Ai Zé.
Como eu gostei do personagem da primeira versão.
José Leôncio, por Paulo Gorgulho e Renato Góes |
Zé Leôncio por Marcos Palmeira e Cláudio Marzo |
José Leôncio, por Paulo Gorgulho e Renato Góes |
Zé Leôncio por Marcos Palmeira e Cláudio Marzo |
Num papel icônico que foi de Cláudio Marzo na versão original - tanto pelo talento, quanto pela trama em si e economia de atores - o Globosta colocou Irandhir Santos, e olha...
Ficou ótimo, ficou realmente incrível!
Ele absorveu toda a essência do personagem e foi muita babaquice não ter envelhecido ele e colocado no papel do velho do rio. Ele teria uma atuação incrível.
Joventino, por Irandhir Santos e Cláudio Marzo |
Na minha opinião, embora Marzo tenha sido um expert, Irandhir fez um excelente Joventino e teria sido um maravilhoso velho do Rio.
No entanto, Osmar fez tudo certinho e a versão atual está tão boa quanto a antiga.
Inclusive quando o Velho fala pro Solano: eu sou seu pior pesadelo! e imita uma assombração, ficou bem melhor que a versão antiga! Nota para a cobra que vem pilotando o barco, com o rabinho apoiado no piloto!!! 😂😂😂
Sem dúvida, a gente se irrita com algumas coisas que o velho faz no remake, mas ele também fazia na versão antiga!
Velho do Rio, por Cláudio Marzo e Osmar Prado |
Uma das tramas mais estranhas e mirabolantes de pantanal foi em volta de Tenório, o vilão, e suas duas famílias, compostas por Maria Bruaca e Guta - a oficial - e Zuleica com seus 3 filhos em São Paulo: Marcelo, Renato e Roberto.
Renato (Ernesto Piccolo), Zuleica (Rosamaria Murtinho), Tenório (Antonio Petrin), Marcelo (Tarcísio Filho) e Roberto (Eduardo Cardoso, à frente) |
Marcelo (Lucas Leto), Roberto (Caue Campos), Renato (Gabriel Santana), Tenório (Murilo Benício) e Zuleica (Aline Borges) |
Teodoro por Fausto Ferrari |
Solano por Rafa Sieg |
Assistindo hoje alguns episódios da novela original ficou nitidamente clara a diferença do perfil não apenas psicológico, como de roteiro, apesar das novelas seguirem a mesma trama.
Iniciando pelo roteiro, para agradar ao LACRE da MILITÂNCIA.
Ouso dizer que 90% das pessoas que assistem essa novela não sabem o que é uma comitiva, no sentido literal; pois uma vez eu vi uma reportagem sobre uma "comitiva" onde os "cowboys" alugavam um ônibus e iam pra balada se divertir. Pro sertanejo da cidade, pro esquerdinha caviar, isso é comitiva.
Comitiva é, na verdade, um grupo de peões que se junta para transportar uma grande quantidade de gado por uma distância x. Onde caminhões não passam, a comitiva leva a boiada. Onde o caminhão cobra 120 mil para levar 1000 cabeças, a comitiva cobra 30 ou 40 mil. Demora mais e muitos podem achar que o método caiu em desuso, mas na verdade a atividade está ativa, principalmente nos sertões do MT e PA.
Por justamente demorar dias, uma comitiva precisa de um "cuca" - um cozinheiro - que sai na frente para arrumar a comida. O cuca acorda mais cedo e prepara o café da manhã, arruma as coisas e sai na frente pra onde vai ser o próximo pouso, num caminho previamente conhecido, com paradas específicas.
Pega água de bica ou de um riacho limpo, e quando a peonada chega no local com a boiada, a comida já está pronta. Novamente ele vai e, dessa vez, prepara a janta, no próximo pouso.
Portanto, o cuca de uma comitiva não pode ser um zé ruela que não sabe o que está fazendo: precisa conhecer muito bem o caminho, ter noção da quantidade de comida que precisa fazer, quais alimentos não perecíveis levar, etc.
Na Pantanal original, foi negado o pedido do Zaqueu de ir na comitiva para buscar uma boiada. Nem como cozinheiro ele foi, e o motivo nem foi a capacidade dele como cozinheiro, e sim por causa dos dias em cima do lombo do cavalo - que não é brincadeira - durante uma jornada que não teria como socorrer o rapaz caso ele ficasse arriado.
Na novela nova, negar algo ao Zaquieu atual é desagradar aos militantes chatos que não sabem ouvir um NÃO, então mesmo sendo um total novato no assunto, ao rapaz é dado sinal verde para que ele participe do evento e, claro, ele foi "um sucesso".
Outro perfil irritante continua sendo da velha Mariana.
Fria, soberba, sem um pingo de noção, Mariana não consegue ser carinhosa sequer com a única filha que lhe restou. Zomba agressivamente e faz pouco caso das crendices da filha, sem empatia alguma pela condição da mulher, que acabou absorvendo as crendices do "Cramulhão" e agora está tendo visões.
A Juma continua agressiva - um pouco menos - mas sempre demonstrando ser mau humorada e sem educação, onde a outra, apesar de ser sim, bicho do mato, sabia reconhecer quando eram amáveis com ela. Essa Juma de agora é cansativa.
Um ponto positivo foi o filho mais novo do Tenório, o Roberto, rapaz sensato e muito inteligente, que percebe que o pai não é flor que se cheire e acaba morto por isso pelo Solano, uma mudança até que aceitável na novela - o antigo Roberto foi morto pela sucuri e o pistoleiro do Tenório, chamado Teodoro, vê e nada faz...
Mas poucas mudanças foram tão radicais quanto a da Filó e da Irma, a primeira completamente insensível à tudo ao redor, exceto ao Zé Leôncio e a segunda que alucinou completamente, numa excelente atuação da atriz, que inclusive virou meme e, agora, parou de tentar ajudar na casa, pois ia acabar se matando por completa inépcia.
Jove, por Marcos Winter e Jesuíta Barbosa |
Juma é a estrela selvagem de ambas as novelas: criada no mato, pela mãe Maria Marruá, arredia, a Juma antiga era agressiva e desconfiada mas, pelo menos, reconhecia atos de bondade e amizade das pessoas.
Juma Marruá, por Cristiana Oliveira e Alanis Guillen |
Por esta época... coisa de já uns 8 a 10 dias... Uma chuva, alias semanas de chuva torrencial se abateram sobre o sul do Brasil, trazendo u...