domingo, 30 de agosto de 2009

Começou na garagem, enquanto eu e Marido limpávamos as gaiolas dos canários e trocávamos água e alpiste.
Um barulho leve, como vento mexendo em plástico.
No início não reparei. Achei mesmo que era vento. Mas o barulho ficou mais alto, constante e - reparei - não tinha vento suficiente.
É rato.
Avisei Marido ("tem rato nesse armário") tirei a sacola de plástico que estava se mexendo e vi a prova incontestável da presença do roedor: o plástico estava roido e esburacado.
O culpado havia desaparecido no meio da estante enorme e cheia de livros.
Meu pior pesadelo estava acontecendo: ratos entre meus livros e revistas de coleção.
Ainda disse para Marido:

- Temos de tomar cuidado pro rato não entrar em casa.

Foi dito e feito. Em menos de uma semana o animalzinho conseguiu subir a escada de metal, aproveitou a porta balcão aberta e fez-se à vontade.
Tão à vontade que nem se importava mais se estávamos presentes ou não para começar sua fanfarra noturna. Roía fios, revistas, fazia barulhos de altura considerável para um animal tão pequeno. O que me levou a suspeitar, não sem razão, que ele não era tão pequeno quanto imaginávamos a princípio.
Deveria estar mais para Don Ratagão do que para Sra. Brisby ou Basil. Aliás, eu esperava MESMO que não fosse uma sra. Brisby, pois significaria ninhos e filhotes para alimentar.
Comentei com Marido:

- O rato está aqui dentro, acordei as 3H da manhã com ele fazendo bagunça.

A resposta veio, imediata:

- Coloca uma panela de pressão com água, umas cebolas e tempero em cima da pia.
- ???
- Se amanhecer uma sopa de cebola pronta de manhã, deixa o rato em paz.

Esse é Marido, corre o risco de perder a esposa, mas nunca perde a piada! De Don Ratagão, passamos a Ratatouille, ótimo!
A semana foi psicologicamente infernal, afinal tínhamos - eu e Mãe, Marido dorme o sono dos justos - medo de um rato andando pela casa a noite, sem supervisão, subindo em móveis, roendo livros, bebendo cerveja e sabe-se lá o que mais esses animais fazem de noite quando acham que não há ninguém olhando.
Uma das pinschers de Mãe entrou em frenesi quando notou a presença do intruso. Cercava, corria, se enfiava em locais apertados e escuros, onde ele parecia estar escondido. Porém suas caçadas nunca deram em nada: o rato parecia ser maior e mais esperto que ela.
Apelamos para a tecnologia. Queijo com veneno foi colocado em pontos estratégicos da residência, o suficiente para que o rato chegasse a ele, mas não os cães.
Mais uma semana se passou e nada. O barulho continuava, e começaram a aparecer coisas roídas em lugares inusitados: bananas em cima da mesa, queijo em cima da pia, fios de aparelhos eletrônicos dentro dos quartos, latas de cerveja vazias jogadas pelo chão.
A faxina semanal revelou um de seus esconderijos: embaixo de um armário, do lado de fora de casa, na varandinha. Apareceu tanto cocô de rato em três dias naquele lugar que deu a impressão que era uma criação de coelhos, não apenas a ação de um mísero Mus musculus ou mesmo um Rattus norvegicus.
E me deu também dor de cabeça: e se ele tivesse conseguido entrar no meu armário com quase 350 DVD's e roesse as caixinhas?
O veneno não funcionou, portanto.
Marido chega em casa com o que ele chamou "a solução":

- Ratoeiras. Elas vão resolver nosso problema.

Olhei meio torto para os dois aparatos de metal em suas mãos. Um deles parecia pequeno demais para nosso inimigo, mas não disse nada - homens nunca aceitam críticas a uma idéia direta.
Ratoeiras armadas na cozinha, queijos suculentos como isca, poderíamos, enfim, dormir, acreditando que tudo estaria terminado na manhã seguinte. Daquela noite ele não passaria!
Porém, de madrugada, eu acordei com guinchos suaves. Meu primeiro pensamento foi que, finalmente, Basil havia caído na ratoeira.
Fui pé ante pé até a cozinha e acendi a luz rapidamente. Ambas as ratoeiras vazias, e um vulto correndo para baixo do fogão - marrom, meio grande. Como eu havia pensado, Ratagão, um legítimo norvegicus, rindo das ratoeiras. Sim, aquele guincho que me acordara era nada menos que a risada escandalosa do intruso ao ver as ratoeiras! E ainda levei bronca de Marido:

- Você viu ele ir pro fogão e não me acordou? Deveria ter me chamado! - como se ele fosse uma fadinha que acorda ao menor sopro.

