quarta-feira, 17 de maio de 2006

Hoje foram o velório e enterro da D. Yvonne, mãe da Ciça.

Foi uma mulher forte, de valores morais, de confiança e de amizade ímpares. Me deu lições de vida em todas as vezes que conversávamos, mesmo antes que eu pudesse entender muitos conceitos das coisas que ela falava.

Mas uma das que mais me marcou foi quando ela me contou a vida dela: namorou, noivou e casou com um homem só.
Ele, mulherengo, arrumou outra, ela descobriu e colocou-o pra fora.
Poderia ter aceitado, como tantas fazem, desde que mundo é mundo, mas não o fez.

Criou sozinha, com a ajuda da mãe dela, os 4 filhos.

E me contou que teve muitos pretendentes, não só aquele que seria seu marido.
Foi quando eu disse:
- Ah, se a senhora pudesse ter adivinhado, teria ficado com esse outro!
- Não, filha, se eu pudesse fazer tudo de novo, teria casado com o mesmo homem e teria tido os mesmos filhos.

E, na época, no auge dos meus 18 anos, como eu iria entender um conceito de amor tão elevado quanto esse?
Nunca!!
Hoje, pensando em todas as coisas que ela me dizia, todas as histórias que contava e, principalmente, lembrando de todo o amor que ela tinha a oferecer às pessoas que vinham de fora, penso que o mundo perdeu uma grande mulher.

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