domingo, 23 de março de 2014

Eu devo ter feito alguma coisa muito muito muito (ênfase no muito) ruim em outras vidas pra ter a conversa que eu tive hoje com o Fabio...

terça-feira, 18 de março de 2014

Quando minha mãe teve o AVC ela estava, como sempre, acompanhando todas as novelas que ela conseguia. Mas eu me recordo que no Vale a pena Ver de Novo estava passando "O Clone"e, no Viva, "Vale Tudo".

Eu passei quase 1 mês assistindo essas duas novelas, pra poder contar pra ela o que ela havia perdido, quando ela saísse da UTI, andando, falando e, lógico, muito brava por ter perdido tantos capítulos.

Ela nunca mais voltou ao normal; nunca mais conseguiu acompanhar uma novela. Ela teria adorado esse personagem Felix, do Mateus Solano.
Ela estaria "xingando muito" os mensaleiros, a Dilma e o Lula. E estaria adorando ver os preparativos pra Copa e pras Olimpíadas...

Ela teria adorado as novas animações que saíram depois de sua doença, "O segredo dos guardiões" ou "Toy Story 3".
E, principalmente, ela estaria se derretendo toda com as estripulias da Carol.

É... Nunca ninguém disse que a vida era justa...
Eu tenho 40 anos.
Convivo com cães desde que nasci. Meu amor aos cães vem desde pequena, quando eu achava que a Suzy "era minha" e na verdade era da minha avó.

Desde então eu tenho convivido com cachorros das mais variadas raças, tamanhos e "personalidades".
Desde os 15 eu convivo com dobermanns. A única vez que fiquei sem um em casa foi antes do Moxitinho chegar e eu quase ter ficado paranoica, trancando a casa, achando que ladrões iam entrar em casa a qualquer momento, pois eu sempre liguei a segurança da minha casa aos dobermanns.

Mas nem só de uma raça vive o cinófilo, então ao longo dos anos eu também convivi com as mais diversas raças caninas possíveis. Grandes, pequenos, médios, bravos, mansos, apáticos, ligados no 220, cavadores de buraco, puxadores de roupa, escaladores de canil, matadores de gatos (aliás de tudo), peludos, pelados, saudáveis, doentes, gulosos, frescos...
Se eu entendo de genética, biologia, estrutura, veterinária, etc etc etc? O suficiente pra não fazer burrada com eles.
Eu prefiro observar meus cães, compreender como funciona o "mecanismo" de sobrevivência e convivência conosco. Minha praia, por assim dizer, é manejo.

Por exemplo, eu sei que cachorro que come comida humana, resto de prato, etc, tem dificuldade em aceitar ração. É uma adaptação lenta e dolorosa pro cão, que tende a emagrecer.
Cachorro não morre de fome se tiver "comida" à disposição dele, então a gente sabe que ele VAI comer, mas antes ele vai emagrecer e fazer drama...
Cachorro que foi criado na ração tem mais facilidade de adaptação, sabe que aquelas bolinhas sem palatabilidade são comida. Mas também eles, se for oferecida comida, renegam ração.

Convenhamos, quem quer voltar pro coxão duro depois de anos comendo filé?

Então quando vem pra mim um cachorro enjoado na ração, eu sei que ele passou anos comendo comida, seja ela resto de mesa ou feita pra ele... Não adianta querer me enganar, é um fato...
Quando meu pai morreu, tantos anos atrás, deixou um legado de muitos álbuns em vinil, de música clássica. Eu os distribuí pela família; fiquei com apenas Peter und der Wolf, um LP pequeno e já bem gasto, creio porque todos nós sempre gostáramos da história e porque, sendo a narração em alemão, ambos, Márcio e Meyre, iam traduzindo pra mim passo a passo.

Meu pai morreu antes da popularização dos CD`s. Eram caros, na época. mas ele comprou alguns, e eu tratei de expandir sua coleção, mesmo porque me arrependi muito de ter doado os LP`s, eram albuns grandes, em caixas, com as histórias das músicas, traduções e curiosidades.

Eu aprendi muito - e desde então esqueci muito também.

Mas outro dia, recordando e limpando a estante dos CD`s, resolvi fazer download de algumas músicas clássicas, as minhas preferidas...
E quem disse que eu lembrava o nome? Ahhh...

Bom, mas eu meti a cara e baixei algumas, e pretendo copiar dos CD`s pro meu PC.

O fato é que o legado nunca esteve nos discos, nos velhos LP`s. Estava o tempo todo nas músicas.
As vezes eu coloco uma pra ouvir - como Tchaikovsky, 1812 Overture - e me recordo dele narrando parte por parte, "agora a Marselhesa, Napoleão está invadindo São Petesburgo... agora, ouve os canhões? Os franceses estão sendo expulsos". Ou ainda na música de Borodin, Príncipe Igor, Danças Polovitsianas, "o Principe foi aprisionado e estão dançando para ele".

Como eu queria que ele estivesse vivo...
Ele ia se deleitar com as MP3, com os computadores, a tecnologia, ele sempre amou tecnologia, teve um xadrez eletrônico!!

Tentou me ensinar a jogar xadrez mas eu nunca consegui aprender. Como deve ter sido frustrante pra ele, sua única filha que não gostava de matemática nem conseguia entender as regras do jogo dos reis...


quinta-feira, 13 de março de 2014

Meleca hoje foi embora...
Ontem estava feliz e alegre, tomou seu remedinho, coloquei ração.

Hoje fui lavar o canilzinho e estava fria e dura.

Não me achava capaz de ficar tão triste. Mas estou.

Pra completar, sexta feira deram uma paulada/tiro na cara da Cigana.

A maldade do ato me assustou muito.

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...