sábado, 17 de abril de 2004

Nossa.
Nossa..

Queria poder dizer nesse post que nada mais aconteceu nessa sexta feira (é 13?) mas não posso.

Começou de madrugada, quando fui comentar com um amigo que tinha conversado pelo telefone com outro amigo, estava contente porque ele é gente finíssima, etc e tals...
Diálogo:
- Tá catando?
- Não, oloko, é só amigo, um T mas só amigo, liso pra caramba, kkkkkkkkk!!
- vc é mesmo uterônoma, ninfomaníaca, concupiscente, depravada, corrompida...

Foi assim, um balde de água fria na cara. Me senti péssima, mas tudo bem. Fui dormir depois dessa.
Acordo no meu horário de sempre, vou baixar meus e-mails, um deles respondendo a uma mensagem que resolvi mandar num impulso, acabando comigo, mais um balde d'água, mais um tabefe na cara. É pra eu aprender a não escrever e-mail impulsivamente pra homem solteiro com arrogância desmedida!!

Isso mal havia chegado 15H.
Pulamos pra noite, na faculdade.
Cheguei atrasadinha (como sempre) pra aula de espanhol, entro na sala e só meia dúzia de alunos, um som tocando no último volume. Sento num lugar vago qualquer, "ela já fez chamada?". Sim, chamada feita, estavam ensaiando um bolero, tango, sei lá que diabo era, pro sarau da semana que vem.
Estranhei mas não falei nada, ela nunca faz chamada na primeira aula.
"Cadê o resto da classe?". Tinham ido estudar na biblioteca porque não iam cantar no sarau. Bom, perdida por perdida, fui pra bilbioteca também, já estava com falta mesmo, voltaria só pra assistir a última aula.
Feito, voltei e assisti a última, na lousa uma carrada de matéria, copiei o que deu. Nisso começou a entrar mais gente provavelmente pensando o mesmo que eu, não perder a segunda aula.
Já vem a bronca: "vocês não foram tão bem na prova que possam se dar ao luxo desse entra e sai da minha aula".
O Marquinhos, sempre solícito, foi explicar que naquele dia teríamos a última prova do bimestre, estávamos nervosos e...
"Não interessa, blá blá blá..."
Eu até hoje nunca vi o Marquinhos puto, mas sempre tem uma primeira vez.
Ela não só deu muita matéria como não fez chamada na última aula - obrigação dela.

Conclusão, quatro faltas (perdi aula na quinta), quando poderia ter levado só 3.
Após a prova (onde errei questões simples por pura distração) nos reunimos ali na portaria, conversamos e concluimos que alguns professores estão levando as coisas pro lado pessoal.

Há delatores na classe, alguém anda passando pra Marilisa (a coordenadora do curso) tudo que é dito na sala, até espressões usadas por nós são comentadas.
Alguns preferem se calar, eu sempre fui bocuda e não sei o quanto aguento.
Aliás sem hipocrisia, não suporto ficar calada, falo mesmo!!

Tem gente que gosta de ouvir só elogios, outros curtem uma paparicação. Sei elogiar, sei paparicar, mas tem que ser merecido. O que não sei é puxar o saco.
Não quer ouvir o que eu penso, não pergunte.
E eu posso até não falar, mas não consigo fingir, fui reprovada nessa matéria.

Enfim, todos me esperando em casa, fui embora, passei pra pegar El Catatau (ex el chiquitito) e estou naquele papo, exaltada contando as complicações, quando vejo um cachorro vindo correndo na frente do carro, consigo desviar pra direita, pois ele veio pela esquerda, quando vejo o motivo dele ter corrido, um outro cão preto vem justo pelo lado direito, pegou no canto, senti ele caindo e fiquei com medo de brecar e a roda parar em cima dele, dei aquela diminuída (já estava devagar) mas senti a roda passando em cima dele e arrastando ele um pouco.
Lembrei da Sharon, lembrei como ela se debatia inconsciente quando o carro passou em cima dela, achei que fosse ver o cão preto em igual estado, se debatendo, mas ele saiu de debaixo do carro mancando, sentou na frente chorando e olhando pra traseira dele...
Quis abrir a porta e ir atrás, mas ele percebeu e se enfiou no mato, do lado da casa onde ele mora.
É um mestiço preto que corre atrás do carro de todo mundo que passa por ali, vive solto.
Isso não diminui minha culpa, logo eu, logo eu que já perdi tanto cachorro, que já vi tantos morrerem na minha frente, que já perdi cachorro nos meus braços, atropelados, envenenados, doentes, sacrificados, logo eu!!

Não consegui socorrê-lo, vou passar por lá amanhã pra ver como ele está.
Ás vezes não aconteceu nada grave...

E o dia terminou assim...
Estou realmente completamente arrasada...

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