sexta-feira, 9 de maio de 2003

Eu não sabia que saudade queimava...
Ainda mais no frio...
O frio é a época que eu mais lembro dele, uma época em que era divertido ficar á toa debaixo do acolchoado, com as pernas entrelaçadas, assistindo um filme qualquer... Passando os pés naquela parte especial e sentindo ela ficar dura como pedra, depois ir entrando embaixo das cobertas e lambendo tudo que eu podia e não podia, lambuzando o rosto, chupando, mordendo, ouvindo os gemidos abafados e as mãos apertarem conforme a intensidade do que estava vindo. Aí eu parava, esperava e recomeçava.
Engolia oque ele tinha pra oferecer. Depois deitava satisfeita do lado, ouvindo o coração bater acelerado e ir acalmando aos poucos. Ele dormia a sono solto e eu ficava olhando o rosto dele, os cabelos longos formando um manto negro em volta. E eu olhava e pensava em como ele era lindo...
Mesmo depois, de cabelos curtos, eu ainda achava ele lindo e me perguntava quanto tempo ia durar.
Todas essas lembranças vão morrer com o tempo, como lágrimas na chuva. Time to die.

A frase "que seja eterno enquanto dure" é fácil de ser falada mas difícil de ser aceita...

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