quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Quando eu estava grávida, ficávamos, eu e minha mãe, buscando em páginas de nomes de bebês, possíveis escolhas para a criança que nasceria.

Na maioria das vezes ríamos tanto das opções que chegávamos a chorar.
Eram tantos nomes estranhos, exóticos e diferentes que só podíamos levar aquilo na brincadeira.
Antes de sabermos o sexo da criança, era comum eu ir lendo os nomes e ela, sentada no sofá, ouvindo e dando palpites e rindo comigo. Íamos dormir de madrugada, rindo ainda.

No fundo, no fundo mesmo, acho que tive sorte da Carol ser menina, porque, no final, não foi difícil escolher seu nome.
Eu gostava de Ana (e suas variações, como essa de 2 N's), Fabio gostava de Carolina, pronto.
Minha mãe queria Ana Amélia, em homenagem à minha avó materna. Eu pensava na possibilidade de batizá-la de Mafalda, em homenagem á minha avó paterna, mas ambos os nomes eram bem antigos. Não se vê nenhuma criança hoje, chamada Mafalda, ou Amélia. Pensei também em Rosa Maria, nome de uma falecida tia minha que eu não cheguei a conhecer, mas Anna acabou ganhando.

A outra opção era Éowyn, mas ia ser muita sacanagem com a criança, pela pronuncia e pela escrita, então ficou Anna Carolina mesmo. Claro que vimos muitos outros, mas nenhum tão marcante que tenha ficado gravado à ponto de ser lembrado. Eram apenas brincadeira.

Mas se fosse menino, ele estaria sendo chamado de "psiu" até hoje, porque eu nunca cheguei à conclusão de como um filho meu chamaria.

As opções eram tantas e tão variadas que chegava a ser insano.

A mais provável era Felipe, por causa do significado, mas tem tantos Felipes que na mesma faixa etária que eu ia acabar desistindo. Tenho muitas conhecidas cujos filhos se chamam Felipe. Poderia chama-lo de Philip, mas ia dar na mesma.

Bruce era a segunda alternativa, e ao contrário do que os amigos pensam, por causa de Robert The Bruce, não Bruce Wayne. Descartei Wallace logo, por ser mais sobrenome do que nome em si, afinal o nome que eu queria era William Wallace, e eu não gosto muito de William.
Luke seria outra provável escolha e sim, por causa do Skywalker. Anakin, não.

Randall é incomum demais, mas era uma das opções, vinda do filme 60 segundos.

Nathan eu adoro e com certeza batizaria meu filho fácil, até ouvir uma mulher gritando, ao passar na frente de sua casa: "Natãn fecha o portão". A pronuncia não é essa (e sim NAY-thən) mas era disso que ele seria chamado aqui no Brasil, e isso encerrou definitivamente essa escolha.

Yuri é russo, mas apesar disso tem um japonês por aqui com esse nome e ninguém entendeu "porque eu queria batizar meu filho com um nome nipônico". Outras variantes russas seriam Grigory (mas como eu tive um cachorro com esse nome ia ficar estranho), Ilya (soa feminino), Nikolai, Vasili, todos exóticos demais.

Aí me falaram "coloca um nome bíblico", e não, eu não pensei em Lúcifer nem Belial, mas sim em Abraham, Ariel, Jethro, Nathaniel, Baltazar...

David iam acabar chamando o moleque de Dê, ou Daví. Jareth ninguém ia conseguir pronunciar nem entender a homenagem ao personagem do filme Labirinto.

Descartados muito cedo: Théoden, Thorin, Uther, Leônidas, Aquiles, Isildur, Anton, Christian ou Christopher (muitos H's), Maximillian, Maximus, Beowulf, Constantin, Alexius, Petros, Aramis, Fausto, Oberon, Percival, Thor e Orpheu.

Enfim, deu pra perceber que a dúvida era monstruosa, mas aí, veio menina...
Acho que Deus pensou "essa criança não pode ficar sem nome, se for menina, pelo menos já tá escolhido" ou algo do gênero...

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