terça-feira, 21 de junho de 2016

Antes da Carol nascer, antes da minha mãe ficar doente, a gente conversava sobre a educação dela.
Tinha que ser em escola boa, de preferência particular, pra ela poder desenvolver bem suas habilidades, aptidões e poder cursar uma boa faculdade.

Meus pais pagaram boas escolas pra mim, à custa de muito esforço. Eu nunca estudei em escola estadual, só no terceiro colegial, pra concluir o segundo grau mesmo, porque eu reprovei o terceiro.

As escolas estaduais da minha época tinham um nível muito bom. Vários dos meus amigos e parentes estudaram nelas e fizeram ótimas faculdades.

Mas hoje, o nível estadual caiu demais, como todos sabemos.

Enfim, era algo que ambas - eu e minha mãe - tínhamos combinado: pagar uma boa escola pra Carol.

E aí, tudo aconteceu, e eu segui sozinha com nossos planos. Matriculei a carolina no Auréola, que logo entrou com um projeto de ensino bilíngue. Ela estava lá desde o mini-maternal, e eu achei que ela fosse ficar até a quinta série.

Mas quis o destino algo diferente, e eu não estou conseguindo mais pagar a mensalidade.

Eu penso bastante pra tomar uma decisão, questiono, pergunto, vou atrás mesmo. E em questão de dias resolvi passar a Carol pra uma escola municipal (ensino primário). Todos recomendaram a Dr. Gama, perto de casa, mas tem 9 crianças na fila de espera pro meio do ano letivo.

Então fui atrás da segunda que me recomendaram: Roberto Clark. E lá, MILAGRE, tinha uma vaga pro período da manhã (Carol sempre estudou à tarde).

Não sei se é um bom sinal, porque eu sempre quis coloca-la pra estudar de manhã - e nunca tive coragem pra começar. Carol é meio notívaga. Mas eu acho que é tudo uma questão de costume. Tratei de garantir a vaga, ela começa segunda feira.

Especulando com a avó de uma menina que está na mesma série que a Carol, quis saber o que ela já tinha aprendido na escola, e era o mesmo que a minha filha: as letras, escrever o próprio nome, os números. Ótimo. Ela vai conseguir acompanhar de boa, espero.

Fica só a sensação de fracasso em não poder cumprir o combinado com a minha mãe, mas acho que ela está entendendo...


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