segunda-feira, 4 de julho de 2005

Continuando as minhas particularidades psicológicas, destrutivas.

Se você perdeu a primeira parte, leia aqui, eu espero.

Leu? ok... Sem saber isso, você não vai entender nada do que eu vou falar aqui embaixo...
Sabe o que é um hábito pernicioso não intencional? Eu tenho um péssimo... Digamos que você tem a mania de coçar o saco ou coçar a nuca. Não são hábitos nocivos, porém você nem nota que fez isso, certo? Mais ou menos assim... Eu falo alto quando quero mostrar um ponto de vista. Para mim é natural, mas muita gente já encrespou comigo por achar que eu estava gritando com elas...
Pois bem. Quando eu me interesso por alguém (do sexo masculino, obviamente) eu fico completamente insegura. Problemas de "baixa" estima.

De alguma forma, quando eu ouvi sobre o fora da minha amiga, feito de maneira tão humilhante, eu "quebrei" algo aqui dentro, me coloquei no lugar dela e, como foi mostrado no texto, não suportando humilhações, isso bloqueou minha mente de forma dolorosa.

Eu "agrido" algum cara por quem eu tenha me interessado, geralmente quando ele toca no nome ou fala de outra mulher. Rejeito antes de ser rejeitada.

Só que eu não percebia que fazia isso e o cara nem sonha de onde veio o petardo, nem sabe o porque. Quando ele dá por si, está estirado no chão com o ego incrivelmente amassado e um olhar de espanto ("o que que eu fiz?").
Modéstia à parte, eu destruo qualquer ego em questão de segundos... Ah sim, e uma birra que desmonta qualquer um. Eu tinha perdido a mania de fazer birra com F (com ele nunca funcionava), mas F era macho alfa, e quando a gente volta a conviver com machos beta, a birra e o bico funcionam de forma deliciosamente eficazes. Pena que homens assim não são os meus preferidos... Eu saio com eles, mas não consigo gostar, no máximo me apego. Gosto de homens com quem eu bato de frente. Contraditório... E muito real.

Da mesma forma que vem, vai. Meu humor muda de forma absurda, o cidadão não entende nada e, quando ele começa a se perguntar o que houve, eu mudo novamente. Questão de segundos... No máximo, minutinhos...
Houveram casos graves em que eu não dei mais brecha pro cara (mas também, caramba, sair comigo pra jantar, ficar perguntando das minhas amigas e depois querer ficar comigo é o fim da picada!!).

Como eu estou mexendo com isso na terapia, tenho procurado me controlar, afinal o primeiro passo foi reconhecê-lo, o segundo, aceitá-lo como fato e o terceiro, tentar controlá-lo. Mas como controlar algo involuntário? Policiar-se sempre, é cansativo, porém necessário, certo?

Olhando agora, para trás, vai saber quantos eu afastei dessa forma... D disse que adorou esse meu jeito marrento, como ele costumava chamar, só não o entendeu muito bem. Não que ele fosse controlável, mas eu conseguia manipular alguns pontos interessantes a meu favor. Tanto que acabei de receber uma mensagem por celular, depois de dar um esporro magnífico nele por telefone. Não entendo esse menino, a briga foi feia e depois de 1 mês chega uma mensagem... Ainda bem que ele não mora mais em Birigui, senão eu estaria ferrada, ele tem um jeitinho especial em lidar comigo...

Outro eu coloquei pra correr de forma tão magnífica que ele não suporta nem me falar um simples "oi". Se fosse motivo de orgulho, eu estaria orgulhosa, o "serviço" foi bem feito. Mas enquanto com os outros eu não me arrependi, esse doeu no fundinho da alma. Os outros, eu não fiz caso nem me desculpei. Esse, mereceu um longo e-mail de pedido de perdão. Mas duvido que aceite. Eu, no lugar dele, talvez não aceitasse.
Convenhamos, é humilhação demais pra qualquer ego... E eu não sou nenhuma flor que se cheire, eu sou foda, reconheço. Tenho um gênio do cão.

Foi bom... Como lição. De hoje em diante, o negócio é aprender a controlar isso pra não afastar mais ninguém.
É foda...

Estou ouvindo Coldplay - Cloks.

Um comentário:

Maete Liv disse...

ei, vou tirar os outros comentários do ar, então usem esse...

:)

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...