sábado, 19 de novembro de 2005

Filosofando...

Estar apaixonada muitas vezes nos leva a confundir essa paixão com amor. Até aí, é normal, comum acontecer, mas depois de alguns meses, quiçá anos, ambos descobrem que aquele amor fenomenal esfriou. E aí? Que fazer? Porque é difícil partir e deixar livre o outro.
Não é nem por egoísmo, como muitos pensam, é por sentimento de posse mesmo. Ou medo de dar um passo mais largo, enfrentar e ficar sem alguém. Parece que a palavra "solidão" assusta muita gente, mais do que se pensa.

Muitos preferem ficar do lado de alguém que não gostam mais, não tem mais nada em comum, tudo naquela pessoa irrita, um simples olhar dela é mal interpretado e vice versa...
Mas ficam juntos, porque uma simbiose de algo - sofrimento, por exemplo - os une no inconsciente.

Muitas vezes, ambos levam vidas separadas, um não sabe do outro e acabam vivendo a chamada "solidão à dois".

Outras vezes, conhecemos alguém e aí, fantasiamos o que essa relação poderá ser. O que não percebem, é que se apaixonam mais pela fantasia do que pela pessoa.
Não vêem os defeitos e, se os vêem, ignoram.
Alguns, ingênuos, acham que aqueles defeitos mudarão ou os consideram como qualidade.

Mas ninguém muda se não quiser mudar e é o que acontece. Quem se apaixonou pela fantasia acaba tão decepcionado, que coloca a culpa no parceiro, não aceitando sua parcela de culpa - por ter se apaixonado por uma pessoa que só existia dentro de sua própria mente.

Outra incoerência é falar que "os opostos se atraem".
Sim, se atraem, é excitante conhecer alguém que é seu oposto.
Mas com o passar dos anos, essas diferenças acentuam-se. Aquele gosto bizarro por pagode torna-se tão irritante para você quanto a sua mania de novelas o é para ele.
Não direi que opostos se atraem mas não duram para sempre, porém já vi diversos casos em que os opostos, um dia, acabam se odiando.

O ser humano tem a tendência de querer mudar e controlar a pessoa que ama e está junto. Na hora de comprar um presente, compra algo que gostaria de ganhar, não que o outro gostaria... E acaba tentando moldar o(a) companheiro(a) nos seus gostos pessoais.

Alguns conseguem - e aí percebem que aquela pessoa não é a mesma de idos passados.

Um dia, algo aciona seus cérebros, e elas percebem que estão vivendo uma vida de insatisfação. Querem dar o passo definitivo e não conseguem.
Algumas chegam a conhecer outras pessoas pelo caminho, traem, ou não se entregam ao novo, ao desconhecido, apenas por medo...

Estou ouvindo a conversa alheia.

2 comentários:

maitesa disse...

Ficar ao lado de alguém simplesmente por medo da solidão é algo que não entra na minha cabeça. A vida tão curta, tããão curta..

maitesa disse...

A gente pode morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos,
E até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos,
Comer um feijão mais ou menos,
Ter um transporte mais ou menos,
E até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum,
É amar mais ou menos,
É sonhar mais ou menos,
É ser amigo mais ou menos,
É namorar mais ou menos,
É ter fé mais ou menos,
É acreditar mais ou menos.
Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos,
E isso é a pior coisa que pode acontecer a alguém.
Sejamos felizes por inteiro.
(CHICO XAVIER)

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