tapa na cara. No Blog dos tekileiros, dia 13/12/04. Afronta pessoal, na minha opinião, pois quem me conhece sabe o quanto eu evito esse assunto...
Quando li, pensei que não precisava de mais um vivente pra me ajudar a lembrar de quem quer ser esquecido. Já bastava uma, que eu havia cortado da minha convivência meses antes.

Doeu, pois eu não havia percebido como estava ligada nele. Doeu também perceber, nos meses seguintes, que ele era apenas mais um na grande massa dos adoradores da estética... Como eu disse um dia, embalagem rasga. Doeu perceber que eu havia me enganado de novo... Ele havia feito sem querer ou pra magoar?

Chegamos, enfim, ao ano novo. Recomeço. Época de desfazer mal entendidos e estender a mão a velhos desafetos. É algo que procuro fazer sempre. Não gosto de começar um ano sendo inimiga de ninguém, a não ser para mim seja indiferente essa inimizade. E eu não era indiferente a ele.

Todos na rua, conversando. Ele, encostado no carro, braços cruzados no peito largo, camisa preta de gola alta, bonito. Meio bêbada, eu não sabia se cumprimentava ou não. Minha boa estrela me fez perceber que se eu chegasse ali, ia fazer papel de boba. Melhor deixar para outro dia. Passei reto com uma dor fininha de decepção no peito que não sumiu pelo resto daquela longa noite.

No dia seguinte, sem tantas influências negativas por perto, tentei uma aproximação amigável, um "e ai, L, tudo bem?" altivo e amigável, tentando resgatar ao menos a convivência pacífica. Resposta? Um ok com o dedão pra cima e um balançar de cabeça imperceptível. Foi quando houve a quebra. O basta. Eu havia feito a minha parte. Doeu de novo, mas já não tanto...

Com o passar dos dias e semanas, convivendo com o pessoal, percebi que além da raiva de mim, ele estava amigo de alguém que não me queria por perto. Alguém que logo depois que eu me afastei, começou a fazer uma campanha surda para que todos vissem quão ignóbil eu era. E essa pessoa foi ardilosa o suficiente para se passar por Branca de Neve na frente dele, me colocando no papel de Bruxa Má. Ele acreditou, oras... Deve ter sido conveniente e reconfortante pra ele ter alguém pra dividir as mazelas sobre minha pessoa...
Afinal, quando eu me afastei de Branca de Neve, não escrevi um e-mail anunciando o fato, tampouco obriguei alguém a tomar posição. Jamais obrigaria meus amigos fazerem uma escolha, acredito que existe espaço para mim e para ela no coração de todos.

Quando, alguns meses depois, surgiu o boato de que ele estaria ficando com Branca de Neve, namorada do melhor amigo dele, eu disse a esse amigo que "independente do que eu acho dele, na minha opinião você não precisa se preocupar - ele jamais faria isso com você. Pelo que eu conheci dele, ele dá um grande valor aos amigos".

Disse isso com a convicção de quem sabe o que fala, porque eu aprendi a conhecê-lo. E se ele acreditou que eu pudesse ser tão bruxa má quanto me pintaram, então não quis aprender a me conhecer e nem se interessou por isso. Tanto não se interessou, que tocou no único assunto que eu não admito, quando é lembrado à toa...

Estamos no meio do ano. Muita água passou por debaixo da ponte, muitas confusões aconteceram sem que a Bruxa Má oferecesse maçãs de porta em porta. A máscara de Branca de Neve caiu e o espelho, espelho meu, mostrou que existe uma moça muito pior que eu.

Atualmente sou poupada de conviver nos mesmos ambientes que Preta de Fuligem, embora isso jamais tenha me incomodado. Quanto a ele, o veneno foi bem plantado. Afinal, como ele disse, "não tenho nada contra, mas se ela morresse..."!
No começo fiquei chocada pela aversão por mim, agora já nem ligo.

Às vezes, só às vezes, o peito ainda dói um tiquinho, mas passa logo... Afinal, o que não tem remédio, remediado está. Só contei isso tudo porque ultimamente meus amigos tem tocado nesse assunto. Mas não acho que algo possa ser feito... Afinal de contas, ninguém aqui está errado. Ele está certo dentro da verdade dele, eu dentro da minha.

A Ju me fala "Má, ele mudou", mas eu duvido... Pau que nasce torto... Tsc Tsc...
Como diz o Ivo, "não mexe com quem tá quieto".

