domingo, 21 de novembro de 2004

Prece

Que Deus mantenha longe de mim as pessoas que querem mostrar sabedoria e cultura e, no entanto, não sabem nem mesmo escrever uma palavra corretamente dentro de um contexto!!
(Usam a palavra errada ou, quando ela poderia até fazer sentido, escrevem-na errado... É de doer...)

Que Deus mantenha longe de mim os pobres de espírito e donos da verdade absoluta.
(Um dia eles entenderão que uma verdade nunca é absoluta?)

Que Deus afaste de mim os indivíduos de caráter falso e que fazem questão de tentar me provar que são cultos, quando descobrem quantos livros por semana eu leio e querem igualar-se a mim.
(Mesmo não gostando do saudável hábito da leitura arrotam sabedoria insensata nos meus pobres ouvidos... Não é arrogância, mas eu tenho fotos onde apareço desde "filhote" com livros de figura nas mãos. Eu realmente AMO ler, não faço isso pra impressionar ninguém).

Que Deus me dê humildade para suportar as críticas dos descontentes com meus atos.
(Que eles pensem o que quiserem, estou atrás do meu aperfeiçoamento e não suporto mais pessoas de baixo calibre).

Não os quero queimando no fogo da danação, mas também não os quero perto de mim... :)
Putz, tô falando igual ao Phulano e o Tigão... (Aqui poderia ter um link nos nomes desses dois, mas "o blog que nunca foi feito"... ainda não foi feito...)

Escrevi isso num átimo de raiva. Percebi que sempre, sempre que eu desfaço os laços de amizade com alguém, esse alguém está com um livro meu (ou mais).
O animal tem a cara de pau de vir aqui pegar livro, mas não tem a mesma cara de pau de devolver.
Sabe porque? Porque não dá a eles o mesmo valor de alguém que realmente gosta de ler e tem nos livros um grande amor. Eu dou muito valor nos livros dos outros, tanto é que eu cuido bem deles.
Aí o animal vem aqui em casa, vê aquele monte de papel encadernado, quer me mostrar que foi alfabetizado, pega um (ou mais), leva, geralmente não lê e também não devolve.
Fora quando eu empresto, aí a pessoa pisa na bola e sai do meu círculo de amizades - e o livro fica com ela. Quando eu peço pros amigos pedirem de volta, tenho que ouvir dos pobres que se prestam a dar o recado: ah ele falou que não sabe onde está ou ele trás semana que vem. Semana que vem essa que nunca chega.
Um dia - milagre - o livro é devolvido e, meses depois, eu leio uma mensagem - que não era pra mim, lógico - da "namorada" do infeliz, dizendo que eu poderia ficar com o livro. O livro que era meu, suponho? Porque vai saber o que o lesado falou pra livrar a cara? Afinal ele não me conhecia, né? Nem pra isso foi homem o suficiente pra assumir - não me conhecia mas sabia pegar os livros emprestados. (Pelo menos leu todos que levou, verdade seja dita a seu favor).

Usando um jargão da juventude atualizada: porra, eu fico de cara!

Escrevi isso porque eu vi a Sandi hoje e lembrei que ela me devolveu 2, dos 3 livros que estavam com ela. Ela só não devolveu porque uma vaca pegou dela. Não deve ter lido, mas também não devolveu.
Mas como eu não briguei com ela (nem pretendo), tenho esperanças de reaver meu livro, que comprei por indicação da Ellen. É mais um desabafo, Sandi, nenhuma indireta (pra você), afinal você sabe que eu te amo, né? (cof cof cof). :D
Faz dias que eu estou pensando nesse assunto, a visita da Sandi só serviu para que as lembranças aflorassem e eu me inspirasse a escrever tudo.

Estou ouvindo Gipsy Kings - Habla Me.

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