quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu sei que, nesse momento, eu deveria orar pedindo o melhor pra minha mãe. Colocar nas mãos de Deus, que ele sabe o que é melhor pra ela, e tipo, praticar o desapego, mas isso ainda está além das minhas forças.
Eu ainda acredito que ela vai acordar e voltar pra casa, que seja, com sequelas, mas é nisso que eu acredito.

sábado, 18 de junho de 2011

Hoje completa um mês que a Meyre está internada.

Ela saiu do coma, mas é algo muito "sutil": não abre os olhos facilmente, não responde... O Glasgow continua em 5.

sábado, 11 de junho de 2011

Hoje na visita a Meyre quase abriu os olhos. Ficaram meio semicerrados. E ela tossiu, passou a língua pelos lábios e suas pálpebras estão mais ativas.

Embora eu não deva me animar, estou, sim, MUITO animada com uma recuperação.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Eu nunca imaginei muitas coisas para a minha vida.

Nunca me imaginei órfã de pai, e no entanto, fiquei.
Nunca achei que fosse casar e, no entanto, casei.
Nunca achei que fosse ter filhos e, no entanto, tive.
E nunca, nunca achei que fosse ver minha mãe em coma e, no entanto, é como ela está.

Só quem vive isso sabe como é. Ver a pessoa que você ama ali, dormindo, um sono pesado, sem respostas quando a gente chama.

A lesão cerebral dela foi extensa, então o que me falaram é que os danos deixarão sequelas muito grandes, SE ELA SOBREVIVER.

A cada visita eu me animo, para depois ouvir que ela pode não sobreviver ao dia seguinte.

Hoje eu levei uma foto enorme da Anna Carolina com 1 mês pra ela ver, e a minha sogra foi junto. Quando minha sogra mostrou a foto e nós falamos como a nenê estava linda, grande e que ela precisava sair dali pra ajudar a cuidar dela, 1 lágrima rolou de cada olho.

Quando eu implorei pra ela não me deixar, pra sair dali e voltar pra casa porque eu não estava preparada pra deixar ela ir, ela franziu a testa.

Pedi perdão por não ser uma boa filha, por não ter levado ela num médico, por não ter me preocupado com a pressão alta dela...

Eu perguntei pra enfermeira se todos os movimentos dela eram involuntários e a enfermeira disse que não, que ela percebe nossa presença ali e algumas respostas emocionais são voluntárias, que ela quer responder, mas não consegue acordar do sonho brumoso em que ela está.

Pedir pra deixar ela livre é pedir demais pra mim.
Eu ainda não estou pronta pra isso.

As enchentes e a tragédia do RS

 Por esta época... coisa de já uns 8 a 10 dias... Uma chuva, alias semanas de chuva torrencial se abateram sobre o sul do Brasil, trazendo u...