Estou ouvindo Phil Collins - Take Look At Me Now.

sábado, 25 de junho de 2005

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector

Sempre digo, que esse blog não está aqui para satisfazer ninguém, além de mim. Escrevo o que quero, e os que o lêem e opinam são os que eu mais prezo, amo, porém não escrevo para divertí-los - eles sabem disso.

Meu próximo post será sobre uma "briga" com um dos tekileiros. Quero colocá-la aqui antes que as brumas do esquecimento recaiam sobre ela. Toda história tem duas versões. Vou contar a minha, e só não escrevo agora porque estou com sono, sem conseguir concatenar minhas idéias... Não quero culpar nem julgar, apenas expor fatos, argumentos e (sim, eu tenho) sentimentos.

Mudando de assunto, novidades? Nasceu o nenê da Juliana Psiquê!! O Tavinho!! Grande Ju, desenho muita luz pra esses dois!! Afinal ser mãe não é pra qualquer uma...

Estou ouvindo nada, vou dormir e sonhar com um par de pernas que eu vi sem querer hoje... Shit! I'm a Loser!! ;)

sexta-feira, 24 de junho de 2005

"Não há solidão mais triste e pungitiva do que a do homem sem amigos. A falta deles faz com que o mundo pareça um deserto. Aquele que é incapaz de amizade tem mais de irracional que de homem." Francis Bacon

Como alguém consegue ser incapaz de manter amizades?? Simples! São aqueles que não respeitam o direito de livre arbítrio dos amigos, exigem que estes amigos tomem uma posição perante uma situação de discórdia, mentem sobre seu verdadeiro caráter, se fazem de vítimas, contam mentiras sobre seu dia a dia e acham que ninguém percebe, acham que enganam a todos, falam mal de tudo e de todos pelas costas, crendo piamente que nada jamais chegará aos ouvidos dos outros, creditam a outros atos não cometidos e palavras não ditas...

Pessoas que dizem que suas vidas são perfeitas, não como um hino ao otimismo, mas sim como forma de mostrar aos outros o quanto elas são pretensamente superiores, são mal amadas por elas mesmas...
A auto afirmação acaba caindo na mentira e essa mentira começa a fazer parte do dia a dia e da vida dessas pessoas...

Triste, mas real...

Estou ouvindo Turandot, Opera Act 3 Nessun Dorma!

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Levar a Juliana e sua mãe na caçamba da saveiro, segurando a coleira do Bug do Milênio pra que ele não atacasse ninguém no percurso foi engraçadíssimo.

Primeiro, que Bug não é um simples cão... Ele é cruza de weimaranner com algo mais. E é justamente esse algo mais que faz de Bug, ao invés de um leve insetinho, um verdadeiro Bug do Milênio mesmo!! Ele é bravo, resmunga e peida na nossa cara!! O cachorro tem atituuude!!!

Estou tentando descobrir se ele é filho de fila brasileiro ou de pônei!! Porque ele pesa 43 kilos e a Ju, sua dona, pede 45!!

Por falar em cães, a Lua deu cria essa noite, nasceram 6 pequeninos cockers pretos e brancos e um inteirinho Branco!!

Depois posto foto no Blog!

Estou ouvindo Simple Minds - Alive And Kicking.

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Fazendo um balanço dos meus sentimentos esses dias, encontrei diversos e indeterminados graus de relacionamento.

Existiram aqueles que eu gostei, mas nunca passaram de relacionamentos platônicos ou meras amizades, justamente por não conseguir encará-los e dizer que gostava deles. Imaturidade, falta de confiança, quem sabe? Na época, eu era nova e feliz, não chorava por causa de homens. Bons tempos...

Depois veio aquele que eu amei. Veio, foi-se e ainda negou que tivesse me conhecido... Às vezes penso que sonhei aqueles 2 anos... Mas quando a dor vem, vem tão forte que seria impossível ser apenas sonho.

Aí veio um que eu quase caí, mas percebi à tempo que, na verdade, o que ele queria mesmo numa pessoa era invólucro. Tenho muitas qualidades e defeitos, dentre as quais meu forte é o conteúdo, não a embalagem. Essa, confesso, não é atraente.
Porém prefiro meu conteúdo, dou muito valor a ele. E quem não der, também, não me serve. Não posso oferecer algo que não tenho, mas ofereço tudo que tenho. O que tenho não é pouco, mas não serve para alguns. Eu respeito isso, afinal o mundo é feito de seres diferentes.