Na noite seguinte, mudamos as ratoeiras de lugar.
Passava pouco da meia noite quando ouvi o TAC característico da armadilha de metal. Dessa vez, acordei Marido:

- Levanta que eu ouvi a ratoeira estalar!

A ratoeira havia, sim, fechado - sozinha, sem vítimas.
Virada de cabeça para baixo e, ainda, SEM O QUEIJO.
Ratagão esperto...
De manhã, Sogra veio até em casa ajudar na faxina - o que ela queria mesmo era ajudar a procurar o rodedor.
Foi uma sorte Marido ainda estar em casa, ela achou Ratagão dentro da última gaveta do móvel da sala, sobre uma toalha de feltro verde dos tempos de jogatina.

- O RATO TÁ AQUI NESSA GAVETA, O RABO DELE PASSOU NA MINHA MÃO, AARGH!! - Sogra disse suavemente para não assustar o animal.

Marido começou a caçada, tirou as gavetas, Ratagão foi subindo por trás do móvel.
Fiquei de prontidão na porta do corredor, com meu chinelo Havaiana na mão, se ele passasse por ali, tomava uma Havaianada na cabeça.
Mas não foi preciso, Marido é extremamente eficiente caçando ratos.
Era realmente um norvegicus, macho, quase adulto.
O duro foi terem percebido minha posição de "caçadora" com um chinelo na mão.
Estou até agora ouvindo gozação. Mas o rato morreu!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Da saudosa época do mIRC, o que eu mais tenho saudade é dos papos no canal aberto e dos "logs".
Eu gravava e postava os melhores logs - geralmente os mais engraçados.

A era MSN acabou com o mIRC, mas o vício continua. Não, eu não sou de ficar falando demais no MSN, mas, as vezes, sai uma pérola.

Preservei o nome dos participantes, mas pros que conhecem a galerinha, só tem um rapaz que escreve com as iniciais maiusculas no começo de cada palavra.
Dica: trabalhou anos e anos pro "Podre".

HUAHUAHUAHUAHUA!!

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Augusto resolveu reabrir seu blog.
Adorei.
Tava sentindo falta dos escritos do cara...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ando twittando com mais frequencia e vontade do que gostaria. Porém a vontade de escrever mais me é negada ali, então, obviamente, corro para cá.
Minha primeira impressão sobre o Twitter, de bate papo online com histórico coletivo foi reajustada para um noticiário em primiera mão de 140 toques.
Misturada, obviamente, com o bom e velho tom de fofoca.

O fato é que algumas celebridades andam Twittando.
Se são elas mesmas, ou algum estagiário mequetrefe que twitta, não sei, porém alguns a gente tem certeza que são os próprios, como o @rafinhabastos e o @DaniloGentili, além do @mauriciodesouza e - pasmem! - @xuxameneghel.

E é sobre ela que esse humilde post vai falar, aliás, não, vou apenas reenviar informações, pois os links a seguir estão com uma explicação perfeita:

Mauricio Stycer foi quem melhor resumiu a história.
Porém, foi Eden Wiedemann, em seu blog "Um passinho a frente, faz favor" quem realmente postou a print que deu inicio ao bafafá todo.

Leiam, leiam. Vale a pena.

E digo mais, não é vergonha escrever errado, vergonha é se orgulhar disso.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Francamente!!!
Twitter mais parece um bate papo online com histórico gravado pra todo mundo ler!! Com a desvantagem (ou não) de poder digitar apenas 140 caracteres...

Como eu disse ali, não dou muito tempo pra brasileirada invadir o site, o suporte ter de fazer a tradução pro nosso nobre idioma e começarem a avacalhar - como aconteceu com o Orkut.

Enfim, nada substitui um bom blog.

Minhas Bíblias que o digam.
Fiz um Twitter.
Pelo que o Augusto me falou, é algo parecido com um "primeira página" entre amigos... Ou alguém que se queira seguir...
Veremos...

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...