segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Estando devidamente matriculada na escolinha, chega a lista de material da Carol e, dentre os inúmeros itens,  eu vejo escrito: "1 livro de literatura infantil"; e tremo. Muito.

Explico: na minha época não existia o "politicamente correto". As histórias nos eram apresentadas da forma como foram criadas, cruas.

Chapeuzinho vermelho teve sua avó devorada pelo lobo e é salva por um lenhador, que abre a barriga do animal e tira de lá a pobre velhota viva.

A pequena sereia não ficava com o príncipe e voltava a cantar melodias tristes com seu rabo de peixe.

Os 3 porquinhos NÃO FICAM AMIGOS DO LOBO no final da história.

Com esse lance de não traumatizar os pequenos e do politicamente correto nas histórias, outro dia eu fui comprar um livro pra dar de presente pra uma criança e NENHUM DELES passou no meu controle de qualidade.

O jeito foi procurar livros com histórias genéricas. Desconhecidas, onde tanto faz como tanto fez estar certo ou errado. Achei lindos livros que embalaram minha infância, hoje publicados pela Coleção Gato e Rato, da editora Ática: "Tuca, Vovó e Guto", "Chuva", "A Bota do Bode", "Na Roça" e muitos outros - mas só comprei esses. Eu APRENDI A LER nesses livros, porque minha filha também não pode?

Deixa ela, já já eu compro uma "Caminho Suave" pra ela.

Um comentário:

Bel disse...

Um dica e garanto que não irá se arrepender.
São livros maravilhosos escrito por Audrey Wood e ilustrado por seu marido, Don Wood. São eles: (A Giulia tem os 5 primeiros da lista)
- A Casa Sonolenta
- A Bruxa Salomé
- O Rei Bigodeira e a sua Banheira
- Meus Porquinhos
- A Palavra feia de Alberto
- Rápido como um Gafanhoto
- O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro, e o Grande Urso Esfomeado
- A Ponte do Arco-Iris
- A História do Pequeno Pinguim
- Clara Manhã de Quinta à Noite

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...