segunda-feira, 30 de maio de 2005

Tem dias em que eu queria poder deitar e dormir sem sonhar. Pois ando sonhando bizarrices sem tamanho, algumas me deixam com um gosto amargo na boca, outros com um peso no coração. Poucos me fazem acordar alegre e raros são os que me dão aquela imensa vontade de permanecer sonhando...
Sequestros, é com isso que sonhei durante 2 dias seguidos. Um de um amigo que não vejo à anos e outro de uma criança...
Não sei se volto a fazer um diário de sonhos ou se simplesmente apago da cabeça. Meus sonhos não são premonitórios, são apenas imagens do meu inconsciente. Nada preocupante.

Bem, saindo do mundo dos sonhos e entrando na crua realidade, tenho percebido uma intensa onda emocional ao meu redor. Pessoas com problemas do estilo:
  • apaixonados não correspondidos;
  • namorados desiludidos;
  • pessoas que escondem seus sentimentos;
  • aqueles que os mostram demais;
  • seres dissimulados mascarando emoções e conceitos;
  • amigos falsos uns com os outros;
  • felizes embora apreensivos;
  • nubentes;
  • futuros pais;
  • sem vida sexual.

Enfim... Aqueles males do cotidiano que vocês bem sabem. O que me fez notar isso é que esses seres pululam à minha volta e eu vejo suas vidas de fora, sem no entanto participar diretamente. Acho-os uma graça, tão vivos! Sofro com eles, alegro-me pelas suas vitórias, choro pelas suas derrotas. Afinal, amigos estão aqui pra isso...
Alguns são tão vibrantes, outros tão melancólicos. Alguns, decididos, outros, desorientados...

Fazem com que eu me sinta infinitamente parada no tempo. Como se minha vez tivesse passado e eu estivesse sentada na frente de um reality show ou uma novela, assistindo o desenrolar dos acontecimentos, telefonando num 0800 para palpitar quem vai pro paredão e quem fica na casa.

Até na faculdade me sinto assim... E não sei se consigo ou mesmo se quero mudar isso...


Estou ouvindo Cowboy Junkies - Powderfinger (Neil Young Cover).

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