Sei que escapei a tempo. Foi duro, foi. Lutei comigo, me afastei. Com certeza eu sairia dessa bem machucada e, na época, não era isso que eu queria. Talvez eu tenha errado em usar métodos condenáveis, mas agora, já foi.
Melhor ter um inimigo declarado, que um coração despedaçado (rimou!!).

E, por fim, o último foi um doce menino de 19 anos, que, depois de um ano, resolveu me confundir com a mãe dele. Se ele tivesse continuado só como era em 2004, creio que estaríamos saindo juntos até hoje, mas ele cometeu o (grave) erro de falar que eu era a "única".

Porque homens tem essa maldita mania, se não é verdade? Depois ele me disse que não esperava que uma mulher de 30 anos fosse acreditar num cara de 19.
Pois é, então tá.
Bem que eu tentei não acreditar, mas ele foi tão convincente! Principalmente entre 4 paredes...

E acabei levando a culpa, lógico, ele ficou ofendidíssimo por eu não ter estômago para continuar o "caso" quando descobri não só não ser a única, mas ainda dividí-lo com mais umas 8.

Agora estou sozinha, tanto por dentro quanto por fora.
Claro que algumas cicatrizes ficam, afinal ninguém sai ileso de relacionamentos.

Mas, no momento, estou (e pretendo ficar) assim, só olhando o vaivém da vida.

Estou ouvindo REM - Love Is All Around.

segunda-feira, 13 de junho de 2005

Quando eu vim de SP pra cá, em 1992, pleno carnaval, sem mudança, só com mãe, cachorro e gata, eu era de um jeito. Tinha então 18 anos.

Jeito esse, que chocava muitos, espantava outros e que firmou minha fama de "porra louca" na cidade. Mas eu era sobrinha de político importante e conhecidíssimo, então a mim, tudo era permitido.
O tempo foi passando e eu fui percebendo que o interior não era o que eu pensava, pelo contrário, eu "tinha fama sem deitar na cama". Ou seja, por minha maneira tresloucada de ser, era considerada puta. Falavam. Comentavam. Inventavam histórias.
Ledo engano.

Na época fiquei decepcionada, afinal eu era expansiva e amiga de todos, nem imaginava o que falavam de mim pelas costas, mas aprendi a superar e resolvi dar motivos para os falatórios. Um ano depois, fiz algo de que me arrependo hoje, porém se tivesse esperado, morreria de velha: perdi a virgindade. Com 19 anos.
E não foi aquele sonho, tampouco aquele ato sublime que eu lia nos romances. Foi doloroso e humilhante. Insano. Patético. Irracional. Fiquei decepcionada novamente e me culpei, achando que eu era a errada, afinal onde estavam as estrelas, onde estava o prazer maravilhoso que as amigas declamavam nas conversas de domingo?
Culpei o homem que eu havia escolhido - era mais fácil colocar a culpa nele do que aceitar minha parcela de culpa também.

Tentei de novo, e de novo... Nada. Um fiasco.
Mas pelo menos não doía mais.
Onde? Cadê?
Nessas idas e vindas, fiquei, quando somados, 5 anos sem sair com homem nenhum.

O tempo foi passando e eu fui me modificando, já não era tão louca, louca, mas ainda era livre o bastante para sair da linha, sem que achassem estranho ("é louca mesmo, esperava o que?"). Até de drogada me chamaram. Louca, louca.
Eu falava o que tinha de ser dito, doesse onde doesse.

Descontava nos outros o que eu achava que a vida fizera comigo.
E fui mudando, mudando. Já não era a mesma que havia chegado de SP.
Não tirava mais racha de carro (me disseram que era perigoso);
Não dançava na chuva, no meio da tempestade (me disseram que só loucos faziam isso);
Não fazia mais longas caminhadas com o cachorro madrugada afora (me disseram que não era decente);
Não fazia barulho de sirene na direção (me disseram que sentiriam vergonha de andar comigo se eu continuasse com esse hábito).

Comecei a me importar com o que os outros falavam, sempre mudando para parecer o que queriam que eu fosse. Por dentro, um vulcão enorme.

