quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

Hoje eu senti saudade de você, depois de muito tempo.
Saudade daquele que foi, não do que é.
Saudade daquele que eu conheci, não do que já não reconheço.
Daquele que era expansivo e alegre, não do egoísta soturno. Ou talvez você sempre tenha sido egoísta e eu nunca tenha percebido? Mas um egoísta não se importaria com as pequenas coisas do dia a dia como você se importava...

Saudade do riso fácil, da conversa solta sobre qualquer assunto, saudade até das brigas bobas.
Hoje eu senti saudade daquele que você um dia me disse que queria ser, não daquele que você se tornou.
E eu chorei e choro, não mais pelo que perdi, mas pelo tanto que vejo você perder...

Eu realmente aprendi que não importa em quantos pedaços um coração possa ter sido partido, o mundo não para, para que ele seja consertado.
Eu tive que enfrentar tudo que veio, não sozinha, mas sem conseguir entender, porque o único que poderia me dar as respostas que eu queria, não só já não fazia mais parte da minha vida, como negava sua presença nela...

Mesmo assim você me ajudou tanto, sem saber, que, se hoje, eu pudesse te estender a mão, eu estenderia, não sem medo, mas com vontade.
Eu sei que assim como veio hoje, essa saudade vai passar amanhã. Mas quis deixar registrado pra mim esse momento.

Estou ouvindo Angra - Wuthering Heights.

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