segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Eu tenho passado por algumas mudanças... internas... e não sei como gerenciar isso...

Tudo vai bem. Tudo vai quase bem. Fabio ouviu uma conversa minha com um amigo a uns dias atrás e ficou bem machucado. Com razão.
Mas estamos bem. Talvez tão bem quanto no começo do nosso relacionamento. 

Passamos por muita coisa. Muito aprendizado. Muita alegria, muitas dores. 
Eu disse aqui nesse blog um dia, e repito, o Fabio é mais do que eu mereço. Eu agradeço sempre a Deus por ter colocado ele no meu caminho, e esses dias eu fiz um "trato" com Deus: eu nunca, jamais, quero magoa-lo. Prefiro ficar sozinha, se isso for acontecer. E eu falei sério. 

Quem me conhece - hoje em dia, acho que ninguém - sabe que eu tenho horror a "ficar sozinha". Fui criada numa família enorme, por lado de pai e mãe. Vi minha família diminuir aos poucos, e embora ainda tenha parentes espalhados, não é aquela união de antes.
Eu escolhi morar longe - e nunca me arrependi dessa decisão.
Mas algumas coisas que eu pensava, mudaram... 

Creio que a maior mudança foi aqui dentro.
Demorou mas enfim, veio! 
Decidi abraçar a minha operação e fazer dela uma aliada. Em fevereiro entrei na academia, e desde então nunca mais parei.

Passo por picos de desmotivação as vezes, falto na zumba, falto no treino, mas não paro. Não POSSO mais parar.
Não como mais como antes, não bebo mais coca cola como antes.

Não faço dieta, não faço regimes - anos e anos de luta pra emagrecer me fizeram perceber que dietas e regimes só servem momentaneamente. 
Como como quero, mas sem aquela esganação de antes. 
Ahh sim, ainda sou ansiosa, mas tenho focado mais em comer proteínas - minha operação permite que eu abuse delas... 
 Em fevereiro, com 100 kilos, e em agosto, com 85 kilos... E minha meta é emagrecer mais, mais, mais.
Fabio odiou.
Não... mentira...
Fabio não odiou, ele apóia, só não quer que eu emagreça muito, pq ele não gosta de magreza... rsss

De todas as mudanças as mais radicais - que fizeram o Fabio gentilmente pedir pra eu parar - foram as tatuagens que eu mais gostei. Eu sempre gostei, sempre quis fazer, só me impedia o medo da dor. 
Mas eu descobri de maneira recente que a dor física é mais suportável que a dor do espírito. 

Quando você percebe isso, percebe que nenhuma dor mais importa. Embora a tatuagem na perna me tenha feito suar frio, caralho... rsss

Desde março tenho estudado tarô. Aprendi que é uma ferramenta útil pra ajudar a gente a ter respostas para nossos problemas. Nada místico, é como o pêndulo - uma forma de se comunicar com o inconsciente.

Não quero mais cães. Não quero criar mais, se bobear, nem possuir cães eu quero mais... Embora isso seja injusto com a carol... mas atualmente eu seria mais feliz sem cães. E não quero mais cavalos. De todos eles, só tenho a Cigana, que está velha, magra, e se encaminha pro fim.
Como gerenciar isso? Passei a vida amando cavalos e cães, pra agora... isso?

E no final de semana passado eu tive uma percepção - pq eu ando meio com medo do futuro. 
Desde a nossa quase separação em 2014, minha e do Fabio, eu percebi que um dia eu posso ficar solteira de novo. 
E sozinha. E isso me deu medo. Pq sempre existiu a minha mãe pra me apoiar, e agora ela não está mais presente. Pode me apoiar de longe, mas não aqui. No final... eu estou sozinha. 
A "família" que o Fabio me deu, pode de repente não ser mais a minha. 
Eu não tenho como saber o que vai ser o meu futuro, e por um tempo, isso me deu medo... mas como eu disse, eu tive uma percepção... Que não importa o que aconteça, eu vou sobreviver. 

Eu sobrevivi a dores imensuráveis, caí e levantei.  E se eu tiver que ficar sozinha um dia, não vai ser diferente. Como me disseram a muitos anos atrás, "vai doer, mas vai sarar; você não vai morrer por isso".  Sim, dói, mas a gente sobrevive. E continua. 

Não importa o futuro. Pq eu vou dar um jeito e vou sobreviver, como sempre... 

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