segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Jim Morrison, o Rei Lagarto, ídolo de multidões nos idos dos anos 60, aquele que "possuiu" o ator Val Kilmer no filme "The Doors", de Oliver Stone, fazendo com que Kilmer personificasse seu EU tão perfeitamente que, diz-se, jamais encontrarão outro tão fiel, deixou um triste legado em Paris.

Poeta incrível, amante da literatura e do cinema, inteligente, mas também megalômano, arrogante, petulante, Jim era, além de tudo isso, um pedante de carteirinha. Alguns cantores lutam para fazer sucesso e, quando o fazem, repudiam o público. Patético, era isso que Jim fazia em vida.

Retirou-se da música para dedicar-se ao cinema e morre meses depois, num hotel em Paris, provavelmente de overdose. Como Janis. Como Jimmy. Sina de J's? Não foi feita uma autópsia, não viram o corpo no caixão. Alguns dizem que ele ainda vive.
Duvido, o cara era egocêntrico demais para viver sem fazer barulho.

Mas o legado que ele deixou em Paris, foi dar aos administradores do cemitério onde está enterrado - o Père Lachaise - muita dor de cabeça, vivo ou morto.

Em maio do ano passado, o Père Lachaise comemorou seus 200 anos de existência como a 7ª atração turística mais visitada da cidade Luz.
Também, pudera, lá estão enterrados, entre outros, Molière, La Fontaine, Sarah Bernardt, Delacroix, Modigliani, Chopin, Maria Callas, Kardec, Proust e Oscar Wilde, mas sem dúvida alguma o túmulo mais visitado ainda é o de Jim Morrison.

Se fosse apenas visitado, seria suportável, mas os admiradores do Rei Lagarto embriagam-se e drogam-se nos arredores do túmulo, como num tributo ao morto, jogam restos de cigarros lícitos e ilícitos na sepultura (achando talvez que Morrison aproveite a "última ponta"?) , quebram e picham a própria e as vizinhas.
Chegou ao ponto de familiares dos ocupantes de tumbas próximas terem feito um abaixo-assinado exigindo a expulsão de Jim.

O historiador Christian Charlet, responsável pelo cemitério, levou a reivindicação várias vezes à Polícia Francesa e à Embaixada Americana. Negado.
- A família renega e os EUA não querem nem saber. O maior presente que o cemitério poderia receber seria a saída de Jim Morrison. Se alguém o quisesse eu o despacharia imediatamente, e com grande alívio - disse Charlet, na época do bicentenário.

Para ele, o "fenômeno Morrison" é fenômeno de delinquência.

O vandalismo diminuiu depois que o túmulo passou a ser vigiado dia e noite, num custo absurdo para o cemitério, que tem aproximadamente 100 funcionários, dos quais 30 para segurança das 69.000 sepulturas. Os demais são jardineiros e coveiros. Afinal, os moradores do Père Lachaise são bem comportados, inclusive o velho Jim...

Talvez os fãs de Morrison devessem aprender com o morto uma lição de bom comportamento, mas seria esperar demais de drogados.
Claro que não são apenas drogados que visitam o túmulo, tem gente normal no meio. Eu mesma adoraria visitar, dentre todas essas personalidades, Jim Morrison - mas prefiriria Callas, La Fontaine, Kardec e, com certeza, Chopin - e não depredaria nenhuma tumba, porque sei o que é respeito pela propriedade alheia, mesmo que o dono esteja morto. E eu gosto de Doors. Admirava Morrison, apesar de ter escrito o texto acima.

Bem, isso prova definitivamente a minha teoria de que drogados não se incomodam nem um pouco com respeito à nada, seja deles, seja dos outros... O que importa é o frio egoismo de sua satisfação naquele momento e pronto.
Raça medíocre...

Estou ouvindo The Doors - Light my Fire.

3 comentários:

Anônimo disse...

por essas e outras q eu torço pra que todo drogado morra de overdose, pra parar de encher o saco
podia acender aquele cigarrinho do capeta, engasgar e morrer sufocado, já pensou como seria divertido?

Maete Liv disse...

kkkkkkkk... morte rápida ou dolorosa?

Anônimo disse...

dolorosa, com certeza
morrer afogado no próprio vomito é legal
passar 3 minutos agonizando, sem conseguir respirar, sentindo gosto de vomito na boca, tentando pedir socorro mas não consegue pq a overdose paralisou seu corpo, tem coisa mais divertida?

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...