Sempre mudando, mudando. Porque o ser humano muda, faz parte da evolução.
Já não falava mais o que queria dizer, engolia - podia magoar as pessoas.

Um dia - não sei precisar a data - percebi que não era mais uma questão de eu mudar, mas de aceitar e ser aceita. Percebi também que a maioria das pessoas queria ser melhor que todos os outros e, para conseguirem isso, mentiam. Eu, crédula, engolia tudo como absoluta verdade.

Não há necessidade de mudança, mas de aceitação. Se me aceitam como eu sou, eu os aceito como eles são.
E novamente mudei, pois esse pensamento leva a outras mudanças. Afinal, aceitar alguém e querer modificá-lo é um dos maiores defeitos dos seres humanos. Tive de entender que, quando se aceita alguém, não se pode pedir que esse alguém mude. Ele tem de mudar porque quer. Não posso pedir que mude, mas posso informar onde me incomoda.

E novamente me decepcionei. Vi muito, onde pouco existia. Vi caráter, onde só existiam idéias compradas. Vi gostar, onde só existia comodismo. Aceitei sem questionar e não fui aceita.
"Cadê justiça?" - me perguntei dia após dia, durante muito tempo.
Entendi, então, que não basta apenas aceitar e querer ser aceita - a troca tem de vir naturalmente, do coração, sem coação ou falsidade.
Notei que não era obrigada a suportar determinados comportamentos de pessoas que eu aceitava como eram, mas que abusavam dessa aceitação. E aprendi a descartá-las da minha vida.
Mudei novamente. Continuo aceitando e descartando conforme minhas necessidades e percepções. Faz-me bem, saber que posso tirar da minha vida aqueles cujos comportamentos não se adequam ao meu ser, que não preciso engolir algo que eu não gosto.
Sempre mudando, não por alguém, apenas por mim.
Não porque querem, porque quero.
Não porque pedem, porque percebo que devo.
Com algumas pessoas, não todas. Umas levam o que eu tenho de melhor, outras, de pior.

Respeitar as pessoas é fundamental.
Reconhecer que errou, ídem.
Perdoar, aceitar, falar o que se deve, na hora certa.
Aceitar críticas sem perder a amizade.
Perceber quem aqueles que amamos não são perfeitos, a não ser para nós.
Não defender quem é adulto o suficiente para uma autodefesa.
Não justificar erros, imputando-os a outrem.
Ninguém é coitado nesse mundo, todos tem seu quinhão.


É gratificante saber, hoje, que estou tão longe da "perfeição" como quando nasci. Que, na verdade, quanto mais aprendo, embora sofra, mais quero aprender. Tomara que isso nunca acabe.

Estou ouvindo Global Deejas - The sound of San Francisco.

sexta-feira, 10 de junho de 2005

AAAHHH, ALGUÉM AÍ CHAMA O SBT, QUE TEM NOVELA MEXICANA NO AR!!!

Estou ouvindo Julio Sosa - Adiós Muchachos.

quinta-feira, 9 de junho de 2005

Dia 10, sexta, é a festa de 15 anos da minha priminha de SP. A mesma que eu aterrorizava quando era nenê, minha avó ameaçava me chamar caso ela se recusasse a comer algo (come senão eu chamo a Maetê pra te dar bronca - será que ela tem algum trauma?).
Minha mãe vai, mas como sempre eu fico, já que tenho prova de espanhol.

E, pra variar, final de semana sozinha em casa, ninguém pra compartilhar esse momento lindo.
Não sei se eu chamo algum doido pra fazer nada comigo, se faço um sarau literário regado a vinho branco ou se convido alguém pra ver filmes eslovacos de 6 horas de duração com legendas em esquimó.

Alguma sugestão?

Estou ouvindo Vange Leonel - Esse Mundo.

terça-feira, 7 de junho de 2005

As vezes, durante a solidão da minha vida, quis que pessoas lembrassem ou esquecessem de mim, conforme meu estado de espírito.

Quis que me esquecessem aqueles que já não frequentavam mais meu círculo de amizades e que, não sei dizer porque, revoltaram-se pelo meu "BASTA!".
Quis que me esquecesse aquele que um dia não me quis; aquela que me roubou; a que eu briguei; o que falou da minha vida à outros; as que andaram comigo só pelo status.

