segunda-feira, 11 de abril de 2005

Quem quisesse rir nessa segunda feira ensolarada deveria ter se dirigido à Rua Olinda Troncoso Moure, 100 que não iria perder seu tempo...
Veria um dos prenúncios do apocalipse (aqueles vaticinados por Otah), ou seja, eu varrendo a casa...

Mudando de assunto, essa que eu vou contar aqui embaixo vai pro Warty, pra ele ver como desculpas esfarrapadas são normais num "relacionamento"...

Perdoem-me ao alongar a história, já conhecida de alguns, mas como a pessoa a quem este post é dedicado não a conhece e eu não gosto de contar nada pela metade, vai na íntegra. De mais a mais, esse blog é como um diário e cabe a um diário o registro de alguns fatos da nossa vida.

Eu conhecia o cidadão desde o começo de 2000 e só o que estava rolando era muita rasgação de seda, uns boquetes e, de vez em quando, sexo... Mas como ele tinha namorada e eu gostava de um lesado, a gente escondia da galera.

Aí o namoro dele terminou e ele passou a frequentar mais a minha casa, como amigo e rolando esse sexo sem compromisso... Até aí, tudo certo...
O fato é que, no ano novo de 2001, ele sumiu com os meninos e eu fui pra outros lados. E, como eu sempre digo que meu anjo da guarda é forte, na madrugada eu vi o carro de um deles passando e segui.
Tinham ido buscar nem lembro o que e voltar na casa de um deles...
Ao perguntar pelo tal indivíduo, um deles titubeou em me dar a resposta de que ele teria ficado "com o resto dos caras lá no posto".
- Bom, então vamos lá buscá-lo!
E, de novo, meu amigo - um cara seguro e confiante, chamado Ivo - gaguejou uma desculpa e pediu pro outro ir buscá-lo, enquanto ele ia no meu carro.
Me fez ir por um caminho mais longo, claro, e ao estacionar em frente à casa do camarada Robinson, lá estavam eles, chegando quase ao mesmo tempo, descendo do outro carro.
É então que eu vejo o cidadão, com a camiseta toda amassada e a boca mais parecendo um hematoma, quase roxa, de tão vermelha!! Ou isso eram sinais de amasso, ou eu não me chamava mais Maetê. Uma amiga que estava do lado ainda comentou a mesma coisa...

Nesse ponto vocês vão me falar: blééé, mas vocês estavam só ficando, não tinham compromisso!
Concordo, e exatamente por isso eu não disse nada - apenas me despedi e fui embora, disposta a tirar aquele ser humano da minha vida, afinal eu não era obrigada a aguentar isso de um cara que frequentava quase todos os dias a minha casa, passava lá algumas horas, transava comigo e no ano novo fica com outra, era? Não, não era!

No dia 1 eu sumi, dia 2 também e teria sumido por um longo tempo se, no dia 3, ele não tivesse me ligado no celular, falando que tinha prometido para a minha mãe fazer nem lembro o que, em casa (residência que não tem homem vive com certas pendências, como pendurar quadros e puxar fios). Concordei alegremente e falei pra ele ligar pra ela, afinal eu não estava sabendo de nada, despedi-me cordialmente e desliguei. Tchau, cara-pálida!
Se ele estava achando que eu ia ligar, aahh, ele realmente não me conhecia!!

No dia seguinte recebo um telefonema dele, em casa:
- Preciso imprimir uns documentos pro meu pai, com urgência, posso levar aí?
- Lógico.
- Então tô indo agora, vou passar pra um disquete.

Detalhe, ainda não eram 10 horas da manhã. Ele chegou e já sentou no sofá.
- Cadê o disquete??
- Xii, deixei na caminhonete do meu pai.
- Liga no celular dele, ele deve estar perto ainda e trás de volta!
- Ahh, depois eu faço isso...

Não entendi nada, não era urgente?

Mas depois desse dia - que estendeu-se pela tarde e acabou só a noite - o indivíduo passou a frequentar minha casa todos os dias, chegando pela manhã quando ia embora mais cedo, de tarde quando passava a madrugada no computador ou no sofá, durante 2 anos...

Pra você ver, amigo, o quanto desculpas esfarrapadas podem convencer alguém...

Estou ouvindo Magic Box - Sorry Marin.

Nenhum comentário:

Anos de Brasil em poucas linhas

 Eu queria poder narrar aqui, para deixar registrado mesmo, pois sei que futuramente os indivíduos podres que estão no poder vão reescrever ...