Quis que se lembrasse de mim aquele que um dia eu amei. Aquele que um dia foi embora sem dizer adeus; o que foi meu amigo de infância e hoje vive outra vida; a que eu fui tão amiga e me virou as costas assim que arrumou namorado; o que já não faz parte da minha vida porque eu disse "BASTA!".

E descobri que o querer é irrelevante quando lidamos com corações tão distintos quanto os nossos. Não basta querer, é preciso suportar.
Então descobri que aqueles que eu mais quero que me esqueçam, são os que mais se lembram de mim, e que os que eu mais sinto a distância são os que nem se lembram que eu existi.

Porém, no meio de tantos quereres e não quereres, descobri que alguns que eu não esqueci também não me esqueceram e outros pelos quais eu sou indiferente também não. Descobri que eu sou presença constante na vida dessas pessoas.
Algumas pelo ódio, outras pelo sentimento, que não ouso chamar de amor, mas por algum sentimento que ainda existe no peito delas.

Aos que me odeiam, embora alguns eu saiba a causa, gostaria de me sentar com eles, explicar motivos e esclarecer fatos.
Não sou nenhuma santa, não sou nenhuma vítima, tenho consciência do meu gênio difícil. Porém acho complicado estabelecer culpados e inocentes à partir de apenas um lado da história.

Mas como eu disse no começo, tudo isso é conforme meu estado de espírito...

Estou ouvindo The Corrs - There She Goes.

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Ultimamente tenho escutado rádio, ao invéz de CD, no carro.
Fico saltando entre as únicas 4 estações que prestam, Clube, tropical, a de Penápolis e a de Araçatuba (não lembro os nomes, creio que sejam Ativa e Cultura, respectivamente).

Sou eu, ou as rimas estão cada dia piores?
Céus, que deprimente!!

mas o que é pior mesmo são essas músicas fazerem um baita sucesso!!
Socorro, alguém ajude essa juventude!!

Estou ouvindo Paul Simon & Art Garfunkel - Bridge Over a Troubled Water.

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Já que entramos nessa de contar sonhos, o de hoje vale a pena ser catalogado.

Bem, não sei que diabos eu estava fazendo na praia. Por Deus, no mar, logo eu! Estava lendo, junto com amigos doberistas de uma lista de discussão, eles estavam vendo se a cadela deles tinha medo de água, essas coisas tolas, sabem?

De repente, uma onda gigante apareceu, do nada, e cobriu tudo. Eu não afundei, apenas vi as ondas cobrindo tudo, um mar marrom, sujo, bravo... Consegui não molhar o livro, hehehehe...
Ao chegar à praia, tudo destroçado, os sobreviventes organizaram um "exército", mas pegando o pessoal na marra, à força...
Estávamos ali, sentados em cadeiras de escritório (??) quando uma vaga trouxe muitas barbatanas negras pro meio da pequena aldeia à beira mar. Eu ainda tive a breve esperança que fossem golfinhos, mas não tive tanta sorte. Eram tubarões mako de uns 3 metros de comprimento, ferozes... Um deles entrou no mesmo galpão onde eu estava e ficou se debatendo, quando outra onda veio e levou-o embora. Ele passou a poucos centímetros de mim.
Fui chorar pro encarregado do exército na mesma hora, pra me deixar ir embora, por favor, que eu era medrosa, tenho horror a morar em lugares próximos ao mar, olha o que aconteceu moço, esses tubarões invadindo a cidade, tenho horror a tubarão também, minha mãe deve ter ficado sozinha com meus cães, eu tenho que voltar pra casa.
- Ah, não, precisamos de todas as pessoas aqui.
- Moço, eu não vou ajudar em nada, morro de medo de mar, e se outra onda vier (e com certeza viria, o mar estava muito encapelado e as ondas eram enormes) vai varrer tudo e matar todos, me deixa ir embora...
- Quem desertar será morto a tiros.
Nisso eu vi outra vagar trazer um tubarão baleia adulto, se alguém aqui conhece um tubarão baleia, me diga se as ondas eram ou não fortes. Quando eu vi aquilo, comecei a chorar de verdade, pedi pro cara me matar, juro.
- Me mata então, que aqui eu não fico.
E foi quando eu percebi que não iam me matar, iam me prender, putz... Comecei a chorar, senti um terror enorme (vou morrer afogada ou devorada), suava frio e acordei chorando...

Odeio sonhar com paisagens pós-apocalípticas. Odeio...

Estou ouvindo Gackt - Hoshi no suna.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...